•CAPÍTULO FINAL•

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Jennie
Eu não fazia ideia de que naquele lugar, Canadá, nos Estados Unidos, algo tão ruim pudesse sobreviver. Anabella é uma garota transtornada que precisa saber que na vida, é necessário ter uma mente passiva, sempre tranquila. Ela ultrapassou esses limites e pretende acabar com tudo que tenho. Mas, eu, Kim Jennie, irei fazer isso tudo parar. Aquela família, era um terror total. Todo ano, eles matavam pessoas para realizar experiências químicas em pessoas saudáveis. Naquela cidade, pairava algo ruim, algo muito tenebroso, muito mais do que crimes. Anabella, além de uma garota repleta de pensamentos psicopatas, é uma menina sofrida que convive com um demônio dentro de si mesma, e tenta a cada dia, se livrar daquilo. Mas, não. Ela nunca foi possuída. Isso se chama inveja. É um sentimento vazio, é uma forma de pensamentos egocêntricos e individualistas. É uma série de acontecimentos indesejáveis que invadiram sua mente sã e limpa. Naquela cidade, uma grande sombra assustadora viajava por cada canto. Por cada perímetro. Por cada centímetro. Sua mente sombria e impressionante, me faz um alerta à sua falta de espiritualidade. Um ser daqueles estava fadado a ir para inferno sem delongas. Seu nome já estava na lista negra do inferno. Sua alma irá ser carbonizada, e toda a sua história será encerrada quando eu cravar minha única bala que está engatilhada na arma, em sua cabeça. Apenas uma chance. Apenas uma conselheira. Apenas uma membro da máfia italiana, uma membro da família Rossi. Uma garota que está destinada a ser uma impiedosa mulher, que ceifará vidas.

Eu estava com a arma nas mãos. Eu estava com o sangue em meus olhos. Eu estava puxando o gatinho. Eu estava com Anabella em minha mira. Eu estava com um de meus olhos cravados na cabeça de Anabella. Minha respiração descompensada, estava se acalmando. Meus dedos estavam agitados e desconfiados. Até que ouvi um disparo alto. Jisoo chamava Camille para vir até aqui, pois sua mãe estava sendo ameaçada de morte. Agora, Camille estava sendo ameaçada.

— Ligue para Anabella! Mande-a vir com Lalisa, ou você estará morta. —Marie ameaçou. 

E então, Anabella chegou em menos de vinte minutos com duas pistolas em mãos, e com Lalisa numa cadeira de rodas assustadas.

— Soltem-a! — Gritou.

Eu sei reconhecer. Não é Anabella. Anabella está na cadeira de rodas, e Lalisa está fazendo um ridículo teatro de fingir ser a irmã. Ouvi um disparo. Meu coração parou no mesmo instante. Senti uma dor indecifrável. Caí no chão, ensanguentada. O tiro havia me atingido. Eu estava sob um mundo totalmente diferente. Imagens de antes corriam em minha mente.

Minutos antes

— Ligue para Anabella! Mande-a vir com Lalisa, ou você estará morta! — Marie ameaçou. Jennie estava com uma arma nas mãos pronta para atacar. Eu, estava com um faca nas mãos. Esperando o inimigo vir.

Anabella veio assustada, e Lalisa estava na cadeira de rodas. Sorri para Lalisa, que apenas sorriu falsamente. Eu reconheço aquele sorriso. É o sorriso de Lalisa? Não é possível. Ela não sorri assim. Foi quando ouviu o disparo. Vi quando Jennie foi atingida. A mesma, ensanguentada, moveu os lábios num sorriso. Não, não era Lalisa. Era Anabella na cadeira de rodas. Agora, em pé, apontando a arma para mim.

— JENNIE! ACORDA, JEN! POR FAVOR... — Me levantei, mirando a arma de Jennie para Anabella. Eu precisava acabar com aquilo. Senti mãos gélidas apanhando a arma de minha mão, e avistei Marie chorando. Triste. Acabada. Com raiva.

A mesma respirou fundo. Mirou para Anabella. Ambas estavam com as armas apontadas para frente. Lalisa conseguia se mexer. Talvez porque parou de tomar os malditos remédios. Me assustei. Marie havia atirado. A única bala certeira. Atingiu a cabeça de Anabella. O sangue jorrou na parede, fazendo-me desviar os olhos. O buraco imenso e profundo marcado na testa de Anabella foi o auge. O auge de todas as minhas preocupações. O sangue nojento de Anabella, deixou o rosto, mãos, e roupas, de Marie sujas. Com a proximidade entre as duas, o sangue de Anabella espirrou em Marie, que sem fechar os olhos, sorriu com a emoção de matá-la. Foi cravada a bala na cabeça de Anabella. Está feito. Mas...

Jennie estava caída no chão. Seu coração não batia. Sua respiração não saía por suas narinas. Fomos até o hospital, igual aquela vez. Na ambulância, seus olhos marejados estavam expressando uma felicidade intacta, imutável. Sim, ela teve que fazer uma cirurgia. Sim, eu estava preocupada. Horas se passaram. Horas depois, o médico saiu de dentro da sala de cirurgia. Com a expressão triste e abatida.

— Como foi doutor?!

Ele respirou fundo.

— Conseguimos salvá-la. Não se preocupem. Ela irá ficar bem. Devemos mantê-la em observação.

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JOGADA DO AMOR - JENSOOOnde histórias criam vida. Descubra agora