Sept

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Sacudia a cabeça em negação

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Sacudia a cabeça em negação. Luka realmente se preocupava muito comigo. Era a sétima vez em menos de vinte e cinco minutos que eu negava estar com qualquer dor ou algo que prejudicasse o bebê. Bem, Luka sabia da minha gravidez. E tenho que dizer, sua reação foi a que eu esperava. Diferente de Adrien.

Adrien... Já fazia tanto tempo que eu tentava esquecer esse nome?

Adrien havia solado minha dignidade de várias maneiras. E apesar de tudo eu ainda me pegava pensando naquele loiro infeliz. Me martirizava por tentar esquecê-lo mas sempre lembrar de todos os nossos momentos juntos. Foram tantos.

Mas era necessário. Eu fiz oque era certo, minha consciência estava limpa! E Luka estava sendo um ótimo amigo para mim. Sempre atencioso. Às vezes, queria que ele fosse o verdadeiro pai da criança que eu carrego.

- Você tem certez...

- Tenho, Luka. Por deus! A oitava vez, e olha... Em menos de 1 minuto. Um record - solto uma gargalhada vendo o mesmo coçar a nuca, envergonhado.

- Ah... Você sabe. Eu só me preocupo com você e... e... - ele olha para minha barriga lisa, e depois olha para o lado - e o bebê, é claro.

Via o mesmo se levantar. Fico o observando caminhar até que sua silhueta desaparecesse ao cruzar a porta. Suspiro começando a ficar entediada com a solidão. O quarto de Luka era aconchegante, mas não se comparava ao de Adrien que dava praticamente o dobro.

Me deito em sua cama observando o teto. O que Luka tinha ido fazer? Passo meus dedos por meu ventre. Sentindo a pequena protuberância de meu pequeno. Ficava acariciando distraidamente. Em minha cabeça eu divagava. Como ele ou ela seria? Será que teria meus cabelos escuros, teria os olhos do pai? Eram tantas versões para se imaginar e em todas eu sabia que eu amaria.

- Voltei. Sentiu saudade?

Levanto meu rosto e meus olhos brilham com a bandeja que ele trazia. Croissant's, suco, amoras e pães. Eu praticamente me sento e não deixo esconder tamanha satisfação que estava sendo admirar aquela dádiva. Luka solta uma risada curta, se sentando ao meu lado e deixando a bandeja em nosso meio.

- Você nem faz idéia! - pego um pedaço do pão, dando uma boa mordida e solto um suspiro alongado - Isso está divino!

- Claro. Comprei na melhor padaria de Paris...

Ele ficava me observando devorar tudo aquilo sozinha. Quando vi, Luka não havia nem sentido o cheiro de nada que tinha ali. Eu sorrio amarelo, coçando o braço. Peço um 'desculpa' tímido, vendo o mesmo sorrir e colocar sua mão sobre meu ombro.

- Tudo bem, ma-marinette... - ele ri, me fazendo fechar a cara e acertá-lo com um travesseiro.

- Seu bobo. Isso não tem graça...

Cruzo os braços, e isso parece o alegrar mais. Que menino impertinente! Aos poucos suas risadas vão cessando e fica apenas o silêncio reinando entre nós. Até que o de cabelos tingidos decide o quebrar.

Un Miracle de 40 SemainesOnde histórias criam vida. Descubra agora