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MOLLY

Bom dia. — Digo entrando na cozinha sem nenhum pingo de animação.

— Você costuma ser enérgica, o que aconteceu? — Minha irmã me questiona, apenas balanço a cabeça em negação. — Tudo bem... Vamos ir juntas hoje?

— Vamos! — Tento falar em uma entonação mais animada, mas tudo o que sai é uma voz baixa.

Heather e eu pegamos nossas coisas e saímos, passamos um longo tempo caladas.

— Aquela é só uma amiga dele, não precisa ficar assim. — Heather diz tentando me consolar.

— Amigos não se beijam. — Digo com uma feição triste.

— Ele só está ficando com ela pra tentar te-

— O quê? — Me viro para a garota e ela apenas fita o chão. — Termine o que ia dizer.

— Eu não iria dizer nada, apresse o passo ou chegaremos atrasadas.

Suspiro irritada, limpando o rosto com a manga do moletom.

— Se acha que não há chance com ele, siga em frente e seja feliz. — Clover diz antes de se despedir e ultrapassar o portão da escola.

— Precisamos conversar. Tipo agora. — Thimothée e Ruel param em minha frente, chamando minha atenção.

— Meu deus, o que houve de tão urgente?

— Achamos que estamos apaixonados.

— Um pelo outro? — Abro um mini sorriso e eles me olham com cara de nojo.

— É sério, Molly! — Chalamet suspira, tentando esconder a irritação. — Eu acho que estou começando a olhar para Sabrina de um jeito diferente.

— Acho que estou começando a olhar para a Lisa de um jeito diferente. — Ruel diz e logo vejo que ambos estão vermelhos.

— Sinto muito mas não posso ajudar vocês. Se querem conquistá-las, façam por merecer. — Digo e saio andando, quando eles me puxam para trás.

— A questão é que não sabemos como fazer isso.

— Se vocês não sabem, como eu saberei?

— Que saco! Será que dá pra você parar de levar tudo na brincadeira pelo menos uma vez na sua vida? — Thimothée me encara.

— Não dá pra fazer muita coisa, Thimothée. Se vocês amam elas, e elas amam vocês, a iniciativa tem que partir de vocês e não de mim.

— Você não pode nem tentar saber se é recíproco? — Ruel questiona, em um tom mais calmo que o de Timmy.

— Isso eu posso, vou tentar conversar com elas sobre.

— Obrigado, de verdade e desculpe meu tom agressivo.

— Tudo bem.

— Obrigado, você é incrível. — Ambos me abraçam antes de saírem.

Sabrina se aproxima, e não diz nada, apenas me abraça.

— Caso esteja com pena de mim, isso não é preciso, ok?

— Eu não estou com pena de você, não posso mais abraçar minha melhor amiga? Mas ela é bonita, né...

— Sim, até mais que eu.

— Você não precisa se diminuir pra enaltecer alguém, ambas são lindas, então pare com isso. — Sabrina desferiu um tapa em mim, reviro os olhos e sigo caminho.

reasons to love you, louis partrigde Onde histórias criam vida. Descubra agora