Ao Seu Encontro

Capítulo 30

Quando chego na casa do Thomas aperto a campainha, por incrível que pareça, é meu chefe quem abre a porta. Ele não me convida para entrar, fica apenas me olhando de cima a baixo o que me deixa um pouco nervosa, não deveria ter vindo com essa roupa em um jantar casual.
– Você está tão linda quanto as pinturas de Van Gogh! - Sinto meu rosto corar. Ele observa algo além dos meus ombros e seus olhos brilham – O seu carro é um Impala 67!? - Ele pergunta empolgado.
– Sim, ganhei de presente do meu pai quando tirei minha carteira de motorista, é uma herança de família... - Eu respondo, ainda, ruborizada com o elogio.
– Essa é, com toda certeza, uma bela herança. - Ele sorri – Por favor entre.  

Ele abre caminho e eu passo pela porta.
A casa dele é tão grande por dentro quanto é por fora, passo os olhos por todos os cantos observando cada detalhe, sinto o olhar do Thomas recaído sobre mim. Eu viro para olhar para ele, que está me encarando com desejo.
– A sua casa é incrível.
Ele demora um pouco para responder.
– Se você gostou disso... Você vai amar meu quarto. - Ele pisca para mim, eu apenas dou risada. Ele começa a guiar-me para dentro da casa, até uma porta ao lado da cozinha que dá para uma ampla varanda. – Achei que a gente poderia jantar aqui fora.
Eu não estou prestando atenção nele, estou observando a beleza do espaço ao nosso redor. Quando volto para a realidade pergunto.
– Desculpa, o que você disse? - Ele dispara uma risada e responde.
– A gente poderia jantar aqui fora, se você não se importar... - Eu concordo com a cabeça e o sorriso dele aumenta. – Eu fiz comida italiana, você gosta? - Eu concordo novamente.
Thomas estende uma cadeira para que eu sente, ele começa a me servir, para nas minhas costas e se abaixa, até sua boca ficar da altura do meu ouvido.
– Quer mais alguma coisa? - Isso provoca um arrepio por todo meu corpo, ele apenas sorri e eu respondo com a voz um pouco rouca.
– Não, está tudo bem... Obrigada. 

Thomas levanta o corpo, vai até a cadeira que está do outro lado da mesa e pega o seu prato para se servir. Eu coloco a primeira garfada na boca e um gemido de prazer sai pela minha garganta, isso está divino.
Thomas me olha empolgado e satisfeito e, em seguida, ele também começa a comer.