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↬ 𝐍𝐎𝐓𝐀𝐒 𝐈𝐍𝐈𝐂𝐈𝐀𝐈𝐒
Isso é uma continuação, se você ainda não leu o outro capítulo, vai lá conferir!

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❝𝐍𝐀𝐑𝐑𝐀𝐃𝐎𝐑𝐀 | ♛♚
E assim, mais uma leva de sorrisos e acenos foram dados pelos três que tiveram que deixar flores e mais presentes com os funcionários antes de saírem, mas algo preocupava Blythe muito mais do que o amendoim e o peixe que ele fez questão de conferir que não tinha no prato dos pequenos, enquanto eles esperavam calados com as roupas que preferiram trocar para evitarem reconhecimento no restaurante onde claramente foram reconhecidos e levados para um área particular.

A maioria das pessoas que cumprimentaram os menores, constantemente citavam Roy Gardner, como se fosse a coisa mais normal do mundo comentar sobre o falecido pai com crianças de dez, e Gilbert dessa vez, havia sentido algo muito diferente de ciúmes.

Compreensão, porque foi algo que ele mesmo sentiu na pele quando o seu pai morreu e as pessoas continuavam falando dele para ele, assim como também falavam de sua mãe, como se tudo houvesse sumido em um piscar de olhos, e genuinamente se viu nos olhos e nas expressões faciais dos que sorriram tão singelamente, que parecia que apenas uma pincelada de verdade poderia os fazer desmoronar ali mesmo.

- Vocês.. vocês querem conversar sobre isso? - após a inspeção nos pratos deles acabar e Gilbert os entregar para os silenciosos esfomeados, ele pergunta tentando soar o mais delicado possível. -

Walter e Rilla continuaram comendo, quase que fingindo que aquela pergunta não havia passado de um zumbido que comprovava algo que a cabeça deles ainda raciocinava, então Blythe apenas fez o mesmo e fingiu que não havia dito, tudo não saiu de sua mente, e no meio de tudo aquilo, as únicas coisas que falavam, eram os olhares que percorriam a mesa curiosos com as personalidades que ali se encontravam, mas Rilla perde a paciência e larga os seus talheres em um estridente barulho.

- Somos só três pessoas tentando almoçar, será que vocês não podem nos deixar em paz?!

- Rilla! - Walter exclama entre dentes sorrindo envergonhado tentando repreender silenciosamente a sua irmã. -

- Sua mãe pedi..

- Pediu para você não me deixar ameaçar ninguém, e eu não o fiz! - completa irritada já sabendo o que ele ia falar. -

- Peça desculpas. - pede calmamente respirando fundo, não
sabendo muito ao certo se estava fazendo o certo, mas as vezes tentava saber se tinha mais medo de Rilla ou de Anne. -

- Você não manda em mim! - rebate indignada. -

- Ela sente muito. - Gilbert explica para os funcionários que se desculparam saindo dali igual todos os outros saem quando Rilla está no estado furacão. - Isso não foi legal mocinha.

- Pare de falar dessa forma.

- De que forma? - pergunta fazendo não só Rilla, mas também Walter, que começou a entender o que a ruiva estava sentindo e até começou a sentir também, respirarem fundo olhando para si próprios antes de tomarem coragem para falar. -

- As coisas estão mudando rápido, e nós não somos burros. - Rilla começa. -

- Também não somos cegos. - Walter completa se entregando ao pensamento que a sua irmã queria expor. -

- E principalmente, não somos surdos.

- Vocês são crianças de dez anos muito estranhas. - Gilbert conclui, mas recebe um olhar de desaprovação dos dois que estamparam que não era hora. - Desculpa. - "desculpa, não estou acostumado a receber sermões de crianças, mas parece que vocês que são os adultos da estória." -

Road Trip II - Shirbert e Anne with an EOnde histórias criam vida. Descubra agora