Capítulo 33

667 74 19
                                    

Sina definitivamente odiava hospitais. As mãos cobertas por luvas do doutor Clarke passeavam ao redor da incisão que agora não passava de uma cicatriz levemente grossa e mais clara que a pele da morena. Os pontos foram retirados há vinte minutos, todavia, isso não significava que Sina estivesse cem por cento curada, para a infelicidade da garota.

Heyoon observava atentamente ao lado da maca o homem de jaleco com a expressão concentrada, tocando todos os pontos do dorso da sua namorada. Quando os dedos dele apertaram com certa pressão o meio da cicatriz, Sina soltou um gemido de dor e a coreana entrou em alerta.

Doutor Clarke encerrou os movimentos no mesmo instante e retirou as luvas, encarando as garotas logo em seguida.

— Sina ainda sente dor. — Fisgou a prancheta e a caneta sobre sua mesa, anotando algo rapidamente. — O fígado claramente não está cem por cento curado. — Depositou os objetos no mesmo lugar.

A porta da sala fora aberta assim que o médico finalizou a sentença e a enfermeira adentrou o local, entregando um envelope branco com o logo do hospital estampado no mesmo.

O homem agradeceu e logo rasgou o lacre, retirando de dentro uma radiografia, logo colocando-a no megascópio.

— Estão vendo aqui? — Apontou para o órgão no raio-x . — É o seu fígado. E essa mancha escura sem forma é onde deveria estar sua bile totalmente regenerada, mas ainda é um pouco cedo pra isso. Está tomando os remédios como recomendado? — Indagou, migrando sua atenção para as duas garotas.

— Ela está sim. — Heyoon respondeu rapidamente. — Duas vezes ao dia, às sete e meia da manhã e sete e meia da noite.

— Continue tomando e então daqui a duas semanas nos veremos novamente para outro exame. Creio que até lá estará cinquenta por cento melhor. — O homem sorriu gentil. — E nada de comidas sólidas e esforço físico, eu sei como adolescentes podem ser.

Sina tossiu levemente enquanto sentia o rosto esquentar e Heyoon assentiu, também envergonhada com a declaração do doutor.

Quando ambas saíram da sala dele, se depararam com Prudence lendo alguma revista sentada na sala de espera. Assim que a Deinert mais velha avistou a irmã e a cunhada, largou o objeto que segurava na mesinha e levantou-se, caminhando até elas.

— E então? Como foi? — Questionou nervosa.

— Ainda não estou totalmente bem, mas já posso andar sem a cadeira de rodas. — Sina respondeu suspirando.

— Mas ainda assim terá de poupar andar muito, pois pode sentir cansaço e incômodo no local do fígado. — heyoon complementou, segurando a mão da namorada e saindo do hospital.

Prudence ouvia tudo o que era dito com atenção, adentrando o carro assim que chegaram ao estacionamento, conferindo se a irmã estava confortável e indo em direção à mansão.

---x---

Quando Sina pôs o pé no hall de entrada, a latina adentrou seu campo de visão com a expressão preocupada.

— krystian apareceu aqui há alguns minutos e pediu para todos irem até o escritório. Estávamos esperando vocês. — Sabina explicou antes que Sina pudesse indagar alguma coisa.

— O que ele quer? — Heyoon questionou confusa.

— Não sabemos. Ele está nervoso e exigiu todos nós, até mesmo Jisoo para contar o que veio fazer aqui. — Respondeu.

Sina franziu o cenho e assentiu, caminhando até o escritório lentamente com Heyoon e Prudence ao seu lado. Ao adentrar o lugar, pôde observar Krystian sentado de frente para todos, que olhavam para o rapaz esperando que este se pronunciasse.

「 O preço da volta 」- Siyoon e Joalina Onde histórias criam vida. Descubra agora