•A psicopata - parte dois•

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No mundo do crime, as pequenas ações calamitosas que você causa em cerca de algumas frações de segundos, é considerado um motivo de festa. E sabe por quê? Porque é mais um crime realizado. Se matar seu inimigo, você brinda champanhe com seus companheiros, ou presenteia alguém. Isso é normal lá.

Aqui nesse mundo, é motivo de choro, tristeza, decepção e desespero. Claro, todos têm suas decepções da vida. Isso é claramente, normal.

Anabella olhava atentamente para a estrada. Os carros apressados corriam como se estivesse fugindo de algo. Era tentador. Matar Lalisa era tentador. No entanto, essa ação iria piorar sua situação, então é compreensível. Na verdade, não é.

— Você gosta de apreciar os carros? — Lalisa perguntou, curiosa.

— Tecnicamente, sim. — Respondeu, encarando Lalisa. — Posso mudar de assunto? Eu sei que está muito decepcionada comigo, Liz. E não, eu não vou dizer que fiz isso pelo seu bem, ou por amor. Só queria que você entendesse que eu me sentia sozinha, ou até mesmo excluída. Andar de cadeira de rodas, me impedia de fazer tanta coisa... Por você, pela mamãe. Eu queria arranjar um namorado. Sim, um namorado para viver uma vida leve, sem pesos ou arrependimentos. Queria experimentar o amor ao menos uma vez, mas... eu fiz isso. Não tem volta, não tem como me livrar disso. Sou eu, ou Jisoo. Uma de nós, tem que morrer. E, irei lutar por minha vida. Eu juro que se eu conseguir uma vida feliz, te deixo em paz. Nunca mais encosto em uma de vocês. Só preciso de... felicidade.

— Não, Ana. Você não precisa de felicidade. Você quer a tristeza dos outros. Quer vê-los lamentando sua existência. É isso. Você é uma insensível, e se pensa que vou cair ne-

— ACREDITE NO QUE QUISER, PORRA! — Gritou. — se quiser me julgar, foda-se. Se quiser me ajudar, não precisa. Eu só queria que você soubesse que não sou uma psicopata. Eu só quero minha felicidade.

— Você é uma psicopata. É sim. — Lalisa sorriu. — Uma garota sofrida. Eu não entendo, e nunca vou entender o porquê fez isso. É uma questão de puro raciocínio.

— Aigoo... — Suspirou, se mantendo calma. — Você nunca caiu numa das minhas jogadas. Que ódio. E, vamos esclarecer a verdade. Eu posso ser uma psicopata. Tanto faz. E não fiz isso porque quero minha felicidade. É porque Deus escolheu você para ser a preferida. Vou quebrar essa escolha, matando você.

— Você é reencarnação do diabo. Sabe que vai pro inferno, né? Não devia desrespeitar Deus assim.

— Aham. Vou para o inferno, e ainda puxo você comigo. — Riu, debochando.


Jisoo estava deitada com Jennie. Ambas sorrindo uma para a outra. Jennie estava tentando assimilar seus sentimentos por Jisoo, e planejava fazer algo legal com a mesma ainda de partir para a Itália. Era impossível ficar com o tanto de trabalho que a mesma deve resolver.

— Sabe, Jisoo... Eu amo muito você. E de certa forma, você atrapalhou meu trabalho. Mas, eu amei esse seu jeito de atrapalhar as coisas. — Disse, sorrindo de modo gentil. — E depois de matar Anabella, terei que voltar imediatamente, no dia seguinte, para Itália, avisar minha família. E talvez, nunca mais possamos nos ver.

— Eu sei, Jen. Está tudo bem. Eu posso superá-la, assim como fiz a dois anos atrás. Você tem que voltar, e preciso seguir minha vida. Mas como nossos dias estão acabando... — Sorriu maliciosa. — Podíamos brincar um pouco, né? — Perguntou, passando as pernas por cima da cintura de Jennie, que estava deitada.

Jisoo beijou o pescoço de Jennie, e deixou algumas marcas vermelhas, que sairiam com o tempo. A morena desceu suas mãos às pernas de Jisoo, indo ao ponto fraco de Jisoo. Antes que uma das duas pudesse fazer algo, o telefone de Jisoo tocou. A morena planejava ignorar, mas era Marie.

— Oi, Marie. Tudo bem? Nós já estamos nos EUA, e você? — Perguntou.

Beleza! Eu tenho um plano para pegar Anabella. Eu sei muito bem para onde Anabella está levando Lalisa.

"Primeiro, para ir até Anabella, precisamos pegar o que a mesma mais ama. Camille, uma francesa psicopata, que matou os irmãos para herdar a empresa mais bem sucedida do Canadá. Mas para isso, Jisoo irá ir até a sede da empresa, para capturar a mãe de Camille. Enquanto isso, eu e Jennie, iremos preparar um cenário cômico, donde vamos fazê-las nos guiarem até Anabella. Camille sabe muito bem onde está Anabella. E por fim, vamos ameaçá-la com uma faca, até Anabella soltar Lalisa"

Jisoo estava vestida de garçonete, enquanto olhava para a empresa gigantesca de Camille. Sua mãe estava num dos quartos de um hotel caríssimo, que fica na empresa. Arrastando o carrinho de limpezas, Jisoo colocou um remédio específico com uma dose de sonífero, para conseguir capturar a mãe de Camille. Chegou ao quarto, batendo com os dedos na porta.

A mãe de Camille, Neena, abriu a porta, confusa.

— Olá, senhora. Você pediu serviço de quarto. Posso entrar?

— Ah, pode. Irei sair daqui a pouco. — Disse, pegando suas coisas. Antes que a mesma pudesse se mexer, Jisoo cravou uma seringa em seu pescoço, a fazendo desmaiar.

— Sinto muito, senhora. — Jisoo balbuciou.

Jennie e Marie, estavam arrumando um cenário especializado em sequestros, para não haver risco de fuga. Depois de alguns minutos, Jisoo chegou, tomando todas as medidas de segurança para não acabar encurralada.

Marie e Jennie estavam preparadas.

— Vamos começar, meninas. — Marie disse.  — Liguem para Camille.

Olá, gentiiiiii! Tudo bem com vocês? Estamos no fim da nossa história... Sim... esse é o antepenúltimo capítulo. Ainda temos o epílogo, mas enfim... boa leitura. 

JOGADA DO AMOR - JENSOOOnde histórias criam vida. Descubra agora