Capítulo 13- Sobre as apostas...

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19:27, Florença

Scarllet

Passo mais uma página do livro que estou lendo sem a mínima empolgação.

É o terceiro livro que estou terminando e se me perguntarem sobre oque todos eles falavam eu mal saberei responder,pois minha cabeça estava em tudo menos nos malditos livros.

Obviamente também tentei me ocupar com o trabalho me enfiando em cada possível brecha que Santtino ou outro alguém poderia ter deixado,mas é claro que mais uma vez eu me frustrei pela minha grande falta de avanço.

Então os livros no final foram a melhor escolha( também porque Rose não deixou que eu me embriagasse o tempo todo).

E tudo tem sido assim há duas semanas. Pois fazem duas lindas semanas que eu não vou trabalhar nos galpões. E que não falo com Matteo.

Bom, teoricamente eu fui aos galpões duas vezes,peguei documentos novos e deixei os antigos e voltei para casa.

Massimo disse que as coisas estão normais por lá,obviamente ele não estranhou a minha distância por que era assim que eu trabalhava antes dessa merda toda acontecer,mas agora eu me encontro sem conseguir trabalhar e terrivelmente entediada.

Olho novamente para o meu livro e bufando frustrada o fecho e sigo em direção a cozinha.

Passando pela pia abro o armário de baixo e o vasculho à procura dos meus queridinhos.

Sem achados no armário da pia eu vejo os demais e não acho nada também,mas paro quando olho para o armário que normalmente guarda os copos,olhando em cima dele vejo uma garrafa. Abro um sorriso no mesmo momento.

Mas como é muito alto para que eu alcance, eu pego uma cadeira e subo para poder chegar até a garrafa.

A puxo com as pontas dos dedos até conseguir segurá-la direito,viro e vejo que é uma vodka que eu nem lembrava de ter.

Sorrindo feito uma criança com um novo brinquedo eu desço da cadeira e em seguida me sento na mesma.

No momento em que eu abro a garrafa e estou pronta para tomar um belo gole Rose aparece na sala e me encara.

— Meu Deus Scarllet,se você continuar assim vou ser obrigada a falar com Massimo para que ele ache algo para você trabalhar - ela diz sorrindo e eu reparo no que ela está vestindo.

— Essa toalha é minha - aponto em sua direção e ela só ri,viro a garrafa tomando uma dose pequena mas que me queima por dentro - E eu estou trabalhando,mas a porcaria do nosso avanço não depende só de mim.

— É,mas eu não aguento mais te ver perdida e zanzando pela casa todo santo dia - ela diz tomando a garrafa de minha mãos e virando uma dose generosa - Merda,essa porra é mais forte do que eu me lembrava.

Só sorrio,aproveitando o momento que não tínhamos a muito tempo.

— Olha,hoje vai rolar uma festa na casa de Ruy, por que você não vem comigo?- ela diz vasculhando os armários e volta com um copo de shot.

— Hmmmmm - tento pensar sobre a situação por que o amiguinho de Rose obviamente deu em cima de mim,então ir a essa festa seria quase como retribuir o flerte,ou não?- Vittorio não vai?

— Ele disse que provavelmente não,mas se ele puder ele vai avisar - ela tem um sorriso enorme - Ele disse que Matteo precisava dele por hoje.

Puta merda. Matteo

Em malditas duas semanas se tem algo que eu fiz foi pensar nele e consequentemente fiquei muito mais estressada e sem vontade de aparecer nos galpões.

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