A Psicopata

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Jisoo

- FILHA DA PUTA. - Sussurrei para Marie, que me olhava como se apoiasse o que eu estava dizendo. - Essa tal de Anabella, não foi presa depois de dez tentativas da polícia? Ca-ra-lho.

- Ela é astuciosa. - Disse, sem delongas. - Anabella não se deixa ser pega facilmente. Até o FBI estava atrás dela... O caso repercutiu em alguns países, porque ela matou o vice-presidente de uma empresa. Agora que ela está fingindo ser Lalisa, a polícia não a reconhece. E, ela é tão ardilosa que alegou ser Lalisa nas mídias sociais da irmã, e disse que está atrás de Anabella.

- Nossa. - Suspirei, confusa.

- Vocês tiveram algum tipo de relacionamento? - Perguntou, e nesse mesmo segundo, cuspi o café na mesa, com a pergunta. - Você está bem?

- Bom... - Gaguejei, me limpando.

- Sério? Não te julgo. Você mal sabia que ela tinha uma irmã. - Deu de ombros.

Sorri, encabulada. Disfarçei virando o rosto para o vidro panorâmico da cafeteria, que dá uma ótima visão de Seul. Marie era uma prima de Lalisa, embora eu ainda não confiasse cem por cento em suas palavras. Ser uma mulher que dificilmente se comunica porque têm medo de ser morta, deve ser terrível. E Marie é esse tipo de mulher, que faz tudo de forma sigilosa.

- Enfim, preciso achar Jennie. Ainda não a encontrei. - Afirmei, me despedindo. - Até mais, Marie.

- Até mais...


Fui até a casa de Jennie, vendo-a digitando de modo rápido no computador. Eu estava feliz por vê-la, mas ela estava estranha. Vários códigos verdes corriam pela tela, e eu cogitei que Jennie estava hackeando algo, mesmo que isso não seja algo normal.

- Jennie?

- Oi. - Respondeu sem tirar os olhos do computador. - ACHEI! Ela está no Canadá, num compartimento vazio de um armazém num sistema de segurança avançado. Além de senhas digitais, também tem reconhecimento por rosto. Nunca iríamos conseguir, sem que Anabella estivesse lá.

- Anabella?!

- Jisoo?! É você? Como conseguiu sair de lá?

- Como você sabe de Anabella?

- QUE?! - Gritei tão alto que senti minhas cordas vocais se fechando. - Você é italiana? Puta que pariu, que merda tá acontecendo?

- Eu fui adotada, Jisoo. Eu era coreana, mas minha mãe morreu. Como ninguém queria minha guarda, uma família italiana me adotou. E olha que beleza, eles são da máfia, e querem Anabella morta. Irei retribuir a criação maravilhosa que eles me deram, e matá-la. Sou a herdeira, e irei ser a próxima chefe caso meu irmão não volte da índia.

- Uwa. Já pensou ser chamada de sra. Jennie?

- Sra. Beatrice. Minha identidade lá é de Beatrice Rossi, vinte e seis anos, herdeira e conselheira com maior indicações para todas as máfias da Itália. - Sorriu, e voltou a se concentrar na tela do computador. - Herdeira na Família Rossi, conselheira para quem me contratar. É um estilo de trabalho que resolvi seguir.

- Você é Jennie ainda né?

Jennie não respondeu. O silêncio reinava no ambiente. E o clima pesado que só formava naquela casa mesmo deixava aflita.

Quando Jennie terminou, se sentou ao meu lado, direcionando seus olhos a mim. Depositei um selinho em seus lábios, para expressar meu amor.

Jennie colou seus braços em minha nuca, sentando em meu colo. Senti arrepios satisfatórios com os beijos molhados da morena em meu pescoço.

JOGADA DO AMOR - JENSOOOnde histórias criam vida. Descubra agora