Capítulo 12: Amor de Pai

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Pov: Vi

Depois de estacionar o carro, eu entro na empresa e subo as escadas.
Assim q eu chego no segundo andar, vejo a equipe toda reunida e Felipe envergonhado. Espera, o Felipe está envergonhado!? Isso é uma coisa rara de se ver.

Vi: Bom dia chefe. Q cara é essa?

Pergunto segurando a risada.

Kleber: Ele estava quase tendo um infarto por causa do atraso de vcs. Ele tava preocupado.

O Kleber responde rindo.

Felipe: Continua rindo assim, e nós vamos ver quem vai rir por último.

Parece q ele acordou com o pé esquerdo hoje.

S/n: Calma pai. A gente está aqui agora. Não tem pq ficar preocupado.

A S/n diz acalmando ele.

S/n: Pai, será q podemos conversar no seu escritório?

Felipe: Tá bom. Vamos.

Eles vão até o escritório do Felipe.

Sam: Oq deu nele hoje?

Vinha: Eu não faço a menor idéia.

Bruninho: Ele deve ter acordado de mau humor.

Vi: Ele não parecia estar de mau humor, parecia mais preocupado.

Kleber: Acho q já sei oq é.

O Kleber diz pensativo.

Mozka: Fala então.

Kleber: É a S/n. Ele pareceu bem preocupado com ela.

Sam: Mas pq ficar tão preocupado? Ele sabia q ela estava com a gente. E ele confia na gente, ele mesmo já falou isso.

Bruno: A questão não é q ele confia ou não em vcs, a questão é q ele passou quatro anos longe da S/n. E vcs não imaginam o quanto foi sofrido pra ele ficar longe da própria filha.

O Bruno diz se aproximando da gente.
Eu não sabia disso, deve ter sido bem doloroso mesmo ficar longe da filha dele. Eu não consigo me imaginar longe das pessoas q eu amo.

Pov: Felipe

Nós entramos no meu escritório e eu fechei a porta. Finalmente um momento a sós com a minha filha. Só eu e ela, sozinhos, depois de 4 anos separados.

S/n: Pai, precisamos ter uma conversa séria.

Conversa séria? Eu não tenho uma conversa séria com ela desde o dia em q ela decidiu estudar fora do país.

Felipe: Pode falar meu bem.

Nós nos sentamos e ela começou:

S/n: Pai, desde q voltei, vc tem me tratado como se eu fosse uma adolescente q depende dos pais pra tudo. E eu não entendo o pq de vc estar fazendo isso.

Eu fico magoado com o fato de ela não entender. Ela passou 4 anos fora do país, a milhares de quilômetros longe de mim e da Bruna. Como ela pode não entender!?

S/n: Pai, oq houve pra vc estar desse jeito comigo? Se tiver algo errado, me fala oq é.

Felipe: Vc passou quatro anos inteiros longe. Durante esses quatro anos eu não te vi nenhuma vez. Ok, eu te via todos os dias por vídeo chamada, mas olhar pra vc através da tela de um celular não é a mesma coisa q te ver pessoalmente.

Meus olhos começam a se encher de lágrimas, enquanto ela me olha com um olhar de pena. Eu não quero q ela sinta pena de mim, eu só quero q ela me entenda. Quero q ela entenda q não foi fácil passar todo esse tempo longe dela. Q ela entenda q, por mais q eu ficasse feliz vendo ela todos os dias pela tela de um celular, eu ainda sentia falta dela. Q a minha vontade todos os dias, era de pegar o primeiro avião pra ir vê-la e abraça-la até meus braços caírem.
Minha vontade é de falar tudo isso pra ela, e é oq eu vou fazer.

Felipe: Vc não precisa sentir pena de mim. E eu não quero q vc sinta pena. A única coisa q eu quero é q vc entenda q de todos os acontecimentos ruins desses quatro anos q se passaram, o pior de todos foi ficar longe da minha filha. Foi não poder te abraçar. Foi não poder fazer cócegas em vc, como eu fazia antigamente. Foi ter q ver sua mãe indo te visitar várias vezes e não poder ir junto por estar muito ocupado com o trabalho. E aliás, eu me arrependo muito de não ter ido lá te visitar, eu sinto muito por não ter ido...

Eu não consigo mais falar. As lágrimas tomaram conta do meu rosto, e o arrependimento é o q mais dói. Bem q a Bruna avisou q eu iria me arrepender.
A S/n se levanta, vem até mim, e me puxa pelos braços, me fazendo levantar da cadeira.
Assim q eu me levanto ela me abraça. Um abraço forte, como se fosse o primeiro abraço q ela me dá depois de anos. Eu retribuo a abraçando do mesmo jeito.

S/n: Eu nunca mais vou ficar longe de vc pai. Isso é uma promessa.

Felipe: Eu te amo tanto filha.

S/n: Eu também te amo pai. Te amo mais do q tudo no mundo.

Ela me dá um beijo na bochecha, e apoia a cabeça no meu peitoral.
Esse 'eu te amo' dela, foi a melhor coisa q eu ouvi nesses últimos quatro anos. E espero ouvir mais vezes.
Agora é certo: eu nunca mais vou ficar longe das pessoas q amo, principalmente da S/n e da Bruna.

Um Romance A TrêsOnde histórias criam vida. Descubra agora