Capitulo 18

1.3K 161 44
                                    

Midoriya's pov:

— Por favor... não faça essa cara! - Shoto reclama na minha frente, jogando um travesseiro em mim.

— Eu não sei se estou pronto pra isso, você sabe - joguei o travesseiro de volta nele, voltando a abrir os pacotes — Mas... vocês já chegaram a conversar? ou sei lá... - perguntei, sem olhá-lo.

— Você é muito fofo, sabia? - ele diz sorrindo, enquanto se apoiava em um braço e me olhava com atenção — Mas, não. Eu não fico muito ao ponto de correr o risco. Quando não estou com você, estou na faculdade ou resolvendo coisas sobre a NOSSA casa e o NOSSO casamento - ele da de ombros e retira todos os presentes da minha frente, se deitando no meu colo.

— Não é desconfortável ficar assim? - coloquei minhas mãos na cabeça dele, acariciando o cabelo.

Ele fechou os olhos e suspirou, sussurrando baixo um eu te amo, o qual correspondi me inclinando para dar à ele um beijo.

Eu sabia que a Momo em algumas horas estaria aqui, se não fosse hoje à noite, seria amanhã cedo.

E ele me trouxe pra cá por isso. Seria a primeira vez que eles iriam se falar novamente depois de tanto tempo e ele iria também aproveitar pra me apresentar.

Ela só está aqui por causa da Rei, mas não a culpo, ela não sabia sobre mim e o Shoto e seria um pouco mal educado mandá-la embora agora. E ela vai ficar só por um tempo, pelo que eu sei.  Apesar de já ter passado um tempo desde que ela chegou.

Fugindo desses pensamentos, Shoto dormiu, segurando minha mão. Puxei o cobertor pra cima dele e voltei a abrir os presentes.

Sobre isso, a Rei e a Fuyumi, junto com a minha mãe significa: problema. Ambas organizaram um chá de bebê sem que eu ou o Shoto soubessemos e quando percebemos, já havíamos caído.

— Pode deitar comigo agora? - ele perguntou com a voz de sono, abrindo um pouco os olhos. Ele tinha um sorriso fraco nos lábios, e o cabelo estava bagunçado — Se você preferir, não precisa ficar aqui quando a Momo chegar. Ainda mais se for ficar desconfortável...

— Não... está tudo bem. Também tenho curiosidade sobre como ela seja - pedi com que ele fosse pro lado, e me deitei junto à ele em baixo do cobertor.

Abri todos os presentes.  Amanhã, irei agradecer por eles.

— Mas se você se sentir desconfortável, me diga ok? a gente sai pra outro lugar - ele se aproximou mais e me virou, me abraçando por trás. Podia sentir a respiração dele na minha nuca, me causando um conforto inexplicável.

Eu me sinto bem quando sou envolvido pelos braços dele.





— Izuku espera! - Uraraka corre atrás de mim pra dentro de uma sala — Por favor não dê bola pra esse tipo de comentário - ela se aproxima, largando a bolsa em cima de uma carteira.

— Como não Uraraka!? eu tô literalmente tomando hate gratuito por estar com o Shoto e ainda por cima... - eu me calei, suspirando fundo — É só que... é ridículo ouvir aquilo quando ninguém sabe o que está rolando! - coloquei as mãos no bolso do casaco.

— Eu sei, é ruim. Mas se você parar e repensar tudo que aconteceu toda vez que alguém dirigir um comentário assim pra você... só não dê bola, entendeu? não é nada do que dizem e a maioria dessas "garotas" só estão tacando tanto hate e espalhando esses boatos ridículos sobre você porque não são elas no seu lugar! afinal, você fez o que todas queriam ter feito.

— Porém tipo, falar na cara dura? já me basta aquela Momo hoje de manhã. A curiosidade mata o gato, e só essa manhã já foi o suficiente pra mim querer que ela já volte de onde ela veio - eu largo minhas coisas e apoio meus cotovelos na mesa, tapando o rosto e abafando um suspiro de irritação.

— Calma ai, que papo é esse? quem é Momo mesmo?

— Acho que ex é uma palavra muito forte. O Shoto e ela tiveram um "lance" a um tempo e agora ela literalmente, está ficando na casa dele à pedido da mãe dele - eu a olhei — Hmm, sorrisinhos pra tudo que o Shoto falava, ignorando tudo e até o fato de que EU estava ali.

