T2 • EP9

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Anabella

15/05/2006

Eu observava Lalisa andar normalmente, enquanto eu estava presa a uma cadeira de rodas. Aquilo me deixava tão chateada e frustrada por não poder me movimentar sozinha, sem ajuda de uma enfermeira ou precisar arranhar as mãos toda vez que eu mexia as rodas da cadeira para me locomover para algum lugar. Estava escrito na minha testa, talvez.

Meu cabelo loiro com algumas mechas azuis, me deixavam brilhante e estupidamente bela. Todavia, nenhum garoto se apaixonou até agora. Isso tudo porque estou paraplégica, e não posso andar.

Essa cadeira de rodas me impossibilitava de fazer coisas habituais, e isso provavelmente era o contrário do que qualquer menino deseja. Pode ser estranho, pode ser atitudes de uma pessoa doente, mas eu tinha um cachorro. Quando ele quebrou a pata, tive que dar a ele um remédio específico para sarar sua patinha machucada, mas li algo na bula.

"Humanos não podem ingerir este medicamento NUNCA. É terminantemente proibido ingerir algo em um ser humano, ou em grande quantia, pode causar perda de movimentos. Ou até mesmo deixar um adulto paraplégico".

Sorri levemente. Deixar minha irmãzinha paraplégica, fazê-la parar de andar? É maldade?

Sendo maldade ou não, lá estava eu com minha cadeira de rodas passeando pela casa escura à noite. Apanhei o maldito remédio, e coloquei no copo das duas. Normalmente, elas bebem água durante à noite, por causa do calor insolente que fazia naquela época do verão. Não me preocupo muito com minha família, mas como meu maior sonho é ser uma pessoa famosa, tenho que usar todos os métodos disponíveis.

Alguns dias se passaram, minha mãe e Lalisa ficaram sem andar. Na Tailândia, o assunto do momento era a perda dos movimentos de Lisa, o que me deixou extremamente chateada. Uma benção para mim, foi mandá-las à fisioterapia, para se recuperar.

- Vão. Acho melhor vocês irem. Afinal, isso aconteceu da noite pro dia. - Expliquei, falsamente.

Dito e feito. Ambas ficaram melhores.

15/07/2018

Esperei. Aguardei o alarme apitar, antes de jogar um carro aleatório com um dos empresários da nossa família dentro, contra o carro de Lalisa e Rosé, que estavam indo para uma boate. Invetando uma colisão feia. Obviamente, fui uma testemunha falsa que disse que, o motorista estava bêbado e acabou instruindo a colisão.

Ambas foram ao hospital, feridas. Minha oportunidade de vida estava ali, naquele momento. Assumir a vida de Lalisa, e aproveitar cada pedacinho dessa maravilha.

Eu havia feito seis meses de fisioterapia, e voltei a andar. Sentir minhas pernas, foi um recomeço.

- Lalisa ficará melhor, não se preocupe. - Victória disse, se esquivando para conferir seu horário de ir embora. - Preciso ir. Até mais. Quer entrar para visitá-la?

Sorri gentilmente.

- Claro. - Eu disse, me movendo para dentro do quarto onde Lalisa estava. A garota estava acordada, me olhando com desconfiança.

- O que faz aqui?

- Aqui? Nesse fim de mundo? Nos EUA? - Fiz cara de boba. - Lalisa, minha irmãzinha... eu já lhe disse, e esperei que nunca repetisse mas, repito; eu destruirei sua vida pouco a pouco, e sabe quem vai dormir com Rosé a partir de agora? - Perguntei, apanhando uma seringa de meu bolso. - Isso, amorzinho! Eu! Eu irei foder Roseanne, como se fosse você. Depois... hum... me livrar dela... ou usá-la.

JOGADA DO AMOR - JENSOOOnde histórias criam vida. Descubra agora