19- O quase beijo

1K 61 12
                                    

Depois de algum tempo desfrutando da companhia uns dos outros, Pansy e Blásio começaram a bocejar, visivelmente cansados do longo dia. Pansy se levantou, esticando os braços preguiçosamente.

"Acho que é hora de ir para a cama," ela disse, dando um sorriso sonolento. "Foi um dia incrível, mas estou exausta."

Blásio concordou, levantando-se também. "Sim, estou precisando de uma boa noite de sono. Amanhã teremos mais aventuras, tenho certeza."

Os dois se despediram, desejando boa noite a Draco e Bia, e subiram as escadas em direção aos seus quartos.

Malfoy e Potter ficaram sentados em silêncio por alguns momentos, ouvindo o som distante dos passos de Pansy e Blásio se desvanecerem.

Draco virou-se para Bia, um sorriso suave em seus lábios. "Parece que estamos sozinhos agora."

Ela sorriu de volta, sentindo-se confortável na presença de Draco. "Sim, parece que sim."

Houve uma pausa, um momento de tranquilidade que permitiu que ambos apreciassem a companhia um do outro. Draco se recostou no sofá, olhando para o fogo.

"Sabe, Pottee," ele começou, sua voz mais suave e introspectiva, "às vezes me pego pensando em como minha vida seria diferente se não tivesse vocês como amigos."

Bia inclinou a cabeça, curiosa. "Por que diz isso?"

Draco suspirou, seus olhos ainda fixos nas chamas. "Porque vocês me ensinaram tanto. Não só sobre amizade, mas sobre lealdade, confiança, e até mesmo sobre mim mesmo. Crescer na família Malfoy nem sempre foi fácil, mas com vocês ao meu lado, sinto que posso ser uma pessoa melhor."

Ela sentiu um calor no coração com as palavras de Draco. "Você é uma pessoa melhor, Draco. E nós todos aprendemos muito uns com os outros. Acho que é isso que torna nossa amizade tão especial."

Draco se virou para encarar Bia, seus olhos brilhando com uma mistura de gratidão e algo mais profundo. "Potter, eu... Só quero que saiba o quanto você significa para mim. Não só como amiga, mas... como alguém que realmente me entende."

Ela sentiu uma onda de emoções passar por ela, e antes que pudesse responder, Draco estendeu a mão e segurou a dela. O toque era suave, mas carregava um peso de sinceridade.

"Eu também sinto o mesmo, Draco," ela disse, apertando suavemente a mão dele. "Estou feliz por estar aqui com você."

Por um momento, eles ficaram ali, de mãos dadas, em silêncio, aproveitando a intimidade daquele momento.

A mansão parecia ainda mais acolhedora e cheia de promessas para o futuro. E com isso, eles continuaram sentados juntos, apreciando a companhia um do outro sob o brilho suave das luzes de Natal e o calor da lareira.

O silêncio na sala de estar foi preenchido pelo crepitar suave da lareira e o brilho suave das luzes de Natal. Sentindo a sinceridade e a profundidade do momento, Bia decidiu abrir seu coração.

"Draco," ela começou, com a voz suave, mas firme. "Há algo que quero compartilhar com você. Algo que nunca falei com ninguém além de Snape."

Draco virou-se para ela, seus olhos cheios de curiosidade e preocupação. "O que é, Potter?"

Ela respirou fundo, reunindo coragem para continuar. "Crescer longe do meu irmão, Harry, foi uma das coisas mais difíceis da minha vida. Quando éramos pequenos, nossos pais morreram e eu fui levada para viver com o meu padrinho, Snape. Fomos morar em uma cabana isolada, longe de todos."

𝑇ℎ𝑒 𝑜𝑡ℎ𝑒𝑟 𝑃𝑜𝑡𝑡𝑒𝑟| 𝐷𝑅𝐴𝐶𝑂 𝑀𝐴𝐿𝐹𝑂𝑌Onde histórias criam vida. Descubra agora