— Mentira... é sério isso? quem chamou ela? - Uraraka bufa, literalmente tomando as minhas dores — Onde está o Shoto?

— Eu não sei, e quem chamou ela foi a própria mãe dele, tentando aproximar eles novamente. Claro, ela não fazia ideia sobre a gente, mas cara, a Momo por sua vez depois que foi dito que eu e ele estávamos juntos, poderia ter se tocado. Certo? - eu me sentei, sentindo minha cabeça começar a girar.

— Olha só, estresse não faz muito bem pra você. Ela já já vai embora e tudo vai voltar ao normal - ela segurou minha mão, sorrindo.

Eu sou sortudo por ter a Uraraka como amiga. Sem ela, não sei se as coisas estariam no trilho em relação à mim.

— Agora sobre o Shoto, como ele agiu com a Momo?

— Hah, cortou ela várias vezes. Todas as vezes que ela tentou tocar no assunto do passado, ele mudava de assunto. Na noite anterior ele me disse pra avisar se eu se sentisse desconfortável, porém ele foi o que mais se arrependeu de ter ficado até o final - eu finalmente ri, lembrando do tanto que ele reclamou depois.

Aliás, não coloquei fé no que a Rei disse sobre ela provavelmente não possuir mais sentimentos por ele. Foi visível como tudo era digido à ele e agora eu entendo porque ele cortou todo tipo de coisa com ela.

Mas caramba...! flertar com o meu, literalmente noivo, na minha frente foi de quebrar todos os limites.

— Uraraka - a chamei — Eu não estou me sentindo bem - eu me levantei e antes que perdesse o equilíbrio, ela me segurou e me sentou novamente.

— Caralho, não se levanta! vou chamar alguém pra ajudar a levar você até a enfermaria - ela disse e se afastou até a porta, berrando o nome do Kirishima várias vezes seguidas.

Ele que chegou já assustado, correu até mim e ajudou ela a me levar até lá. 

[...]

Entrei e me sentei no banco do carro, sem dizer nada. Eu desmaiei, ligaram pra minha mãe e agora ela está super preocupada.

Shoto logo fez o mesmo e se sentou no banco de trás, junto à mim e segurou delicadamente a minha mão.

— Izuku, não adianta você ficar irritado por isso. Não é normal você desmaiar ou ficar tonto e você sabe disso, é melhor assim - ele diz baixinho, me olhando.

— Trancar minha vaga da faculdade justo quando está quase acabando... - eu suspirei, me encostando nele.

— Posso te pedir uma coisa? - ele perguntou, concordei com a cabeça — Pode ficar esse tempo fora da faculdade, por mim e pela nossa filha? você vai poder retomar de onde parou.

— Shoto, então me promete, que você não vai trancar a sua por minha causa - eu ergui minha cabeça para olhá-lo nos olhos.

— Tudo bem, porém será entendiante não ter ninguém pra levar até o escurinho da biblioteca - ele ergueu uma sobrancelha, indiferente — Aliás, eu pedi para sua mãe nos levar até o apartamento.

— Hah, tão engraçadinho você. Melhor trancar a sua matrícula também - eu ameacei sair do carro, mas cai na risada ao mesmo tempo que ele.

Como ele estava falando, daqui iriamos pro apartamento. Seria a primeira vez que eu iria visitar lá, até porque eu queria que fosse novidade de certa forma. Apenas conhecer quando nos formácemos e fôssemos nos mudar pra lá oficialmente.

— Você ainda tem aula... - eu olhei pra ele, que ignorou totalmente o comentário e colocou o cinto de segurança.

Mas agora não há necessidade disso, certo...

De longe, se aproximando do carro, vinha a minha mãe. Tudo que ela fez foi sorrir para nós quando embarcou e ligou o carro. Sua expressão era mais suave e não continha tanta preocupação igual antes. E eu ainda posso contar com a minha mãe, enquanto ela estiver por aqui.

Ela sempre me acompanha nas consultas mensais, e está bem presente e atualizada sobre tudo, da mesma forma que ele e a família dele.

Sweet man - TodoDekuOnde histórias criam vida. Descubra agora