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Marcus Rinaldi

O carro avançava pela noite escura, meus olhos estavam voltados para a janela observando as luzes brilhantes da cidade de Nova York. Dante do meu lado, trabalhava no laptop resolvendo assuntos referente a atual situação, algumas mudanças serão feitas após o encontro com a Glenda.

Pensei nela e meu sangue agitou e desceu direto para meu sexo que enrijeceu, caralho, eu sou um homem sexualmente ativo e saudável, sinto desejo sexual a maior parte do tempo, mas nunca tive um tesão tão forte quanto esse.

E esse tesão me fez fazer algo que estava fora dos meus planos, eu a pedi em casamento. Não, eu não a pedi em casamento, eu a intimei a casar comigo. Isso definitivamente não estava nos meus planos, que somente incluíam vigiá-la de perto até o bebê nascer e depois se ela colaborasse, deixar o bebê aos meus cuidados e sumir da nossa vida com uma quantia considerável de dinheiro. Simples e fácil.

Mas tudo mudou quando eu a segurei em meus braços, fiz um esforço imenso para não esmagar seus lábios convidativos em um beijo. Nunca precisei tomar nada de uma mulher, porém dela, não só quero tomar como submetê-la, domá-la a minha vontade.

Eu não estou acostumado que as mulheres me despachem, pelo contrário, na realidade não estou acostumado com mulheres que não queriam casar comigo. Sou um homem perigoso, um chefe de uma máfia, mas essa posição atrai as mulheres desse meio ou não como abelhas no mel. Contudo a bela Senhorita independente, quase teve um colapso com a minha proposta. Confesso que gostei disso, é diferente, desafiador. Ela não tem saída e sabe disso, porém sei que tentará alguma coisa, eu espero isso dela e estou ansioso com essa possibilidade.

A maneira como ela me perturbava é intoxicante e até um pouco irracional. Não sou um homem que se deixa levar pelas emoções facilmente, definitivamente não, nem quando era apenas um promotor, sempre agi com frieza e precisão, fui treinado para ser assim, isso não mudou quando assumi a máfia, pelo contrário, intensificou. A única diferença da minha vida passada para agora era que ao sair do tribunal e voltar para a minha esposa, eu despia-me da minha armadura de homem insensível e indiferente e me tornava o marido da Maya, o homem a quem ela amava e esse sentimento era recíproco.

Contudo na posição que assumi não há espaço para nenhum tipo de sentimento e muito menos cordialidade, respeito ou amor, em nenhum momento da minha vida. Não há mais volta para mim, já matei tantos homens que perdi as contas, muito mais a quantidade que prendi quanto era promotor. Eu fui contra meu próprio sistema e paguei um preço por isso. Mas dessa vez será diferente, porque eu estou no controle...

Porra! Agora tenho uma futura esposa e uma criança a caminho. Isso é tão surreal. Passo os dedos entre os cabelos, Dante me olha intrigado, dificilmente mostro algum sinal de nervosismo ou até fadiga.

— Algum problema chefe?
— Nenhum que não possa resolver.
— Em falar nisso, já contatamos o dono do prédio onde fica a loja da senhorita Madison e oferecemos uma boa quantia pelo local.
— Ótimo! Prepara tudo, amanhã irei até lá, tenho certeza que ela não me obedecerá, vou surpreendê-la.
— Como tudo na sua vida, chefe.

Sorri de lado e me preparei para descer do carro que havia chegado em um dos meus negócios no coração de Manhattan. Clubes noturnos são ótimos negócios para nossa organização criminosa, são um meio para lavagem de dinheiro sujo do mundo do crime. Como sempre a segurança é acionada, ando apresado e vou direto para a minha suite que fica na cobertura do prédio. Adentro a luxuosa cômodo já afrouxando a gravata e tirando o paletó. Arregaço o colarinho da camisa e desfaço os botões dos punhos. Faço uma pequena massagem entre o vale dos olhos encima do nariz. Essa merda toda me cansa, eu fugi disso tudo para ser apenas um cara comum, um homem honesto e justo.

Grávida do Mafioso Onde histórias criam vida. Descubra agora