Atenas, Grécia, 329 a.C
[...]
- Lee, não pode fazer isso! - Nicolaus dizia andando de um lado para outro da sala, da pequena casa onde Leonidas morava sozinho
- Meu amado, não tenho opção! Sou apenas um metecos, sou obrigado a servir o exército
- Maldito seja o exército, o imperador e suas leis estúpidas! - Nicolaus dizia esfregando o rosto nervoso - Outra incursão contra os Persas, é suicídio!
- Não diga isto Nicolaus!
- Lee, tu és artesão, não soldado.
- Isto não importa para o General Alexandre. Ele recrutará qualquer homem que puder lutar
- Maldito seja! - o ruivo gritou - não podem tirá-lo de mim! - dizia entre lágrimas desesperadas - Já não basta que não possamos viver juntos... Já faz um ano que estamos juntos, e somos obrigados a nos encontrar às escondidas. Eu tenho que manter um noivado de fachada e renegá-lo a um amante... Quando tu és o único que eu amo! - Ele chorava desesperado entre gritos e soluços - E agora querem levá-lo para longe de mim...
- Nicolaus, meu amado... eu voltarei a salvo! Eu ficarei contigo! - Leônidas disse segurando seus ombros e olhando em seus olhos verdes
- Não me faça promessas que não pode cumprir Lee... - ele disse segurando o choro
- Então, quando eu morrer, deve seguir com tua vida sem mim - ele disse
Nicolaus segurou a mão de Leonidas e levou a seu peito
- Sente isso, Lee? - perguntou o ruivo, mostrando a ele as batidas de seu coração - É seu! Completamente seu! Nunca serei feliz sem você. Se você morrer, eu vou morrer também! - disse segurando as lágrimas
- Então, se não pudermos ficar juntos nesta vida, ficaremos juntos na próxima! Mas ficaremos juntos, eu prometo! Eu o amo, mais do que tudo! - disse sereno enquanto segurava seu rosto
- Eu também o amo... - disse entre lágrimas, dando em seu amado um último beijo apaixonado.
Leonidas pegou sua bolsa e saiu pela porta, para cumprir sua obrigação com o exército e servir na batalha contra a Pérsia, deixando seu amado Nicolaus para trás.
[...]
Seis meses depois, Nicolaus observa o entardecer da varanda de sua casa quando ouviu alguém bater à porta. Era um mensageiro que lhe entregou um papiro. Ele entregou ao rapaz algumas moedas, e este se retirou, deixando o ruivo sozinho.
"O batalhão do general Alexandre foi dizimado em batalha. Nenhum homem sobreviveu"
Nicolaus apertou o pequeno bilhete contra o peito e sentiu uma lágrima descer por seu rosto. Foi até seu quarto, subiu num banco de madeira, amarrou uma corda na viga do teto, passando uma das pontas por seu pescoço e deu um nó.
- Estaremos juntos novamente, Lee... - sentiu as lágrimas descendo por seu rosto - ...na próxima vida. Eu te amo - pulou do banco
Nova York, 2019 d.C
- NÃO! - Gaara gritou com as mãos no pescoço
- Gaara, o que houve? - disse Neji, que acordou na madrugada, assustado com seu grito
Gaara não conseguiu dizer nada. Seus olhos estavam cheios de lágrimas e seu corpo estava tremendo. Ele se jogou nos braços de Neji, que o acolheu.
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Nove Vidas (Gaalee)
FanfictionSabaku No Gaara, cardiologista de renome no Hospital Presbiteriano do Brooklyn, tem sua vida completamente mudada, a partir do momento em que começa a ter estranhos sonhos com um homem desconhecido. Sonhos tão reais, que mais parecem memórias remane...