| CAPÍTULO 10 |
O tempo é estranho, vou confessar. Amar é uma coisa boa, mas ao mesmo tempo, você fica refém de uma pessoa que pode sair da sua vida a qualquer momento. É um impacto meliante. Você gosta de uma pessoa pelo estilo dela, modo de falar, e às vezes nem se apaixona pelo que está fora, e sim pelo que está dentro. E, na maioria das vezes que eu me apaixono, saio totalmente quebrada. Não é atoa que hesitei todo esse tempo confessar. Eu sei, um relacionamento fora do padrão — Homem e mulher — Nunca dá certo. É como se fosse óleo e água, não se mescla. Da mesma maneira, que não se mescla um homem educado, com uma mulher estúpida, ou uma mulher amorosa com um homem violento. Nesse caso, não conseguimos distinguir o que há de certo nesse mundo, porque, oras, essas pessoa vão embora muito rápido, e responder. Eu não posso responder a uma coisa tão estúpida, e claro vai ser que nem nos filmes, Jisoo vai passar dois a quatro anos sem me ver depois de partir naquele aeroporto, e estou preparada desde que comecei a assistir doramas. Pessoa que vem de outros países, sempre voltam à sua terra natal. E é por isso que, de todos, eu me odeio por gostar de Jisoo. E, sim, eu estou com raiva dela por me deixar desse jeito. Ela deveria ter me dito que a mãe dela estava um tanto doente, com leucemia, mas por quê? Ela deveria me preparar antes de ir.
— Você pode ir. — Eu disse a encaminhando para a porta.
— Eu irei voltar amanhã para me despedir, tenho coisas para resolver, e talvez eu fique mais uns dias. Posso dormir aqui até sexta-feira?
— Três dias?
— Quero aproveitar você. Eu vou voltar, Jennie. Não se preocupa! — Disse, passando a mão em minha bochecha.
— Tudo bem. — Cedi. — Venha amanhã, e podemos aproveitar bastante.
— Okay! — Saiu, pegando o elevador que eu havia chamado, e indo embora.
•
De fato, foi horripilante. Na verdade, já venho me preparando, tentando me distanciar aos poucos, mas Jisoo estranha minha atitude e acaba me fazendo ceder aos encantos tão belos, tão meigos que ela possui. E, eu sou tão estúpida que não disse nada quando ela afirmou ter que ir embora. Eu só disse que ela poderia ir sem ressentimentos. Ela nunca voltaria. Para quê isso? Para nada. Suponho que, se algum dia ela me encontrar, vai ser pela televisão.
Que ridículo, eu aqui, me lamentando. Mas do que serve isso? De consolo? Não, não, não. Eu faço um ritual inteiro para deixar essa pessoa, e também permitir que ela leve meu amor com ela. Assim, eu poderei viver com outras pessoas. Há muitos meninos, e meninas por aí, quem sabe?
O celular tocou muitas vezes, e Jisoo me mandava mensagem diversas vezes, dizendo que foi até minha casa, mas eu não estava.
Eu nem liguei, e continuei tomando aquele vinho de frente para uma vista esplêndida.— Que merda. Meu psicológico é fraco demais. — Eu disse jogando a taça de vidro no chão.
Peguei minha roupa, e corri até o estacionamento, indo até Jisoo.
— Eu não posso desistir tão fácil, eu não posso. — Disse a mim mesma.
Eu não via Jisoo em nenhum lugar, e conscientemente, hoje era o dia em que ela iria embora.
Pisei fundo no acelerador, desviando de carros, e pessoas. Minhas mãos trêmulas pegavam no volante com destreza, e minha coluna doía, porque eu estava praticamente em pé, nervosa.
Eu tenho trinta minutos antes do voo dela, ainda tenho tempo de me despedir. Ainda há tempo de falar que eu a amo. Que eu idolatro ela. Dá tempo!
Cheguei no aeroporto, observando Jisoo com a cabeça baixa, girando a mala num ato divertido. Eu ri baixinho, enquanto várias lágrimas saiam dos meus olhos.
— Oi. — Eu disse, abraçando ela pelas costas.
— Jennie... antes de eu ir... eu quero te dizer uma coisa. É muito importante. Eu gosto de você.
— Eu sei. — Virei para ela. Olhando em seus olhos, não seriam palavras amigáveis.
— Mas eu não amo você. Eu só gosto de você, é diferente. — Deu ênfase no gosto.
Se, meu mundo caiu? Não. Eu já vinha me preparando. Só que veio mais rápido que eu esperava que viesse. Me abaixei para que pudesse ficar no mesmo campo de visão.
— Eu também não amo você. — Sorri sarcástica, mesmo que eu quisesse chorar e gritar de dor. — Foi só sexo.
Peguei minha bolsa, ajustei ela em meu ombro, dando meia volta.
— Jennie, você não pode tá falando sério! — gritou tentando me segurar. Torci o braço dela, me livrando daquelas mãos.
— vai embora logo! — Revirei os olhos.
— Kim Jennie! — Gritou.
Andei até a entrada e me permiti chorar. Eu precisava, sabe? Entrei no carro, e dei partida. No meio do caminho, eu já estava gritando, me arranhando, e batendo os pés como se eu quisesse morrer.
— Bate o carro, Jennie! Morre!
Foi quando vi uma neblina no fim de um túnel, e perdi o controle da minha visão, e girei o volante sem querer.
— MORREEEEEE — Gritei, e senti meu cabelo voar com a rapidez do carro, e enquanto o carro estava no ar, ainda capotando e dando cambalhotas, eu disse. — Eu te amo, Jisoo, é claro que eu te amo, sua idiota!
E o carro, colidiu com outro carro, me fazendo ser jogada para fora do carro. Claro, eu esqueci do cinto de segurança. Meu rosto bateu em uma pedra, e tentei me manter acordada. Mas, eu não conseguia. Sentia meus olhos se fecharem.
Várias pessoas vieram ver o que estava acontecendo comigo.
— Meu Deus, você está bem?
— por favor uma ambulância.
— Celular... — Susurrei pedindo pelo meu celular em meu bolso. Digitei na caixa de mensagem de Jisoo. — Eu t... te...
🧨Use cinto de segurança, por gentileza 🧨

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JOGADA DO AMOR - JENSOO
FanfictionJisoo, uma enfermeira esforçada, pelas circunstâncias da vida, ou até mesmo destino, acaba se envolvendo com uma de suas pacientes num hospital dos Estados Unidos. Sua vida vira de cabeça para baixo, quando tem que lidar, com a distância, um amor pe...