Cap 15

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Michelle.

Depois que fiquei sabendo pelo Matheus o que a Maria Eduarda estava fazendo da vida dela em São Paulo, eu não pensei duas vezes em pegar um avião e ir para lá.

Eu não ia deixar ela estragar a vida dela desse jeito e ser irresponsável com os sentimentos dos outros, eu não criei minha filha dessa forma!

Eu cheguei no meado da tarde e segui o endereço que o Matheus havia me mandado por mensagem, ele disse que eu iria encontrar o que eu queria nesse lugar. Toquei a campainha e a porta demorou de abrir.

— Oi, quem é você? - Um rapaz alto e moreno apareceu assim que a porta abriu.

— Eu sou Michelle, a mãe da Maria Eduarda. - Eu disse levantando a mão para o garoto apertar e assim ele fez.

— Não sabíamos que você viria, pode entrar, vou chamar ela. - Ele disse fechando a porta atrás de mim. Olhei em volta e o lugar parecia ser quieto, era bem decorado.

O garoto sumiu e voltou com uma Duda extremamente surpresa em me ver, eu encarei ela séria.

— Mãe, o que você está fazendo aqui? - Ela perguntou se aproximando de mim com cautela.

— Eu vim te dizer que você vai voltar pra Campos comigo hoje mesmo. - Eu falei e ela me olhou confusa.

— Por que? O que aconteceu? - Ela perguntou.

— Me diga você, que história é essa de você ter traído o Matheus com uma garota? - Eu perguntei e vi sua expressão de confusa ficar séria.

— Como você soube disso? E eu juro que não foi assim que aconteceu mãe. - Ela disse e eu balancei a cabeça.

— Não minta pra mim, o Matheus me contou tudo.

— Eu vou matar esse menino, que imbecil. - Ela disse levando a mão no cabelo.

— Tá tudo bem aqui? - Ouvi uma voz feminina entrar no ambiente, uma garota que parecia ser a tal Bianca apareceu do lado da Maria Eduarda.

— Você é a Bianca? A menina que está ficando com a minha filha? - Eu perguntei olhando para as duas.

— Mãe, não faça isso. - Vi minha filha pedir e ignorei.

— Sou eu sim, por que? Algum problema? - A menina me encarou.

— Se você não me conhece eu sou a mãe dela e não aprovei essa ideia de você estar ficando com a minha filha. E Maria Eduarda, desde quando você gosta de meninas? - Eu falei olhando pra ela que não respondia nada.

— É sério que você saiu do Rio pra vim brigar com sua filha por ela estar gostando de uma menina? - A Bianca disse ficando a frente da Duda.

— Eu não concordo com isso e eu conheço a minha filha, ela não faria algo assim. - Eu falei alterada.

— Se você conhecesse mesmo sua filha você veria o quanto ela está feliz aqui, comigo, e não com o Matheus.

— Bianca, deixa que eu resolvo isso, por favor. - A Maria Eduarda disse afastando a menina de mim.

— Eu não vou deixar ela falar assim com você Duda, ainda mais no meu QG, ela quer falar o que quer, vai ouvir o que não quer também. - A garota respondeu, que menina afrontosa.

— Eu posso falar o que eu quiser, ela é minha filha e você não tem nada a ver com isso! Agora sei porque ela tá com você, tá na cara que você é manipuladora. - Eu disse e a menina riu.

— Tá certo mãe, você pode falar o que quiser comigo, mas com a Bianca não. Ela foi a melhor pessoa que eu conheci e me aproximei aqui em São Paulo, você não sabe de nada, você não conhece ela, e pelo visto nem a mim. - A Maria Eduarda disse e eu olhei para ela.

— Já vi que ela fez sua cabeça mesmo, não vou ficar perdendo meu tempo discutindo com vocês. Mas saiba que amanhã você vai voltar comigo pra casa. - Eu falei apontando o dedo pra Duda.

— A casa dela é aqui agora, não vou deixar você levar ela embora, porque eu amo a Maria Eduarda e estou fazendo o que você deveria fazer, cuidar dela e apoiar suas decisões. Não importa se você não concorda, ela é sua filha e merece ser feliz verdadeiramente.

Não respondi nada, eu simplesmente fui embora e deixei as duas sem entender nada. Eu disse que não iria discutir, mas não sabia o que dizer e só fui embora.

Bianca.

Assim que a mãe da Maria Eduarda saiu, eu olhei para a garota do meu lado, vi seus olhos encherem de lágrimas e imediatamente envolvi ela nos meus braços.

— Meu bem, sinto muito por isso. - Eu falei abraçada a ela.

— Esse era meu medo, e agora eu estou com muito medo. - Ela disse entre lágrimas, eu segurei ela pelo rosto e fiz ela olhar pra mim.

— Você não precisa ter medo, eu estou com você e isso vai passar, acredito que sua mãe precise de um tempo. - Eu falei sincera.

— Eu espero que sim, não sei o que vou fazer se meus pais não falarem mais comigo por conta disso. - Ela disse e eu senti a dor dela.

— Não pensa nisso gatinha, acima de qualquer coisa seus pais te amam e isso não vai mudar, tenha certeza disso ok? - Falei e ela balançou a cabeça, deixei um beijo no topo da sua cabeça e ela sorriu fraco.

— Eu amo você, obrigada. - Ela disse e eu sorri, beijei seus lábios carinhosamente e olhei pra ela.

— Eu também te amo, vou estar com você sempre. - Falei e ela me abraçou novamente.

Obstáculos de amar vcOnde histórias criam vida. Descubra agora