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◇ A Leah ta se mantendo uma pouco afastada da alcatéia, para poder superar o Sam sem todas aquelas brigas e indiretas desnecessárias que tem nos livros originais.◇



Pov Paul Lahote


Desde a primeira vez que soube o significado de um imprint nunca esperei ou desejei ter um. Eu nunca fui amado e nunca aprendi a amar, uma mãe que abandona o próprio filho? Onde que a amor ai? Um pai que me criou com surras e xingamentos? Aquilo não era amor. Nunca foi.

Durante a minha infância eu tive esperança, sonhava que a minha mãe apareceria na porta e me tiraria daquela casa horrível, quando isso nunca aconteceu eu entendi que estava sozinho.

A adolescência foi uma fazer bem conturbada, a raiva virou um sentimento constante, raiva do meu pai por ter que ta sempre bebendo, raiva da minha mãe por ter me abandonado, mas acima de tudo, raiva das pessoas que sempre me olhavam com pena. Isso tudo so foi mudar depois da minha primeira transformação, a dor foi insuportável e durante algumas horas implorei pela morte, não me lembro muito de nada depois disso, em um minuto eu estava no meu quarto no outro estava correndo junto com Sam pela floresta.

A alcateia foi meu primeiro contato com uma família de verdade e com algo parecido com amor, porem naquela tarde algo estava diferente. Depois de uma ronda extremamente cansativa eu concordei em ir para a casa de Sam com os meninos no lugar de ir para a minha pequena cabana, que comprei com o dinheiro do trabalho na lanchonete.

O primeiro sinal de algo estranho foi o cheiro, a casa estava impregnada com um cheiro da brisa da manhã logo após uma tempestade, algo que eu adorava. Não prestei atenção nas apresentações para a amiga da Emily, so realmente me ligando quando eles começaram a discutir o pe na bunda que a branquela deu no Jacob.

-- A claro, ela so te deixou plantado na casa dela enquanto foi até a Itália impedir aquele sanguessuga topetudo de fazer merda. Na minha visão isso é um baita de um pé na bun... - Travei. Minha atenção estava totalmente voltada aos olhos mais incríveis que já vi em toda a minha vida. Levantei e fui em sua direção, tudo havia mudado, era como se algo me puxasse a ela, a gravidade tinha se tornado irrelevante, se tinha algo que ainda me prendia a terra, esse algo agora tinha um nome e um cheiro viciante. Aquilo era um imprint.

Puta. Merda.

-- Hum... oi?... - Corando ela estendeu a pequena mão para mim. A sensação de formigamento que se espalhou pelo meu corpo foi tudo, menos normal. Ela conseguia deixar até as pequenas coisas incrivelmente intensas.

-- Paul Lahote. - Apertei sua mão e a vi levantar as sobrancelhas.

-- Por Deus! Você é quente. - juro que esperava tudo, menos esse comentário. Acabo corando junto dela pelo duplo sentido da frase. - Eu realmente preciso começar a pensar antes de falar.

E foi vendo o sorriso zombeteiro nascer no rosto do Embry que eu percebi que eles nunca iriam parar de implicar comigo por aquilo.

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-- Acha que ela ta doente? - Jared pergunta durante a nossa ronda, me fazendo diminuir o ritmo da corrida.

-- Não sei cara, sempre que ela e a Emy conversam elas tomam a merda do cuidado de não mencionar o que ta acontecendo já que sabem que podemos escutar.

-- Você podia bem que podia perguntar né? Vocês vivem grudados depois daquele passeio na praia. - Em duas semanas eu acabei me apegando a Stella de uma forma inexplicável, era muito fácil conversar com ela e fazê-la rir. Nesta ultima semana passei bastante tempo com ela, conversamos sobre quase tudo, lhe contei algumas coisas que nunca tinha compartilhado com ninguém, e percebi que ela me entendia em alguns fatos. Meu coração deu um salto com as lembranças.

Ocean eyes - P. LahoteOnde histórias criam vida. Descubra agora