Jisoo, uma enfermeira esforçada, pelas circunstâncias da vida, ou até mesmo destino, acaba se envolvendo com uma de suas pacientes num hospital dos Estados Unidos. Sua vida vira de cabeça para baixo, quando tem que lidar, com a distância, um amor pe...
Quando essas palavras adentraram minha mente, tive um pequeno deslize e caí no chão. Apesar de minhas amigas estarem em cima de mim tentando me fazer cair na real, eu não ligava. Foquei apenas em Jennie. Em como nós duas fomos unidas e separadas pelo destino, e em como eu não confiava mais no destino porque ele me magoou.
Eu sabia que a vida podia ser uma caixinha de surpresas. No entanto, nunca cogitei nenhuma surpresa devastadora como essa.
- Porra, essa garota! Por que ela não fica no país dela? - Lalisa disse, se sentando no sofá. - Sempre tem que estragar as coisas.
- Ela veio para ser uma modelo na agência de moda que você está patrocinando. Você vai encará-la amanhã, então se prepare. Ela chegou ontem, e já está se estabilizando. - Rosé disse fungando, e limpando suas lágrimas.
- Sério...? - Eu perguntei incrédula. Era nítida a minha emoção e felicidade ao saber que vamos nos encontrar novamente.
- Você está feliz. VOCÊ ESTÁ FELIZ, CARALHO! - Lalisa gritou como se fosse algo surreal.
É notório minha adoração por Jennie, e o quanto ainda a amo.
- Eu sou sua secretária e vou te aconselhar. - Lalisa se levantou e colocou as mãos em meus ombros. - Finja que ela não existe. Para você, ela deve ser apenas um fantoche de moda. Nunca uma amiga ou mais que isso. Apenas colegas de trabalho... pode ser?
Apesar de ser uma decisão precipitada, previamente é a melhor opção no momento.
Peguei minha bolsa, e abri a porta.
- Vou dar uma volta. Para espairecer.
Fechei a porta, mas permaneci ali por alguns minutos e ouvi Rosé dizendo:
- Temos que tirar Jennie da jogada. Simplesmente fazer de tudo para ela se sair mal nessa agência e ir para os EUA novamente.
Quê? Prejudicar a Jennie? Como assim? Do que ela está falando...?
...
Batendo o copo cheio de soju na mesa do bar, senti meu cérebro ferver a cada gole que eu dava. O soju é azedo. No entanto, eu estimo aquela bebida mais que minha própria vida. Porque ela faz você esquecer completamente os seus problemas. E no dia seguinte a ressaca é tão forte que você passa o dia dormindo.
Após não sentir mais meus pés, finalmente eu sabia que tinha ficado bêbada. Senti pingos molharem minhas roupas e percebi o grande erro que foi vir sem carro.
Na realidade, eu estava tão infeliz naquele momento, que decidi me isolar de todo o resto.
- Sintomas assim, são naturais. De pontadas, vão para cortes. Você terá a sensação de estar sendo cortada em pedacinhos. - Gesticulei. - Mas, isso não será tão forte quanto no momento em que levou o tiro. Quando você leva o tiro, naturalmente tens a sensação de estar sendo cortada, como mencionei. E o seu cérebro interpreta isso como um mau sinal, assim fazendo seu corpo se contrair, antes de ter um desmaio.
- Ah, entendi. - Sorriu desanimada. - Nunca mais comemoro meus aniversários em favelas.
- Era seu aniversário? - Questionei
A garota assentiu.
- Uiii! Sinto muito!!
- Como está a sua amiga?
- Hein? - Fiquei confusa. - Ah, a Rosé? Graças aos céus, ela está bem. O acidente de carro foi sério, e o médico disse que Rosé provavelmente, ficará sem andar por vários meses.
Sorri ao lembrar dos nossos momentos no hospital. Por mais forte que eu parecesse ser, eu não consigo segurar meus sentimentos. Não mesmo.
Ainda andando pelas ruas, ouvi uma voz estranha.
- Ei, vamos! Jennie!
- Jennie?! - Perguntei a mim mesma correndo até a voz. - JENNIE!
- Jennie, para! Vamos logo!
- Jennie, por favor... - Repeti, e cessei meus passos quando vi seus cabelos negros ainda longos, com duas mechas descoloridas na frente. Ela estava tão diferente...
- Ei, sua idiota! Me larga. Cadê ela? Eu preciso dela... minha Aura... - Disse e fiquei confusa.
- ELA NÃO EXISTE, JENNIE! - Uma mulher loira gritou para Jennie. Cerrei meus punhos e pressionei os olhos.
Quem ousa mexer com Jennie?!!!
- O nome dela... qual é o nome dela? Eu quero ela para mim... ji-na. Esse é o nome dela né? Eu quero beijá-la até irmos transar. Quero levá-la pra cama, Margaret.
Lágrimas se formaram nos cantos dos meus olhos. Jin-na. Ela está gostando de outra...
- Ela realmente me esqueceu. Ela não se importa comigo. Ela me superou. Está na hora de eu superá-la também...
Corri para fora do beco escuro tentando esquecer aquelas palavras. Não ouvi nada, apenas a buzina de um caminhão. Antes que ele me batesse, senti mãos frias e gélidas em minhas costas. E reconheci aquele toque macio e gentil.
Fui jogada para o chão, e uma garota caiu em cima de mim. Naquele momento, quando ela me olhou nos olhos, eu percebi.
Era Jennie. Salvou a minha vida, e agora está por cima de mim, assustada. Sua expressão preocupada ressaltaram meus sentimentos ainda mais. E eu percebi o quanto ainda a amo. Mas ela me esqueceu. Talvez nem se importa mais. Uma afeto cordial que nunca mais poderá ser correspondido. Esse laço entre nós foi rompido, e por esse motivo não posso continuar mais com esse amor. Preciso esquecê-la.
- Minha Aura... - Sorriu encantada.
Fechei a cara e a empurrei para o lado.
- Não sou a nojenta da Ji-na. Sou Jisoo. A que você esqueceu a um tempo, não? - Ri debochada. - Sua idiota.
- Que? Como assim? Quem é você?
- SUA IDIOTA!
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