Capítulo 34

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O carro adentrou os enormes portões de ferro após a autorização dos seguranças ao constatarem quem era e Heyoon respirou fundo pela quinta, talvez sexta vez naquele fim de tarde.

— Você tem certeza disso, querida? — Jisoo tocou sua mão gentilmente.

A mais nova apenas assentiu com a cabeça, observando Noah estacionar o veículo em frente à mansão imponente dos Jeong. Heyoon respirou profundamente outra vez, não com medo ou receio, mas sim para conter o ódio e repulsa que estava instalado dentro de si.

Krystian foi o primeiro a sair do carro. Diferente de Heyoon, ele estava com medo. Medo da reação de Fernando e Minjun ao saber que o plano fora contado. Todavia, ele não se arrependia. Talvez fosse a única coisa em sua vida de que ele não sentia vontade de voltar atrás.

Observou a irmã sair do veículo e caminhou lentamente até a mais nova.

— Você vai me perdoar um dia? — Indagou receoso.

Heyoon ergueu os olhos frios para fitar os do mais alto e suspirou longamente.

— Você era cúmplice de um plano para matar alguém. Não só alguém, mas a pessoa que eu amo e me fazer casar com Jacob. Você sabe o quão isso é desumano, Krystian? — A coreana maneou a cabeça em negação. — Você contou tudo e eu sei que se arrepende, eu sei. Mas vamos com calma. É muita coisa para assimilar.

— Eu sinto muito, Heyoon. Eu achei que você iria tomar meu lugar em tudo e por um momento minha ambição dominou meu caráter. Mas saiba que eu não vou desistir de conseguir o perdão de todos vocês.

— Querida! — A voz de Fernando ecoou em seus ouvidos e Heyoon virou-se, encarando o homem latino sorrindo para si.

A coreana apenas forçou-se a sorrir, observando o pai se aproximar e fechar a expressão ao fitar Jisoo.

— O que vieram fazer aqui? E como está Sina? — Questionou.

Heyoon sentiu o estômago embrulhar ao ouvir a pergunta. Como alguém conseguia ser tão dissimulado ainda era uma pergunta não respondida em sua cabeça. O nojo apenas aumentava.

— Ela está ótima. Mais viva do que nunca e continuará assim por um bom tempo. — Respondeu, forçando a voz para não sair como um rosnado.

— Heyoon, meu bem, aqui não. — Jisoo sussurrou em seu ouvido.

— Vamos entrar, sim? — Krystian foi o primeiro a andar em direção à porta de entrada, subindo os poucos degraus.

Heyoon passou por Fernando, que a olhava com a expressão confusa.

— Yoon? — Minjun apareceu em seu campo de visão assim que adentrou o hall da mansão. — Veio nos visitar? — Sorriu, aproximando-se e beijando a cabeça da filha.

Heyoon afastou-se no mesmo segundo, deixando Minjun com a expressão interrogativa e logo o encarou.

— Eu quero saber o porquê. — Pediu, fechando as mãos em punhos.

— Do que está falando, querida? — Fernando indagou.

— NÃO ME CHAME ASSIM! — Gritou enfurecida, desvencilhando-se do toque de Penelope, que tentou acalmar a filha. — Por que armaram um plano para matar a Sina? Por que são tão cruéis? — A coreana sentia as lágrimas descendo pelo seu rosto, mas logo enxugou-as com a mão rapidamente. Ela não choraria.

— Nós não estamos entendendo, Yoon. — Minjun tentou manter a respiração tranquila. — Se acalme.

— Não adianta dissimular. Eu contei tudo. — Krystian proferiu, atraindo os olhares dos pais adotivos.

「 O preço da volta 」- Siyoon e Joalina Onde histórias criam vida. Descubra agora