Estudo das Mãos - TRADUÇÃO [SakuAtsu]

Capítulo 02 - Jantar e Whisky

Quando ele reaparece, há ruídos vindos na cozinha. A porta da geladeira é fechada, seguido pelo barulho de tigelas e farfalhar de pacotes. Kiyoomi caminha lentamente em direção à luz amarela suave da cozinha e vira a esquina para encontrar uma visão bastante doméstica.

Atsumu está com um avental, o preto, e ele está vestindo uma calça de moletom longa e macia com uma regata. Ele abre o pacote de tofu e o coloca em uma frigideira que untou com manteiga. Com movimentos seguros e confiantes, ele corta o brócolis, a couve-flor e os pimentões para colocá-los na água com vinagre, a julgar pela garrafa ao lado da tigela grande.

Kiyoomi observa em silêncio através do batente da porta. Enquanto Atsumu amaldiçoa e se vira para encontrar algo que esqueceu, seus olhos se encontram, uma extremidade afetuosa e a outra levemente intrigada.

"Oh, Omi- omi! Estou cozinhando para nós."

"Aparentemente, fui certeiro em minha sugestão de uma carreira de dona de casa." Kiyoomi ironiza.

"Muito grato novamente, como observado," Atsumu faz uma careta para ele e puxa o sal do armário embaixo do balcão onde ele estava descansando pacificamente. "Eu tirei meu tempo para explorar sua cozinha... Seus pais são podres de ricos ou sombrios?"

O rosto de Kiyoomi se transforma em algo ilegível. "Parcialmente."

Ele dá um passo adiante na sala, percebendo mais sobre isso do que o normal, agora que há outro humano nela - algo que não acontece com frequência. O que ele mais gosta na cozinha, e uma das razões pelas quais escolheu esta casa, é que a parede à sua frente era totalmente transparente, proporcionando a vista do parque, permitindo que ele olhasse para a vegetação enquanto tomava seu café pela manhã, enquanto ele está lendo as notícias. A beleza o ajuda a esquecer suas raízes. As vezes.

"Hmm... Quanto você gosta de coisas picantes?"

"Eu estou bem com elas até que queime minha língua" Kiyoomi diz lentamente, enquanto se senta em um dos banquinhos para assistir Atsumu.

"Okay, vamos ter uma noite apimentada!" diz Atsumu com alegria.

"Frases, Miya."

"Nunca se sabe" Atsumu pisca para ele antes de despejar honestamente um monte de pimenta na frigideira de tofu.

Kiyoomi o ignora totalmente.

"Onde você aprendeu a cozinhar?" Ele pergunta com leve curiosidade, porque Atsumu sabe como se mover em uma cozinha. E também porque é estranho pra caralho ter um estranho, e de todas as pessoas Miya Atsumu em sua casa, e não preencher o silêncio. Ele se sente inquieto e incapaz de lidar com a tensão agora que eles estão em seu espaço seguro.

Ele quer conforto. Ele não sabe como.

"Bem, acho que começou desde que somos pequenos", diz Atsumu, muito ocupado cortando a couve-flor e completamente alheio à apreensão de Kiyoomi. "Mamãe sempre trabalhava. 'Samu e eu sempre trocamos cozinhar e limpar, embora eu tivesse que dominar a culinária porque o idiota só pensa em comida e eu precisava da atenção dele às vezes. "

"Hmm."

"Por que, você esperava que eu fosse um homem das cavernas?"

"Mais ou menos", retruca Kiyoomi. "Você não parece exatamente o epítome da domesticidade saudável e bem-sucedida.

Kiyoomi espera uma resposta atrevida, mas Atsumu apenas ri.