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Este capítulo está sendo narrado em primeira e terceira pessoa.

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Narrador POV

A casa de Sam Uley se encontrava agitada, sua noiva Emily tinha escolhido o café da manhã para contar que Stella González viria passar um tempo em sua casa, ela só não contava com a audição sensível dos garotos que tinham chegado a pouco tempo e agora não paravam de perguntar sobre visitante.

-- Qual é Emilyzinha! - Implorava Embry.

-- Não Embry, eu não vou responder todas essas perguntas e se insistir eu tomo seus bolinhos! - Acrescentou ameaçadoramente vendo o menino arregalar os olhos e abraçar seu prato de bolinhos.

-- Mexer com os bolinhos é golpe baixo! Você sabe que ele é apaixonado neles! - Jared defendeu o amigo. - E nem são tantas perguntas assim!

-- A claro que não, vocês só tão pedindo uma biografia completa da menina. - Sam disse roubando um bolinho do prato e abraçando a noiva. - Aliás, não era para vocês estarem na ronda?

Os meninos se olharam cumplices e logo se levantaram correndo para fora da casa, levando com eles alguns bolinhos, obviamente. O casal respirou aliviado, aproveitando um pouco a presença um do outro.

-- Estou com medo Sam.

-- Não se preocupe meu amor, nós estamos caçando aquela vampira.

-- Não disso amor - disse enquanto se aconchegava mais no noivo - Estou com medo de ter perdido a minha melhor amiga, quando ela me ligou sua voz parecia tão frágil, ela parecia está prestes a quebrar.

-- Então temos que mostrar que ela não está sozinha e que nós estamos aqui para ajudar.

Sam Uley se tornou próximo de Stella no último verão, quando ele acabou machucando Emily e a garota apareceu para dar apoio a ela. A primeira interação deles não podia ter sido mais desastrosa, em um surto de raiva Stella deu um soco em Sam, coisa que resultou em um dedo quebrado para a garota. Nas semanas que se seguiram Stella descobriu sobre a matilha e, mesmo que relutantemente, ela acabou criando uma amizade com o alfa.

Os pensamentos do casal foram interrompidos pelo toque de um celular, que a mulher rapidamente atendeu.

-- Emy? Já cheguei na reserva, to seguindo para a casa de vocês.

-- Ok, estamos te esperando.

Poucos minutos depois que a ligação foi encerrada, o ronco de um carro foi ouvido pelos dois, que caminharam apressadamente afim de receber a amiga.

-- EMY!

-- STE!

As duas se jogaram em um abraço carregado de saudades e carinho, ignorando Sam que fingia olhar para o tempo enquanto deixava as garotas terem seu momento.

-- Eu senti tanta saudade sua nanica. - Sussurrou -

-- Eu também senti saudade - sussurrou, logo acrescentando. - E eu não sou nanica, você que é alta demais!

-- Eu preciso discordar amor, você realmente é baixa.

--SAM! -a garota logo se soltou de Emily e correu para abraçar o amigo. - Como vai o meu cachorro favorito?

-- Cachorro é o teu...

-- Sam!

-- O que?! Eu não tenho culpa se ela já chega me estressando! -disse enquanto levantava as mãos em forma de rendição, causando uma gargalhada na ondulada e um olhar de repreensão da noiva.

-- Céus eu realmente senti falta disso! - Stella disse enquanto começavam a retirar suas malas do carro.

-- Amiga, tem algo que você queira nos contar? - A morena disse enquanto puxava uma bolsa com detalhes infantis do banco.

-- A gente tem muito o que conversar minha pequena. - Stella diz com sua voz começando a embargar.

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POV STELLA

--ELE TE BATIA?! - Emy praticamente grita quando termino de contar tudo. - Eu sabia que por trás daquela pose de riquinho e bom garoto ele escondia algo, AQUELE DESGRAÇADO! MURICINHO FILHO DA PU...! - ela tremia tanto que tenho certeza que se pudesse, já teria se transformado e ido atrás do James.

