Capítulo: 0-01x

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-> Como disse vou disponibilizar todos os cap, daqui a historia segue incompleta.

Todos dizem que a existência de cada ser humano tem uma motivação, todos nós somos vivos para sermos usados para algum propósito.

Eu discordo totalmente, não tenho propósito ou uma razão para estar vivo, algumas  vezes eu tentei acabar com essa angústia.

Dentro de mim algo me enforcava, apertava meus pulsos com muita força, parecia que o mundo estava desabando em cima de mim.

A minha vida sempre foi sem sentido, desde o fatídico dia que me lembre.

Eu não me lembro dos meus pais, nem ao menos sei seus nomes ou quem eles eram e isso não faz diferença agora.

No entanto, eu tive sim alguém que podia chamar de “mãe” mesmo que fosse de coração.

Uma senhora que se dispôs a cuidar de mim, muitos chamavam ela de 'Michela' ou de “Miche”, mas eu a chamava de 'mãe'.

Essa senhora me contou tudo o que eu devia saber sobre minha verdadeira mãe, sei seu nome, ela deveria ter por volta de 30 anos, era alta e cabelos exageradamente longos.

Mas eu não sei nada sobre meu pai.

A questão foi que durante uma noite, minha mãe muito machucada me entregou para essa senhora, eu tinha por volta de 2 anos.

Implorou para que ela cuidasse de mim, e me largou nos braços dessa pobre senhora.

Michela aceitou meio por pena, a minha mãe falou que se eu continuasse com ela naquele momento eu não poderia estar vivo para contar essa história.

Logo depois ela correu para o distante, e nunca mais apareceu, eu cresci sendo criado por essa senhora, já faz tanto tempo que ela se foi e eu fiquei aqui a lhe esperar. Nunca soube de notícias da minha mãe, não sei se ela morreu ou teve que fugir para tão, tão distante.

Os dias se passavam imperiosamente, e a cada instante eu envelhecia, e começava a perceber o quão ruim era essa minha vida.

Mas não era apenas eu que estava envelhecendo.

Aquela senhora que até então cuidava de mim estava envelhecendo junto comigo, e o pior era que sua saúde estava ficando comprometida, nesses longos anos ela passava mal e cada vez mais sua saúde piorava, ela nunca me contava o que estava sentindo, não importava o quanto eu perguntasse.

Até que chegou aquele belo dia.

No dia 15 de setembro, quando completei meus 10 anos, ela disse que já não poderia ficar mais comigo, pois seu tempo estava se esgotando.

Por isso a partir daquele dia eu deveria me virar sozinho, mas antes que eu lhe deixasse lá para morrer aos pouquinhos.

Ela me deu um presente, um presente que iria me acompanhar para sempre.

Um par de armas chamadas Lisas.

Podíamos dizer que eram foices de mão, em cada foice tinha uma pequena corrente que se prenderia nas minhas mãos ficariam enraizadas nelas que seriam muito difíceis para arrancar do meu corpo, mas, por outro lado essas correntes iriam aumentar seu comprimento sem ter um limite específico.

Essas foices, dizendo ela, que foram armas forjadas por um velho ferreiro, e segundo ela essa foi sua última criação antes de perder seu único braço.

Ele usou suas últimas habilidades e forças para reaproveitar uma certa matéria-prima para criá-las

Assim ela deu a mim essa arma de mão beijada.

Rosas AssassinasOnde histórias criam vida. Descubra agora