Cap 18

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Duda.

Depois do almoço, o Miras e a Isa foram para o quarto e eu fiquei na sala assistindo série com a Bianca, o dia estava sendo ótimo e nada podia estragar aquilo. 

Exceto uma campainha tocar no meio da cena importante do filme, a Bianca levantou para atender a porta e eu ouvi ela resmungar.

— Você de novo? - Ouvi a Bianca dizer e eu já sabia quem era que estava na porta.

— Digo o mesmo pra você, cadê a minha filha? - Ouvi a voz da minha mãe e eu só queria sumir.

— Não te interessa, pode ir embora.

— Olha aqui garota, você fala direito comigo. - Ouvi minha mãe falar mais alto e revirei os olhos.

— Pode deixa ela entrar Bianca. - Falei alto para elas ouvirem, logo minha mãe apareceu na sala e eu levantei do sofá.

— Espero que você tenha arrumado suas coisas, o voo está marcado para às duas da tarde. - Ela disse e eu suspirei.

— Como você é insistente, meu Deus do céu. - A Bianca reclamou baixo pra ela mesma, mas nós duas ouvimos.

— Como você é intrometida, você não tem alguma coisa melhor pra fazer não? - Minha mãe respondeu e eu assisti aquilo em silêncio.

— Não tenho não, e pelo visto nem você, de sair da sua cidade pra vim pra minha ser homofóbica com sua própria filha. - A Bianca disse.

— Como você mesma disse, a Maria Eduarda é a minha filha e se eu quiser obrigar-la a voltar para Campos comigo eu irei, e não é você que vai me impedir. - Ela disse com a voz alterada.

— Tenta pra você ver, ela é adulta agora e você não pode obrigar ela a nada, eu não vou hesitar em chamar a polícia pra você. - A Bianca disse alterada também e eu já estava cansada daquilo.

— Você não passa de uma qualquer que acha que tem todo o poder nas mãos só porque grava uns vídeos para a internet, eu acabo com sua reputaç.. - Minha mãe não completou a frase pois foi atingida com um tapa no seu rosto, vindo da Bianca.

Eu me aproximei na mesma hora das duas para impedir algo pior.

— Sua louca! O que você pensa que está fazendo? - Minha mãe gritou e eu tentei segurar ela.

— Você não abre a porra da sua boca pra falar nada sobre mim, você não me conhece e não vai vim aqui na minha casa falar o que bem entender. - A Bianca disse alterada e eu já estava doida.

— Meu deus por favor, chega vocês duas, eu não aguento mais! - Eu falei quase que em um choro.

— Maria Eduarda vai pegar suas coisas agora, ou eu.. - Não deixei ela terminar de falar e encarei ela.

— Ou você o que mãe? Vai me puxar pelo cabelo e me levar a força para o aeroporto? Quantos anos você acha que eu tenho? - Eu falei completamente sem paciência. - Eu não vou voltar com você, minha vida é aqui agora, com meus novos amigos, com minha nova família, com a Bianca.

Ela me olhava sem reação alguma, eu nunca tinha enfrentado minha mãe desse jeito e eu odiava fazer isso mas era necessário.

— Tudo bem, eu vou respeitar a sua decisão. Mas saiba que eu não concordo com isso, de jeito nenhum.

— Mãe eu estou feliz, eu achei que era isso que importava pra você. - Falei segurando meu choro.

— Eu quero que você seja feliz Duda, mas não acho que você vai ser dessa forma, mas se você diz que está então vou me apegar nisso e deixar você em paz. - Ela se aproximou de mim e me deu um beijo na testa, uma lágrima escorreu do seu rosto.

— Obrigada. - Falei baixinho e esperei ela sair da casa para poder desabar, rapidamente eu senti os braços da Bianca me rodearem. Eu estava acabada.

Bianca.

Eu abracei a Duda por vários minutos, ela estava em completo silêncio, somente chorando, e eu respeitei isso. Quando ela finalmente olhou pra mim eu senti meu coração partir.

— Eu vou estar aqui para o que você precisar. - Eu falei com cuidado e ela limpou as lágrimas do rosto.

— Eu tenho muito medo de você cansar de mim e ir embora. - Ela disse sem olhar pra mim, segurei seu queixo e a fiz olhar para mim.

— Eu nunca vou me cansar de você, e se eu tiver que te provar isso todos os dias, eu irei. Sabe por que? - Ela ouvia tudo com atenção. - Porque eu estou completamente apaixonada por você, e não tô pensando em ir embora da sua vida tão cedo.

Ela sorriu fraco ouvindo o que eu falei.

— Eu te amo muito, obrigada por estar aqui comigo. - Ela disse e eu beijei sua testa.

— Te amo infinitamente neném. - Falei e assim ficamos por um tempinho, dei todo o carinho e atenção que ela precisava naquele momento.

Isa.

Depois de ter ido pro meu quarto junto com o Miras, eu senti que o clima estava diferente, estávamos assistindo filme e ele estava com a mão na minha coxa, acariciando e dando leves apertadas.

— Amor. - Falei olhando pra ele que me encarou.

— O que foi? Não quer que eu faça isso? - Ele perguntou tirando a mão da minha coxa e eu ri fraco.

— Claro que eu quero, só queria saber se você estava ciente do que você está fazendo. - Falei pegando sua mão e colocando de volta na minha coxa.

— Agora eu estou completamente ciente do que eu estou fazendo, e quero saber se você está ciente do que eu quero fazer. - Ele falou a última frase quase que em um sussurro para mim, senti meu corpo arrepiar inteiro.

— Estou e quero fazer o mesmo. - Respondi e ele sorriu para mim, logo colamos nossos lábios em um beijo intenso, eu sentei no seu colo e quando vi já estávamos nus.

— Você não sabe o quanto eu esperei por isso. - Ele falou beijando meu pescoço.

— Então cala a boca e aproveita. - Falei e voltamos a nos beijar na boca. Rapidamente estávamos nos tornando um só e ele me fez dele naquele quarto mesmo.

Duda.

Depois que tudo aconteceu, nós voltamos a assistir nossa série para eu tentar me distrair. De repente começamos a ouvir barulhos vindo do quarto da Isa e ficamos chocadas em perceber que se tratava de gemidos.

— Será que a gente faz tanto barulho assim? - Eu perguntei olhando pra Bianca.

— Vamos descobrir. - Ela falou me puxando para deitar no sofá por cima dela e eu comecei a rir.

— Depois eu que sou mais safada que você né? - Eu falei e ela deu risada.

— Mas você é amor, eu só demonstro mais que você.

— Posso passar a demonstrar se você quiser. - Eu disse levantando e ficando sentada no seu colo, enquanto ela continuou deitada.

— Quero sim, inclusive pode demonstrar agora. - Ela respondeu subindo o corpo para me beijar.

— Aqui mesmo na sala? Sério? - Eu perguntei depois dela ter tirado minha blusa.

— Minha meta é transar em todos os cômodos dessa casa com você. - Ela disse tirando a camisa e eu sorri ao ver seu corpo nu.

— Estou totalmente dentro. - Eu disse voltando a beijar a garota, e novamente eu me vi nos braços da menina que estava me deixando louca.

Obstáculos de amar vcOnde histórias criam vida. Descubra agora