Capítulo 11

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Batidas na porta despertaram Heyoon do sono profundo que se encontrava ainda nos braços da namorada.

A coreana levantou a cabeça do calor do pescoço de Sina e coçou os olhos um pouco atordoada.

Mais batidas suaves foram ouvidas e a mais alta levantou-se vagarosamente para não acordar a alemã, que resmungou manhosamente quando não sentiu mais o corpo pálido junto ao seu e virou-se de bruços, agarrando o travesseiro de Heyoon. Uma mania adorável.

Vestiu sua calcinha e a camisa de algodão que a namorada usava na noite anterior e dirigiu-se até a porta, abrindo devagar.

A governanta de meia idade com os cabelos grisalhos firmemente presos olhou para Heyoon e esboçou um sorriso simpático, que foi logo retribuído.

— A menina Prudence pediu-me para avisá-las que o almoço vai ser servido em breve. — Anunciou.

— Almoço? — Heyoon arregalou os olhos. — Que horas são?

— Já passa das onze da manhã, senhorita. — Sorriu.

— Céus! — Continuou surpresa. — Não acredito que dormi tudo isso.

— Creio que a viagem foi exaustiva e as senhoritas precisavam de um descanso. — Respondeu.

— Sim, é claro. — Assentiu. — Obrigada...?

— Olivia, senhorita.

— Nada de senhorita. — Heyoon pediu. — Chame Sina e a mim pelos nossos nomes. — Sorriu docemente.

— Assim será feito, menina Heyoon. — Sorriu largamente.

— Bem melhor assim. — Assentiu. — Já iremos descer.

— Certo. Se precisarem de algo, me comuniquem. — Pediu.

— Pode deixar. — Sorriu, fechando a porta quando a mulher deu meia volta no corredor.

Heyoon fez seu caminho até a cama e observou o relógio retangular de cristal na mesinha de cabeceira que indicava os quinze minutos restantes para o meio-dia.

Aproximou-se e observou as costas pálidas cobertas por trilhas vermelhas de suas unhas e sorriu marota.

— Senhora Deinert. — Deitou-se sobre o corpo da namorada. — Acorde. — Mordeu-lhe o ombro.

— Hmmm... — Grunhiu abafadamente pelo travesseiro. — Me deixe dormir. — Pediu com a voz rouca.

— Você já dormiu demais. — Passou as mãos entre os fios escuros. — Vamos, acorde.

— Ainda está cedo. Volte a dormir. — Murmurou sem abrir os olhos.

— Já são onze e quarenta e cinco da manhã, sua preguiçosa. — Assoprou-lhe a orelha, fazendo a maior tentar esconder a cabeça.

— Dormimos tudo isso? — Colocou a mão sobre a orelha direita.

— Uhum. — Riu sapeca, assoprando-lhe a orelha esquerda.

— Pare com isso. — Pediu emburrada, movendo a outra mão para a orelha que fora assoprada.

— Então vamos tomar banho porque estou morrendo de fome. — Pediu mordendo-lhe a nuca.

— Saia de cima de mim para que eu possa levantar. — Pediu.

— Não. — Agarrou-se mais à morena. — Me carregue.

A loira riu e depois de alguns minutos tomou impulso, levantando da cama com Heyoon presa à si como um coala. As mãos brancas seguraram as coxas grossas e ao virar-se para ir ao banheiro, Sina arregalou os olhos olhando-se no grande espelho que cobria uma parte da parede do cômodo.

「 O preço da volta 」- Siyoon e Joalina Onde histórias criam vida. Descubra agora