Nove Vidas (Gaalee)

Capítulo 11 - Capítulo XI

[...]

Na manhã seguinte, Jordano bateu à porta da casa de madeira. Milo abriu devagar. Quando viu ser Jordano, abriu mais a porta dando passagem para que ele entrasse.

- Achei que você estivesse doente... - ele disse com um sorrisinho.

- Foi a melhor desculpa que minha tia conseguiu inventar para trazê-lo até aqui - respondeu com o rosto vermelho de vergonha

- Como ficaram as coisas entre você e sua tia?

- Eu apenas disse a ela a verdade, que gostava de você, e que precisava vê-lo novamente. Ela foi contra, é claro, mas eu insisti, e ela decidiu me ajudar.

- Então quer dizer que, precisava me ver de novo...? - disse com um sorriso quase cafajeste.

- Sim. Mas principalmente, precisava fazer isso... - se aproximou de seu rosto e tomou seus lábios

Jordano retribuiu o beijo e puxou Milo mais para si. Tocaram seus corpos e suas línguas. Jordano mexeu no coque no cabelos de Milo, e os soltou, deixando que caíssem por seus ombros. Enfiou a mão por trás de sua nuca e por entre os fios, apertando de leve e puxando sua cabeça para o lado, expondo a pele do pescoço, por onde passou a língua. Milo gemeu arrastado com aquele toque, e o puxou para dentro do quarto. Lá dentro, Jordano começou a despi-lo. Tirou sua camisa de mangas e a calça, o deixando nu e apreciando seu corpo. Lindo. Uma pele branca, uma cintura fina, e um membro ereto e pulsante, bem a sua frente. Não se freou em toco-lo, fazendo Milo gemer. Meio sem saber o que fazer, continuou acariciando, até que Milo fechou a própria mão por cima da de Jordano, movendo para cima e para baixo, mostrando a ele como lhe dar prazer. Por mais que Milo estivesse adorando a atenção que recebia em seu corpo, precisou interromper as carícias de Jordano, pois não aguentava mais vê-lo vestido. A melhor parte de sua toga de frade era o fato de ela ser uma peça única, muito fácil de tirar. O deixou nu, e admirou seu corpo com desejo e luxúria. Esfregou as mãos pelo peito dele, brincando um pouco com o escapulário em seu pescoço.

*Escapulário: semelhante a um colar, sempre com a imagem de dois santos como pingente, um em cada ponta

Olhando em seus olhos, Milo deitou-se na cama e abriu suas pernas, convidando Jordano a entrar. Ele rapidamente se posicionou entre elas, mas ao invés de entrar com seu membro, ele começou a esfregar o dedo em sua entrada, sem nunca desviar o seu olhar dos olhos verdes do outro. Ele entrou devagar com o dedo em Milo, que mordeu o próprio pulso para segurar o gemido. Começou a mover o dedo dentro dele, focado em seus olhos, e nas expressões de prazer que Milo fazia. Não sabia como, mas sentia que já tinha visto aquelas expressões anteriormente. Quando Milo estava completamente excitado, ele puxou Jordano pelos ombros, colando seus peitos e lhe deu um beijo longo, seguido de uma leve mordida no lábio inferior.

- Entre em mim! Preciso de você! - ele disse com seus olhos verdes encarando os olhos negros de Jordano.

Jordano prontamente o obedeceu, segurando seu membro ereto, posicionou-se na entrada dele, e o introduziu devagar, arrancando gemidos roucos de Milo. Quando estava completamente dentro, sentiu que precisava começar a se mover, e assim o fez. Começou a mexer o quadril contra o de Milo, como se entrasse e saísse dele. O prazer que aquele movimento lhe proporcionava, só não era maior do que o prazer de ver o rosto lascivo de Milo, que apertava suas costas e mordia os lábios o sentindo dentro de si. Jordano debruçou-se sobre ele e o beijou enquanto continuava o movimento. Sentiram seus corpos cada vez mais quentes, como se estivessem queimando de dentro para fora. Suas respirações ficavam cada vez mais ofegantes, até sentirem a corrente elétrica que passava por seus corpos, e Milo de desmanchou em prazer, sujando seu próprio corpo e o corpo de Jordano, que também fez o mesmo ao ver as expressões lascivas no rosto do ruivo. Se desmanchou dentro dele, sentindo uma onda de prazer, maior do que qualquer coisa que já havia sentido.

Jordano saiu de dentro dele, e deitou a cabeça em seu peito, sentindo as batidas frenéticas de seu coração. Segurou a mão de Milo, e levou até seu peito.

- Sente isso, Milo? - ele perguntou olhando nos olhos verdes do ruivo - é seu. Completamente seu!

Milo segurou seu rosto, e deram um longo beijo.

[...]

E assim passaram os dias. O frade Jordano ia toda semana a casa da pobre moça Julia, buscar tintas e ficar algumas horas fazendo orações em prol de sua plena recuperação. O que os outros frades do mosteiro não sabiam entretanto, é que não eram orações o que Jordano ia fazer lá. Não era nada de santo. Assim, meses se passaram... frei Jordano continuava fazendo suas visitas semanais, e isso chamou a atenção de um dos outros frades do mosteiro, que em uma dessas visitas, decidiu segui-lo. Sua surpresa foi grande ao ver que a mulher doente por quem frei Jordano ia rezar não estava doente. Pelo contrário, ela parecia muito saudável enquanto o beijava ardentemente nos lábios e no pescoço. O espião curioso prosseguiu ali observando, e sua surpresa foi ainda maior quando os viu tirando as roupas, e constatou que a mulher de longos cabelos vermelhos era na verdade um homem. Sentiu o estômago revirar ao ver frei Jordano levar a boca ao membro daquele homem e o sugar, enquanto o ruivo segurava seus cabelos. Ele saiu correndo dali.

[...]