--Emily, por favor se acalma ta bem? -Sam tenta acalma-la e pelos olhos arregalados dava para perceber que ele nunca tinha visto a Emy tão puta. - Você já tentou denunciar ele? Fazer um boletim ou, sei lá, contar para alguém que possa parar ele?

-- Já sim, mas ele tem muita influência política, ninguém tem coragem de confronta-lo

-- Tá, mas onde que aquela bolsa entra nessa história toda?

-- Eu to grávida Emy. Por isso que fugi, não quero criar uma criança naquele lugar. - O casal a minha frente se encarou por alguns segundos, logo voltando a prestar atenção em mim.

-- Quanto tempo? - eles perguntam juntos desviando a atenção para a minha barriga.

-- Quase três meses, por isso que não da para perceber muito ainda. - levanto um pouco a blusa para tentar mostrar a pequena elevação em meu ventre. Os dois arfam quando percebem a mesmo.

-- Sabe que estamos juntos nessa, não sabe? - Emy se sentou ao meu lado, segurando minha mãos entre as suas, era o primeiro gesto afetuoso que eu recebia em meses. Senti meus olhos lacrimejarem.

-- Obrigada maninha. - Minha voz sai toda falha, mas pela risada que eles dão sei que entenderam. - Meu deus são oito da manhã e eu já to chorando, eu odeio vocês. - puxei os dois para um abraço apertado enquanto tentava controlar meu choro.

-- Nós também te amamos, agora para de chorar e vem comer alguma coisa. - Emy me puxou em direção a cozinha enquanto eu ria e observava o lugar.

A casa era simples e aconchegante, tinha uma lareira que pela aparência não era muito usada, como se alguém que sempre ta a 40 graus fosse precisar de lareira, quadros espalhados pela casa e uma enorme mesa de madeira na varanda que era ligada a cozinha.

-- Uau, vem um batalhão almoçar aqui e ninguém me disse nada?

-- Não é bem um batalhão, ta mais para alcateia. - Arregalei os olhos, da ultima vez que vim a alcateia era formada somente pelo Sam, quantos será que eram agora? - estamos em dez, Jacob se passou pela transformação a alguns meses, logo depois dele veio Embry e Quill, e por fim teve o Seth e a Leah.

-- A LEAH? Achei que somente homens se transformassem! - e, pela cara dos dois, acredito que eles achassem também. - Como estão lidando com isso? Quer dizer... com os sentimentos dela?

-- No inicio foi realmente um problema, dava para sentir que ela tava magoada, mas nós acabamos conversando e nos "entendendo" - Emy faz aspas com os dedos - então não temos discursões ou brigar aqui.

-- Apesar de que da para sentir a tristeza dela quanto estamos patrulhando na forma de lobo, já que conseguimos ouvir os pensamentos um dos outros. - Isso significa que toda a alcateia vai saber da minha vida? Puta merda.

-- Sam, será que você pode... hum... tentar não pensar em tudo que eu te contei quando for patrulhar? É pessoal e...

-- Não se preocupe Ste, não é como se eu fosse te expor assim pros meninos. Agora, porque não sobe e toma um banho? Ta fedendo em.

-- Mas que mentira! Eu sou cheirosa naturalmente, tenho certeza de que o fedor de cachorro molhado vem de você. - Acuso vendo sua casa de indignação. - Que foi? O totó ficou bravinho? - me aproximo e bagunço seus cabelos, correndo logo em seguida e escutando ele vindo atrás de mim.

-- Se um dos dois caí e se machucar fiquem sabendo que eu so vou ajudar depois de rir em! - Emy grita da cozinha. Estava feliz novamente e ninguém tiraria isso de mim nunca mais.

Ocean eyes - P. LahoteOnde histórias criam vida. Descubra agora