Rosas Assassinas

Capítulo: 0-12x

— Alice! O Soly não tá bem! — Soly não estava conseguindo nem andar direito, dava para ver o desgaste de seu corpo nesses dias.

Realmente Soly não estava bem, ele parecia estar cansado, ele parecia se forçar a andar para tentar nos acompanhar, mas ele realmente não estava bem.

A prova disso foi quando ele desmaiou, talvez ele já estivesse exausto e já não aguentasse mais ficar em pé.

— Rápido Dami, segure ele! Rápido vamos levá-lo até ele acordar! — Fui bem rápida em ajudar Soly.

— Alice. Ele vai ficar bem? — Dami mesmo após ter atacado Soly, parecia estar um pouco preocupado com ele.

— Ele só está um pouco cansado, só isso, ele só precisa descansar um pouco.

Era isso que eu pensava, Soly despertando seu poder acaba sofrendo as breves consequências.

— O que fez ele ficar assim Alice?

— Ele só confirmou pra mim quem ele era de verdade.

— Do que você tá falando?

— Você não percebeu? Olhos prateados e ruivo? Tava na cara que ele era o Minerva.

— Minerva...

— Dami esqueça que você tentou matar ele, você agora é parte desse círculo, agora nós estamos correndo perigo. Eu tô falando muito sério, agora não temos para onde correr com esse garoto. — Não parecia, mas eu estava tremendo de nervosismo, por um momento eu percebi que não tinha muito o que fazer.

— Se estarmos com ele nós seremos alvos não é?

— Muito provavelmente, me desculpa te dizer isso, mas você vai me ajudar a proteger ele.

— Não é muito da minha conta, mas... por que você quer tanto assim ajudá-lo?

— De verdade eu não sei, não tenho um motivo, eu só estou com ele ao seu lado, não tenho um objetivo de vida, não é como se eu seguisse seus rastros sem rumo, eu considero ele um amigo pra mim, ele é meu parceiro de qualquer forma, além disso, eu já estou envolvida com ele, que mais de ruim pode acontecer?

No fundo, eu sinto que algo me prendia ao Soly, não um laço, não uma corda, algo mais forte.

Nós tínhamos que nos apressar, logo conseguiríamos ver as estrelas e ficar ao livre não é uma boa opção, na verdade, seria ótimo se eu soubesse de um lugar para nós irmos.

Não sei se era impressão minha, mas parecia que o ar estava ficando frio, bem estranho isso acontecer.

No momento nosso passo diminuiu tínhamos que levar o Soly em nossos ombros, e isso dificulta muito.

Aliás, estávamos arrastando os pés dele por uma estrada de terra, onde ninguém anda, aliás é bem estranho estávamos andando em uma estrada e não passar ninguém, em outros lugares o movimento de pessoas é constante.

— Dami, porque não me explica melhor o motivo de você ter arrancado a cabeça do Soly fora do corpo? — Estou pouco ciente dos motivos de Dami ter feito isso, aliás eu ainda ando um pouco desconfiada com ele, ele surge do horizonte pra gente sem uma boa explicação, e só ataca o Soly como se ele não fosse nada.

Dami suspirou como se não soubesse responder, estava ele indeciso de como se explicar, não avisei a ele, mas se ele não me convencer, eu vou agir de forma natural largando o Soly, e colocando as mãos na minha katana para tirar sangue do peito do Dami.

— É meio difícil eu descrever em poucas palavras o que passei nesses dias até chegar ao ponto onde encontrei o Soly.

— Você pode falar tenho todo esse tempo pra te escutar.