Sweet man - TodoDeku

Capítulo 4

Midoriya's pov:

─ Tudo bem... eu vou ir até aí amanhã cedo, estou ocupado hoje - alguém conversando no telefone me acorda.

Me movi na cama tentando abrir os olhos, o que resultou numa falha. O quarto estava claro, optei por me sentar primeiro e tentar me acostumar com isso. Afinal não lembro do meu quarto ser tão claro assim... HUH?

Olhando ao redor, percebi não estar no meu quarto e na sacada, estava ninguém menos que o Todoroki.

─ Tenho que desligar, amanhã conversamos - ele diz no celular, o guardando no bolso em seguida.

Por que eu estou aqui? eu só me lembro de estar na sala de pesquisas com ele e... a não.

─ Não, não, não... - eu digo repetidas vezes, erguendo o cobertor ─ De novo não...

─ Hmm, acordou cedo até - ele se para na frente da cama.

─ Você fez isso de novo! - eu me levanto rapidamente, perdendo o equilíbrio rapidamente.

Por sorte, ele me segurou pela cintura.

─ Vai com calma, pode se machucar - ele diz, me colocando sentado na cama ─ Você entrou no cio de novo, na minha presença. Ou eu te largava naquela sala nessa situação e algo pior acontecesse, ou te tirava de lá e levasse pra algum lugar - ele explica, me entregando uma sacola.

Eu não posso acreditar nisso, eu entrei no cio de no novo e isso significa que os supressores que eu estou tomando não estão funcionando...

─ O ruim é o que você fez depois de me trazer pra cá, ou você não percebe - eu tampo meu rosto, de novo... com ele.

─ Eu pagava pra voltar no passado, só pra te mostrar quem insistiu por isso - ele diz, cruzando os braços ─ Seu corpo foi bem sincero à algumas horas atrás - ele tira as minhas mãos do meu rosto, se abaixando na minha frente.

─ Você poderia ter ignorado o pedido, é bem simples aliás.

─ Falar é fácil, você não sente seu próprio feromonio - ele ri na minha frente ─ Eu já imaginava que essa seria a sua reação e está tudo bem, eu tenho algo pra te pedir agora.

Apenas o olhei, esperando pelo o que quer que seja.

─ Você já percebeu que seus supressores não estão funcionando, tem uma chance de mudar o medicamento e tudo voltar ao normal - ele se levanta e pega meu celular, me entregando.

─ Então...?

─ Você vai ligar pro seu médico e agendar uma consulta, vai ser tudo resolvido lá e depois disso eu sumo da sua vida, do jeitinho que você quer - ele explica, aguardando eu ligar.

Mas que... revirei os olhos e disquei o número.

[...]

─ Você não precisava me trazer, e também não precisa ir junto comigo até lá - eu reclamo descendo do carro, fechando a porta.

─ Se for rápido, ainda conseguimos pegar a última aula na U.A - ele diz, fechando o carro.

Ele colocou uma mão nas minhas costas e me empurrou levemente pra frente, me incentivando a entrar no prédio.

Assim fizemos, subindo até o andar de onde tinha o escritório do meu médico.

Tivemos que aguardar uns minutos e depois apenas eu fui chamado pra dentro da sala.

Tudo o que eu preciso fazer é explicar a situação constrangedora que eu me encontro e pedir por supressores melhores.

Assim eu fiz, contando tudo por cima.

─ Bom, eu cheguei a avisá-lo sobre o uso excessivo de supressor. Aqui estão as consequências Midoriya, as quais você disse que nunca aconteceriam.

─ Isso é loucura, deveria funcionar... - eu murmuro desviando o olhar pras minhas mãos ─ E então? não tem como me receitar outro remédio?

─ Depende, mas antes... isso não é da minha conta, mas o garoto lá fora, foi com ele? as duas vezes que você entrou no cio foram com ele?

─ Huh, sim... - afirmo sem ânimo, observando ele anotar tudo em um papel.

O médico se levantou e foi até a porta, chamando o Todoroki pra dentro.

─ Hmn, aconteceu algo? - Todoroki pergunta, se sentando na cadeira ao meu lado.

─ Conversa séria sobre o Midoriya equi. Ele supriu todos os cios dele com supressores desde que teve o primeiro cio. Como consequência disso, o corpo dele está rejeitando a medicação, e sem dúvidas, vai rejeitar qualquer outra - ele explica, escrevendo algo em outro papel.

Todoroki apenas me olhou pelo canto dos olhos.

─ Você, que já experimentou... como é o feromonio do Midoriya? é muito forte?

─ Extremamente forte, eu nunca senti algo igual - Todoroki responde, prestando cada vez mais atenção.

─ E esse é o motivo, os supressores supriram o cio por muito tempo, e agora está tudo vindo à tona. Você pode escolher agora Midoriya, passar sozinho sem medicação, ou você sabe, com algum alfa... Você sabe a minha opinião, me conhece desde criança como o médico da sua família - ele explica, se encostando na cadeira.

Eu vou ter que continuar fazendo isso com algum alfa?

─ M-mas Isso...

─ Começarei a pesquisar por outro supressor que vá funcionar com você. Você teve sorte... por ter caído nas mãos de alguém que não queria machucar você.

Apenas abaixei a minha cabeça, isso apenas até o fim do meu cio...

Fomos liberados, e assim íamos em direção ao carro novamente. Eu caminhava na frente dele, a situação era estranha.

─ Midoriya... - ele me chama, me fazendo parar ─ Eu sei que deve ter acontecido algo com você pra ter tão pouca confiança nas pessoas, ou em alfas. Mas eu não sou qualquer um, eu nunca faria mal a alguém, não faria mal à você.

─ Você já sabia, não é? - eu me viro pra ele ─ Você já sabia que ele falaria coisas desse tipo e que...

─ Pra ser sincero, já esperava algo assim. Desde que você me disse nunca ter passado por um cio direito, o problema pelo qual está passando foi o primeiro a vir na minha mente - ele explica, se aproximando de mim.

Então foi apenas pra ter certeza... E por isso ele veio junto...

─ Eu disse que me afastaria depois dessa visita, mas eu tô disposto a ajudar você a passar por isso e essa é a melhor opção pra você - ele coloca uma mão na minha cabeça ─ Depois que você se recuperar, eu faço o que eu prometi e te deixo em paz.

Ele acaricia um pouco a minha cabeça e se afastar pro ouro lado do carro.

─ Eu sinto muito pelo o que você passou, mas precisa entender pelo o que quer que seja, eu sou bem diferente.

─ Eu sei... e isso me incomoda - eu falo baixinho.

Me incomoda porque eu nunca precisei disso e agora... tudo mudou. Eu nem sequer imaginaria que a minha vida tomaria esse rumo.