Cap 06

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Bianca.

Eu deixei o QG extremamente irritada, eu nunca falei daquele jeito com o Mário, nem com ninguém na verdade, não sei o que ta acontecendo comigo.

Cheguei na rua e estava chovendo um pouco, andei sem rumo e sem querer esbarrei em alguém, o que me fez lembrar de ontem quando vi a Duda pela primeira vez. Que saco, tudo me lembra ela.

— Bianca? O que você está fazendo na chuva uma hora dessas? - Ouvi uma voz familiar e logo soube quem era.

— Longa história Fael, e o que você tá fazendo por aqui? - Perguntei ao meu amigo que colocou o guarda chuva para nos proteger.

— Eu moro perto daqui, esqueceu? Sai pra comprar um negócio. - Ele disse.

— Posso ir pra sua casa? Não tô afim de voltar pro QG e esqueci minha carteira lá pra pedir um uber.

— Claro, eu estava com saudades de você. - Ele disse e eu sorri, caminhamos até o seu apartamento que não era longe de onde estávamos.

Duda.

Eu sei que eu mal conheço a Bianca, mas pelo pouco que vi ela não está agindo normal, eu sei que ela não falaria com o melhor amigo dela daquele jeito, mas ninguém sabia o que ela tinha.

Eu e a Isa saímos pra almoçar, e depois voltamos pro QG, esperando que a Bianca já tivesse voltado, mas não tinha nenhum sinal dela por lá.

De tanto pensar na Bianca eu esqueci de pensar no Matheus, ele apareceu com um sorriso no rosto e eu lembrei do encontro que marcamos para esse horário.

Nós decidimos ir para o cinema, escolhemos o melhor filme do catálogo e entramos na sala, tinha poucas pessoas, então ficamos a vontade. Sentir o olhar do Matheus sobre mim durante alguns momentos do filme.

— Prefere ficar me admirando ou vai me beijar logo? - Eu perguntei tomando toda a atitude por nós dois. Seu lábio avançou no meu.

— Isso responde a sua pergunta? - Ele perguntou com os lábios próximo do meu.

— Acho que você vai ter que fazer de novo pra eu ter certeza. - Eu disse e ele sorriu, voltando a juntar nossos lábios, dessa vez em um beijo intenso e mais demorado.

Matheus.

Esse momento foi melhor do que eu imaginei, o beijo encaixou perfeitamente e eu não podia estar mais que satisfeito de ter beijado a Duda. Eu estava gostando disso, estava gostando de sair com ela.

Nós terminamos de assistir o filme e ficamos andando pelo shopping, depois voltamos pro QG, e não tinha nenhuma notícia da Bianca, todos nós estávamos preocupados com o sumiço dela.

— Onde vocês acham que ela pode estar? - A Duda perguntou.

— Não sei, ela nunca fez isso antes. - Mário disse demonstrando preocupação.

— Que droga, ela não me atende de jeito nenhum. - Isa falou depois de mais uma tentativa falha de ligar para a Bianca.

— Se eu conheço bem a Bianca, ela deve estar enchendo a cara nesse exato momento. - Falei e todos me olharam.

— A culpa é toda minha, eu não deveria te insistido tanto pra ela falar. - Mário falou.

— Claro que não Mário, você tinha as melhores intenções, essas coisas acontecem. - Duda foi confortar o garoto.

— Eu só espero que ela esteja bem.

Bianca.

Eu estou bem até demais, eu e o Fael fomos pra casa dele, comemos alguma coisa, e estávamos na sala conversando. Resolvemos ouvir música e ele colocou na caixinha de som.

— Tem alguma coisa pra gente beber? - Perguntei depois de me animar o bastante.

— Claro, vou pegar. - Ele foi até a cozinha e voltou com duas garrafas de vidro verde. Ele abriu e eu peguei uma da sua mão e dei uma boa golada.

— Vai com calma que ainda é terça feira. - Meu amigo disse e eu sorri.

— Fael eu já me estressei demais por hoje, deixa eu curtir o resto do meu dia. - Eu falei e o garoto levantou as mãos mostrando redenção e eu voltei a beber toda a garrafa de cerveja.

Fael.

Começamos a dançar juntos e beber também, mas eu sabia que teria que ficar sóbrio para cuidar dessa louca que eu deixei vim pra minha casa. Eu amo a Bianca demais.

Sei que ela tá passando por alguma coisa e não quer contar, por isso ela tá aqui fingindo que não tem nada acontecendo. Tive a certeza quando ela me beijou, ainda sóbria.

Não era algo estranho, nós ficamos várias e várias vezes na zoeira mas dessa vez foi diferente, tudo começou a ficar mais intenso e profundo. Quando eu vi já estávamos no meu quarto.

Eu não seria capaz de fazer nada com a Bianca bêbada, ela só bebeu uma cerveja e nada mais, então ela estava bem consciente do que estávamos fazendo e ela parecia querer mais do que eu.

Mário.

Certo, já são quase oito da noite e nenhum sinal de vida da Bianca, eu já não estava mais aguentando ficar sentado esperando a boa vontade dela de dar o ar da vida.

Eu estava extremamente preocupado e não sabia mais o que fazer, não queria alertar os pais dela, sei que a qualquer momento ela vai aparecer e eu vou sentir um alívio enorme.

Obstáculos de amar vcOnde histórias criam vida. Descubra agora