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Maratona 1/3

◇ os outros dois caps da maratona saem ou na tarde do domingo, ou na segunda♡

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Stella POV



Abri os olhos lentamente e logo o quarto de hospital entrou em foco, tudo era enjoativamente branco, as luzes, paredes, móveis até mesmo a roupa estranha que puseram em mim.

-- Arg, miraram em um quarto de hospital e acertaram em uma solitária só pode. - Minha voz ecoou pelo quarto. Respirei fundo e levei a mão até minha barriga, fazendo um carinho delicado na mesma, ela tinha crescido muito durante as duas semanas, passando do tamanho de uma leve elevação para uma bolinha quase do tamanho de um melão, pelas minhas contas eu completaria quatro meses em duas ou três semanas. Se já estava difícil esconder a barriga antes, agora estava horrível, eu não podia mais esconder, principalmente depois do sangramento de hoje estava decidido, eu contaria aos meninos. A porta foi aberta e um médico estranhamente pálido entrou sorrindo para mim.

-- Senhorita Gonzalez, eu sou o doutor Carlisle Cullen, mas pode me chamar somente de Carlisle se desejar. - Eu assenti apertando mão gelada dele, humano ele com toda certeza não é. - Tenho duas notícias para dar a você, a primeira é que, no momento, o bebê está bem.

-- Como assim, "no momento"? - Ele suspirou e tirou uma enorme folha do meio de seus papeis. - Essa é a sua ultrassonografia abdominal, está vendo esse espaço quase imperceptível bem aqui? - Ele apontou para um ponto um pouco mais escuro na imagem. Acenei positivamente. - Isso aqui mostra um leve deslocamento na sua placenta, o que é muito estranho, pois deslocamentos quase nunca acontecem em mulheres com menos de 5 meses, a não ser...

-- A não ser? - Meu coração disparou, ele sabia, de alguma forma ele sabia.

-- Agressões físicas. - As memorias voltaram com tudo, eu estava sufocando, estava sufocando novamente. - Stella olha para mim, preciso que se acalme, ok? - Ele se afastou e levantou as mãos em forma de rendição. - Meu nome é Carlisle, eu estou aqui somente para te ajudar, porém, posso pedir para lhe encaminharem a uma médica se isso lhe deixar mais segura. - Ele continuava afastado enquanto eu tentava controlar minha respiração, eu não podia ceder ao pânico, não podia ter uma crise, tenho que ser forte, não somente por mim, mas pelo bebê que agora depende da minha força também. Respirei fundo e aninhei meu ventre com as mãos. Eu não cedo.

-- Prefiro que você prossiga com meu tratamento Carlisle, um passo depois do outro não é mesmo? - Ele sorriu e se aproximou novamente, mas somente encostava em mim quando realmente necessário. Um passo depois do outro, eu tinha conseguido interagir muito bem com os meninos logo de cara, não sei explicar muito bem, eles simplesmente pareciam a família certa a se juntar. E por falar em família...

-- A meu deus, a meu deus, a meu deus -Emy adentrou a sala como um furacão, todos os meninos atrás dela. - Stella Alya Gonzalez, juro de pés juntinhos que se você sequer ousar me assustar desse jeito novamente eu mesma acabo com você. - Revirei os olhos enquanto segurava sua mão.

-- A claro, até porque fui eu que decidi sangrar do nada, não é? - brinquei. - Emy, olha para mim - levei sua mão até meu rosto. - eu to bem, ok? - Ela assentiu, logo saindo para conversar com Carlisle do lado de fora da sala, sendo seguida por Sam. Encarei os meninos, pensando se aquele era realmente o melhor lugar para se ter aquela conversa. Bom, lá vamos nós. Me sentei em uma posição confortável, mas não deu nenhum segundo e Paul já tinha tomado a frente.

-- Nós já sabemos. -- Ai merda, agora ferrou. - Não foi tão difícil descobrir sabe? Tudo que fizemos foi jogar tudo no google e "taram!" respostas achadas.

-- Sinto muito não ter contado para vocês logo de início, eu não queria que iss...

-- Não precisa se preocupar Ste! - Seth se aproximou tomando minhas mãos entre as suas. -- Nunca jugaríamos você por algo que não pode controlar, vamos fazer esses seus últimos meses valer a pena! Prometemos. - Franzi a testa, como assim últimos meses? Quer dizer, eu to gravida e não com câncer ou algo do tipo... quando todas as peças se encaixaram tudo fez sentido. Olhei para Paul que estava com os olhos cheios e de lágrimas e comecei a rir. Rir não, gargalhar. So consegui me controlar quando vi seus olhares confusos direcionados a mim.

-- Ok vamos aos poucos, que problema vocês acham que eu tenho?

-- Não é obvio? Enjoos, o sangue, aparentemente você tem um câncer nos órgãos internos, bom, pelo menos foi isso que o google nos disse. - Jared apontou como se fosse obvio

-- Meu deus. - Não aguentei e voltei a gargalhar novamente

-- Beleza eu não to entendendo mais nada, será que a senhorita ai poderia parar de rir e nos explicar? - Paul já estava ficando impaciente.

-- Pode me ajudar a levantar querido? Serão só por alguns minutos, prometo! - Acrescentei quando o vi levantar as sobrancelhas. Ele passou meu braço por seu ombro, me colocando de pé facilmente.

Levantei lentamente a barra da blusa do conjunto do hospital que usava, revelando para eles o volume em meu ventre e escutando diversos arquejos.

-- Ainda não entendi, o que que seu buxinho tem haver com isso?

-- Fala sério Seth?! - Ainda vendo seu olhar confuso resolvi fazer algo diferente. - Vem cá, ajoelha e coloca o ouvido na minha barriga. - Ele continuou me encarando como se eu fosse algum tipo de alien - Vai logo Seth!

-- Ta bom, ta bom! - ele se ajoelhou e encostou o ouvido na minha barriga. - Sabe que eu vou escutar seus órgãos produzindo seu cocô além di... puta merda... isso é um coração!?.... você? MEU DEUS TEM UM NENEM AQUI DENTRO! - gargalhei junto dos meninos enquanto Seth se levantava e dava pulinhos pelo quarto.

- Por isso que você não deixava a gente te abraçar apertado e sempre usava essas roupas enormes. - Paul deu um leve sorriso enquanto bagunçava meu cabelo.

-- Uau temos um Sherlock Holmes aqui!

-- OU! - Jake gesticulou chamando nossa atenção. - Quando que vocês tranzaram?

-- JACOB! - dei um tapa em sua nuca enquanto corava furiosamente.

-- A culpa não é minha se a conta não bate! Sua barriga ja ta muito grande!

-- Tenho muita coisa para contar a vocês tudo bem? Mas agora eu realmente gostaria de descansar um pouco. - Eles assentiram e saíram um por um, todos me dando abraços e beijos no cabelo. Por fim só sobrou e eu Paul ali.

-- Bom, acho melhor eu...

-- Pode ficar por mais algum tempo por favor? Sinto que tenho que ter essa conversa somente com você primeiro. - Ele assentiu e me ajudou a sentar novamente da cama. Suspirei pesadamente. - Acho melhor você se sentar. É uma longa história.

Ocean eyes - P. LahoteOnde histórias criam vida. Descubra agora