MOMENTOS DE ALEGRIA OU NÃO.

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5 ANOS DEPOIS

Jogada do Amor, algum dia, eu já falei que o mundo precisa de histórias como essa? Um fim de superação, cujo objetivo era um final feliz. Era o fim? Estava tudo bem agora? Jennie bem. Anabella morta. Marie satisfeita. Lalisa mantida sobre observação. Ela se recuperou. Olhando para trás, pude perceber o quão fui corajosa. Mas isso, foi surpreendente. Após cinco anos lidando com traumas dos quais gostaríamos que nunca mais existissem, eu e Jennie estávamos com uma filha. Kim Sol-i. Esse era seu nome. Estávamos juntas. O processo não foi simples. Nós, duas, não podíamos produzir filhos, então, adotamos. Sol-i se acostumou facilmente, e disse que nós somos as melhores mães do mundo. Marie estava casada com Charles, e Rosé estava noiva de Lisa. Nós, somos pessoas das quais devemos admitir. O nosso percurso foi duro. Foi o pior de todos. Mas, NÓS, somos amigas insensíveis. Que hoje em dia, são companheiras. Nunca se separam, por nenhum motivo. Jennie saiu do mundo da máfia, e ficou comigo. Na Coreia.

— J-jennie. — Reclamei. Naquele momento, Jennie queria transar. Mas eu estava trabalhando. É assim que vivemos agora. Desavenças, e amores.

— Mãe! — Sol-i chamou. — Eu acho que quero ser médica.

Sorri com aquilo.

— Eu já fui médica. Posso ajudá-la a estudar, e virar uma mega médica. O que acha?! A melhor do mundo! — Sussurrei, fazendo cócegas na garota. — Que tal ir tomar banho? Ein?

— Tá. Já vou indo. — disse.

— Nós temos meia-hora. Jen. — Eu disse, a levando para o quarto, e sorrindo maliciosa.

— É o suficiente.

O vestido era pesado. O buquê era magnífico. Eu estava pronta para subir naquele altar e casar-me com Jennie. Me lembrei de nossos momentos juntas, o que me fez correr pelo tapete vermelho. O ruído das águas do mar, me fizeram estremecer. Meu pai, apoiou aquele relação, mesmo que com muitas conversas. Nossos braços estavam entrelaçados.

— Você vai se casar, Jisoo. — Disse, quase à ponto de chorar. — Minha garotinha. Até que essa garota é legal. Mas ainda sim, tem cara de esnobe.

— Sim, ela é muito esnobe, pai. — Eu disse, largando seu braço, sorrindo. — Oi, Anjo.

— Oi, amorzinho. — Jennie cumprimentou.

— Reverência. — Charles instruiu, nos fazendo baixar o tronco. — Votos do casamento.

— Eu, Kim Jennie, aceito você, Kim Jisoo, como minha legítima esposa e prometo amar-te e respeitar-te na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, por todos os dias da minha vida, até que a morte nos separe. — Jennie disse. Colocando uma aliança em meu dedo.

— Eu, Kim Jisoo, aceito você, Kim Jennie, como minha legítima esposa e prometo amar-te e respeitar-te na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, por todos os dias da minha vida, até que a morte nos separe. — Eu disse, colocando a aliança no dedo de Jennie. Logo após isso, nos beijamos loucamente.

— Um, dois... Três! — Eu gritei, jogando o buquê para trás. Quando virei, vi Lisa assustada com o buquê nas mãos. Sorriu maliciosa para Rosé, que a beijou.

Algumas horas mais tarde, rodando a taça de vinho entre os dedos, procurei Jennie com os olhos, mas a única figura que encontrei foi Lisa. Por coincidência, as luzes foram apagadas.

— Oh! O que houve? — Pisquei os olhos, sentindo minha pupila dilatar em razão da iluminação escassa. Então uma luz vermelha focou no rosto de Lisa, e a sua feição maléfica me fez estremecer. Deixei a taça cair no chão, amedrontada. O vidro cristalino da taça explodiu no chão, espargindo estilhaços. — Lili, o que está havendo?

Seu sorrio pernicioso e sanguinário foram o último movimento que fez. Quando avistei a lâmina entre os seus dedos, gritei alto. Tão alto, que nem pude medir a altura do meu uivo. Apressei o passo para trás, correndo igual uma louca. Entretanto, meu ombro esbarrou com qualquer outro pelo amontoado de convidados ou não. Lisa? Era ela. Lisa à minha frente. Não pode ser, não, não.

Então a aguda dor infindável que senti no estômago, fora capaz de fazer meu torso despencar no chão. A lâmina cravada no meu pâncreas, e o sangue jorrando e manchando o vestido branco. Senti minhas costas serem esmagadas pelo piso revestido de porcelanato. Lisa agachou-se ao meu lado, soltando um riso baixo. Meus lábios trêmulos e meus olhos cheios de lágrimas procuraram arrependimento na íris de Lalisa.

— Meu anjo... — Retirou a lâmina, e foi aí que soltei um grito atordoado. Um Ah! gritando por misericórdia. — Você pensou que teria uma vida feliz ao lado da esposa. Não, não. Você foi enganada! Porque esse rostinho — apontou para a sua própria face —, aqui passa mais credibilidade do que os sorrisos falsos que Jennei dá. Estou ansiosa para provar o sangue da sua filha. Será bom?

— NÃO! Por favor, Lisa, não! Não, não! — Me debatia, segurando suas mãos. Suplicava, mas ela somente ria.

— Cale a boca, vadia! — A lâmina se aproximou do meu braço. Uivei ao sentir a faca esfolar a minha pele, gotejando o líquido viscoso e vermelho no chão. — Não grite... Shh.

— SOCORRO! JENNIE! Por favor, Rosie! Socorro, por favor! Por favor! Eu imploro!

Então eu soube:

Aquela não era e nunca foi Lisa.

JOGADA DO AMOR - JENSOOOnde histórias criam vida. Descubra agora