Capítulo 9 - Vermelho,Azul e Vodka

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09:47, Florença

Scarllet

— Olhe essa aqui - Rose diz se aproximando de mim com uma caixinha enquanto eu me apoio no carrinho.
Estamos no mercado para nossas comprinhas costumeiras,observo a caixinha de tinta azul que ela me mostra.

— Acho que vai ficar legal,mas vamos precisar de coisas para descolorir também - digo analisando os cachinhos delicados dela.

Vejo ela seguir para a prateleira e pegar pó descolorante e água oxigenada e colocar tudo no carrinho com um sorrisinho.
Empurrando o carrinho e saindo da seção de produtos de cabelo vejo uma caixinha de tinta de um tom lindo de vermelho,a pego e jogo no carrinho também.
Continuamos nossas compras normalmente com direito a uma longa parada na seção de bebidas.

Quase uma hora depois, ao chegarmos em casa abrimos uma garrafa de vinho e começamos a trabalhar no cabelo de Rose.


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20:11

Matteo

Vejo as luzes decorando o lado de fora do apartamento de Violleta enquanto me encosto em uma parede e a analiso mais uma vez.
Sem dúvidas com uma aparência mais saudável do que a última vez,e bem mais tranquila. Ainda.

Até agora não consigo tirar a sensação de pânico do momento em que a vi do dia em Afrodite,aparecendo como um fantasma e dizendo um simples " olá".
No momento nem consegui pensar em muita coisa,pedi para Vittorio levar Scarllet para casa e cuidei em trazê- la para casa,porque obviamente ela estava bêbada.

Scarllet também é outra coisa que não saiu da minha cabeça,ou melhor,o fato de terem mirado exatamente nela enquanto tanto eu como Vittorio estávamos muito mais visíveis.
Isso só reforça minhas teorias de que talvez ela esteja olhando as coisas para o lado certo ou para as pessoas certas, é só nisso que minha mente tem dado voltas nos últimos quatro dias.

— Bom,pode começar a falar - digo para Violleta sem sair do lugar,pedindo a explicação que ela não me deu até hoje.

— Matteo,não dê uma de chefe comigo! Não sou mais um de seus empregados - ela diz com uma expressão de desgosto que eu ignoro completamente,já passou da hora de conversar de verdade com ela.

— É claro que você não é,nenhuma das pessoas que trabalha pra mim é afundada em drogas e tão idiota como você - digo e vejo que as palavras bateram onde eu quero por sua expressão .

— Não fale assim comigo,estou limpa!- ela diz se enfurecendo.

— Ah, ótimo, é o mínimo que você faz,seus pais estão doentes de preocupação Violleta - digo não ligando para suas tentativas de reverter toda a história - E não fale assim comigo você,pois você conhece muito bem quais são as minhas responsabilidades com cada um da família, então só pare de agir como uma idiota porque não estou fazendo nada para o seu mal.

Ela só revira os olhos e bufou com raiva e então eu continuo:

— E já que você não para de agir como uma criancinha o tempo todo e não cria um pouco de responsabilidade e eu não posso passar 24 horas com você - digo e agora que tenho sua atenção me preparo para tempestade que sei que vai vir - Vou mandar alguém cuidar de você e esse alguém vai me manter informado o tempo todo, já chega de você acabar com a sanidade de todos nós - digo e ela imediatamente se levanta pra discutir mas faço um sinal com a mão para ela continuar quieta- Pode ficar brava,mas enquanto suas ações continuam afetando pessoas além de você mesma é assim que as coisas serão feitas.

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