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MOLLY

— Aqui seu absorvente. — Heather joga um pequeno pacote em minha cama e eu agradeço, indo até o banheiro e voltando logo em seguida.

— Se resolveu com o William?

— Acho que sim, estamos voltando ao normal.

— Vocês brigam demais.

— É, eu sei, mas acontece né. — minha irmã suspira. — Já decidiu o que vai fazer em relação ao James?

— Ainda não, mas parece que o garoto não sabe o que é um "não".

— Eu já falei pra você me deixar falar com ele, se eu falar, ele larga do seu pé.

— Será?

— Molly! — Minha mãe empurra a porta que estava entreaberta. — Tem um garoto lá embaixo que deseja falar com você.

— Não, dessa vem quem vai sou eu. — Me levanto mas a garota ao meu lado é mais rápida que eu e desce as escadas correndo.

HEATHER

— Oi, James. — Encaro o garoto e o vejo arquear as sobrancelhas.

— Oi... Heather?

— Eu mesma, a Molly está ocupada, quer deixar recado?

— Eu posso esperar, se não for demorar e...

— Vai, vai demorar bastante. — Rapidamente corto a fala do garoto.

— Sério?

— James, posso te falar algo?

— Sinceramente, pode.

— Eu conheço a Molly praticamente a vida inteira, fomos adotadas juntas e éramos muito amigas no orfanato. Eu conheço ela melhor do que ninguém, se brincar melhor que meus pais.

— E...?

— É o seguinte, eu sei muito bem como tá a relação de vocês, sei que você é legal com ela e quer algo a mais, mas ela não quer, e você precisa aprender a lidar com a rejeição.

— Ah...

— Olha, eu não quero parecer insensível ou qualquer outra coisa do tipo, mas as vezes a verdade é muito melhor, e assim, você tá se forçando a acreditar que se você continuar insistindo nisso, você vai conseguir uma chance de estar em um relacionamento com ela e eu sinto muito em ser a pessoa a te dizer isso, mas não é assim que funciona.

— Eu sei que não é, mas eu realmente gosto bastante dela e-

— James, não adianta o tanto de palavras bonitas que você dirá a ela, ou presentes caros que você compre e deixe no nosso correio, não adianta o tanto que você ligue ou mande mensagens insistindo em ver ela, isso não vai mudar o fato de que quem ela ama não é você.

— Eu realmente sei, mas eu não posso mudar o que eu sinto por ela.

— Assim como ela também não pode mudar o que sente por você, então eu te dou apenas um conselho, tente parar de ver a Molly como um par romântico, tente esquecê-la e siga em frente, você está praticamente se humilhando para tê-la ao seu lado.

— Eu achei que se eu tentasse ficar ao lado dela, demonstra-se meus sentimentos, ela começaria a sentir algo por mim.

Duh, isso só funciona em filme.

— Eu te digo de coração, esqueça a minha irmã e siga em frente, garanto que ficar perseguindo ela, não vai te levar a nada, apenas a minha mãe indo denunciar você à polícia.

Mesmo se a Molly quisesse o James, meus pais já odeiam ele.

— Bom, eu preciso voltar lá pra dentro. Tente seguir em frente e esquecê-la, certo? Será melhor para você.

[...]

MOLLY


— Olha só o que você fez. — Minha mãe grita irritada.

— DESCULPA. — Heather grita rindo. — ERA PRA ACERTAR NO PAPAI.

— Então, quer dizer que esse balão cheio de água era para acertar em mim? — Meu pai pergunta surpreso, gargalho mais ainda da situação.

louis☀

louis☀: ei desculpa incomodar, mas... eu posso ir até aí?

louis☀: meus pais estão brigando demais, dessa vez foi a Liz que começou. A Issie e a Millie não estão aqui, então tô tendo que aguentar isso sozinho

louis☀: a minha vontade é de simplesmente ir lá e mandarem eles calarem a boca, ou pararem de brigar por NADA

me: claro, pode vir sim

me: eu tô no quintal dos fundos com meus pais e a Heather

me: veste uma roupa mais leve e vem, traz outra também, estamos brincando de guerra de balão😎

me: a primeira coisa que vou fazer é tacar um balão na sua cara, me aguarde

louis☀: ui, vou correr de ti então

louis☀: tô indo

[...]

— Bom dia. — Encaro o garoto com um balão de água em mãos, sorrio maroto e ele me encara assustado.

— Pra quê essa violência toda? — Ele se aproxima, se referindo ao balão.

— Eu avisei. — Jogo o balão em sua direção e ele acerta bem no rosto do garoto, estourando e molhando seu rosto e pescoço.

— O menino acabou de chegar. — Minha mãe me repreende e vai até ele. — Aqui, querido, pode jogar na cara dela. — Minha mãe entrega um balão para o garoto e eu começo a correr.

Acabo tropeçando em um sapato que havia jogado ali, foi o suficiente para Louis me alcançar e jogar o balão em mim.

— Que droga! — Resmungo e me levanto um tanto quanto irritada.

— Se irritou porque ele devolveu o balão, é cada gente estranha. — Minha irmã gargalha.

— Não teste minha paciência, Heather. — Seguro outro balão e jogo na direção da garota, então logo iniciamos uma guerra de balões de água.

reasons to love you, louis partrigde Onde histórias criam vida. Descubra agora