Photography - Seungmin

Thirty

Seungmin me colocou cuidadosamente na cama enquanto se sentava ao meu lado. Não havia nem mesmo um brilho de felicidade em seus olhos, seu corpo parecia ter perdido sua força já que seu estado mental claramente também não estava bem. Nenhum de nós falou por um tempo, apenas ficamos sentados em silêncio, ambos olhando para o chão, sem saber o que dizer. O que você diria para alguém que acabou de te deixar e por outra garota que já o traiu?

Seungmin deixou sua cabeça cair em suas mãos, parecendo desmoronar completamente. - S/N - ele disse, era fácil notar que sua voz estava desligada. - Eu ...- Ele parou por um segundo, tentando descobrir as palavras certas. - Quando vi Lucas, a primeira coisa que fiz foi correr para o seu quarto. Fiquei com tanto medo quando você não estava lá. Pensei que ele tivesse feito alguma coisa com você ...

Ele soltou um suspiro e me olhou nos olhos, colocando minhas mãos nas dele. - A ideia de perder você de novo era insuportável, nem sequer pude convidá-la oficialmente para sair, todos os planos que eu tinha para o futuro pareciam ter desaparecido em um piscar de olhos. Corri de novo e acertei Lucas com tanta força, ficava gritando com ele, perguntando o que ele tinha feito com você ... Quando a polícia chegou, eles tiveram que me segurar, eu só me acalmei um pouco quando Chan me disse que você estava segura ... - Ele olhou para baixo novamente. -... com Hyunjin - ele acrescentou silenciosamente.

Ele olhou para mim, um tanto desesperado. - S/N, eu odeio esse sentimento, e sei que ele tem boas intenções, mas odeio quando vocês dois estão juntos, apenas rindo, se abraçando, faça o que fizer, está me comendo por dentro - Meus olhos se arregalaram um pouco em descrença enquanto eu zombava.

-Diz o cara que me deixou para levar sua ex louca para casa!

- Ela não é louca! - ele defendeu. - Ela se desculpou, certo? Sim, ela estava errada, mas você não pode apenas julgar uma pessoa pelos erros que ela comete, você deve julgá-la pelo modo como ela cresce e aprende com ela!

- Às vezes dói mais segurar uma pessoa e continuar acreditando nela do que deixá-la ir. Você não vê que ela ainda tem truques na manga? Por que outro motivo o irmão dela teria vindo aqui!?- Eu argumentei enquanto as lágrimas começaram a se formar em meus olhos.

Seungmin parou de discutir quando viu como eu estava magoada e soltou um suspiro de frustração. - Talvez você esteja certa. Talvez, ela seja tão horrível quanto você diz, mas eu não posso simplesmente deixá-la. Ela precisa de alguém, e eu quero estar lá para ela .

- Então vá - Eu disse friamente, mas uma lágrima escorrendo pelo meu rosto. Seungmin pareceu bastante chocado no início, mas depois dolorido.

Ele se levantou e foi até a porta.

- Você promete que vai esperar por mim? - ele perguntou, nervoso e esperançoso. Eu balancei minha cabeça, tentando conter mais lágrimas.

- Eu não posso Seungmin. Eu te amo, mas eu não posso me machucar mais e mais porque você claramente não superou Elle - Seungmin queria protestar, mas simplesmente saiu. Eu podia ouvi-lo quebrar do outro lado da parede, ele quebrando o mais forte que podia antes de sair como um furacão.

Poucos minutos depois, Jisung apareceu, parecendo mais determinado do que nunca ao pegar uma mala, já arrumando minhas coisas, me deixando confusa. - Jisung, o que você está fazendo?

-Empacotando suas coisas- ele disse sem prestar atenção.

- Eu posso ver isso, mas por quê?- Ele parou e soltou um suspiro.

- Você vem comigo. Para a Malásia.

Minhas sobrancelhas franziram e minha boca se abriu ligeiramente.

- O quê? O que você quer dizer? Jisung, do que se trata? -Jisung agora estava sentado na cama, sua mão segurando minha bochecha.

-S/N, eu não posso deixar você. Se você tivesse sido feliz aqui, eu poderia, mas ultimamente tudo que eu vi você fazer é chorar. Eu sei o quanto você se preocupa com Seungmin, mas eu não posso deixar ele machucar você assim, não se eu não estiver aqui para confortá-la. - Ele se levantou novamente e continuou a fazer as malas.

- Jisung- Eu disse em uma voz baixa, mas preocupada, mas ele não me deixou falar. Parecia que ele estava completamente decidido e ninguém seria capaz de mudar isso.

- S/N, não se preocupe. Vou garantir que vai ser incrível lá. Podemos fazer compras, ir à escola juntos, ir aonde você quiser, desde que isso te faça feliz. Eu prometo que vou cuidar de você.

- Jisung, me escute- Eu tentei de novo, mas ele se virou, com os olhos um tanto vermelhos.

- Por favor!! Eu estou te implorando! Eu não quero te deixar! Eu não quero sair desta casa, todos aqui, eu não quero ir embora, por favor não me faça ter que deixar você também! - Ele largou a bolsa e jogou os braços em volta de mim.

- Você quer tanto ficar assim?- uma voz desconhecida de repente falou. Jisung e eu olhamos para cima para ver um homem em torno de seus 50 anos.

- Pai - Jisung disse suavemente enquanto enxugava as lágrimas. Eu imediatamente fiquei vermelha e nervosa.

- é um prazer conhecê-lo, senhor! Eu sou    S/N - Seu pai sorriu suavemente

- Eu ouvi muito sobre você, é bom finalmente conhecê-la também - Seu pai se voltou para Jisung e se aproximou dele, bagunçando seu cabelo.

- Eu vim pra levar você para casa, mas acho que você não queria o tempo todo, hein?- Seu pai sorriu um pouco. - Você poderia ter dito - Jisung acenou com a cabeça enquanto olhava para baixo.

- Eu não queria ser egoísta - disse ele. Seu pai balançou a cabeça.

- É normal ser egoísta de vez em quando. Vou dizer a sua mãe que você vai ficar aqui.- O rosto de Jisung se ergueu.

- Eu posso? -Seu pai riu um pouco.

- Só se você prometer cuidar bem de si mesmo e daqueles ao seu redor.- Jisung acenou com a cabeça feliz enquanto abraçava seu pai.

- obrigado!! -  ele gritou de felicidade.

De repente, um baque alto assustou a todos nós, revelando cinco outros meninos. - Você vai ficar aqui? - Minho perguntou, também com lágrimas nos olhos. Jisung acenou com a cabeça feliz enquanto corria direto para os braços de Minho. Lentamente, todos estavam se aglomerando ao redor dele enquanto todos o abraçaram.

- Obrigada - sussurrei para seu pai, que os observava com orgulho. Ele se virou para mim com um sorriso.

- Por favor, cuide dele para mim. - Meu sorriso cresceu mais amplo.

- Eu vou!