Capítulo 14: O Pior Dia

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Pov: Mozka

Saio as pressas da empresa depois de receber uma ligação da minha irmã. Preciso chegar no hospital o quanto antes.
Peço um Uber, e em pouco tempo chego no meu destino.
Entro no hospital e a primeira coisa q faço é procurar pela minha mãe e minha irmã.
Elas estão sentadas uma do lado da outra. Minha mãe chorando, e minha irmã consolando ela.

Mozka: Mãe, eu tô aqui. Onde está o papai?

Irmã: Levaram ele pra uma cirurgia de emergência.

Mozka: Cirurgia? Foi tão grave assim?

Irmã: Os vidros do carro estouraram e...

Mozka: Eu já entendi, não precisa falar mais nada. Vamos orar pra que dê tudo certo.

Eu fecho meus olhos e começo a orar por pensamento. Seguro forte na mão da minha mãe, sua mão está gelada. Eu beijo a mão dela e digo q tudo vai ficar bem.
Continuo orando, até q sou interrompido por uma voz familiar.

XXX: Amiga, vim o mais rápido q pude. Como ele está?

Eu abro meus olhos e fico bravo com oq vejo. Bravo e inconformado. Como ela tem coragem de aparecer assim depois do q aconteceu?

Mozka: Oq ela está fazendo aqui!?

Mãe: Calma Bruno. Ela está aqui pela sua irmã.

Mozka: Eu não acredito q vcs ainda são amigas!

Eu digo indignado.

Irmã: Só pq vcs terminaram não significa q eu precise terminar minha amizade com ela. Isso não tem nada a ver.

Mozka: Jura!? Mesmo depois do q ela fez comigo!?

Mãe: Filho, aqui não.

Eu bufo. E me afasto um pouco delas pra me acalmar. Eu preciso manter a calma, principalmente pela minha mãe q está preocupada com o papai.
Não posso deixar a Letícia me tirar do sério. Não agora. Mas é impossível olhar pra ela e não lembrar daquele dia.
Eu respiro fundo e volto pra perto delas. Tento não olhar pra Letícia, mas é quase impossível, pois ela fica de frente pra mim o tempo todo, quase como se quisesse q eu a visse.

...

Depois de quase duas horas esperando por notícias do meu pai, o médico chega. Ele diz q a cirurgia foi um sucesso, e q os cacos de vidro haviam feito cortes bem perto dos olhos e haviam penetrado os ouvidos dele. E q por isso ele poderia ter dificuldades, pra enxergar e pra escutar, mas isso iria melhorar com alguns procedimentos médicos. Ele também teve alguns cortes pelo corpo, mas nada muito profundo. E não tinha quebrado osso algum, oq era muito bom.
Ficamos todos aliviados em ouvir isso.
Depois disso minha mãe entrou pra ver o papai. Eu preferi voltar pra casa. Por mais q quisesse vê-lo, eu não aguentaria ficar alí olhando pra cara da Letícia.
Quando eu estava prestes a sair do hospital, ela veio conversar comigo.

Letícia: Mozka, espera!

Mozka: Oq vc quer agora?

Letícia: Eu quero conversar. Só isso...

Mozka: Conversar oq? Não temos mais nada pra conversar.

Eu digo me afastando.

Letícia: Mozka não vá ainda. Por favor. Eu já me arrependi daquilo.

Mozka: Vc pode ter se arrependido, mas eu ainda não esqueci. Na verdade, até tinha esquecido, mas daí vc resolveu voltar e me fazer lembrar de tudo aquilo. Aliás, pq vc voltou? Pensei q estivesse feliz com seu amante. Ele sempre te dá os melhores presentes do mundo, não é mesmo?

Eu pergunto com sarcasmo.

Letícia: Mozka, por favor...

Mozka: Me deixa em paz Letícia.

Eu digo indo embora.
Eu pego um Uber, e vou pra casa.
Chegando em casa vou direto pro meu quarto, me tranco lá dentro, enfio a cara no travesseiro e começo a chorar lembrando do q ela fez comigo.
Minha vida estava tão boa, até ela voltar e fazer daquele o pior dia da minha semana, talvez do mês, ou do ano. Não sei! Só sei q hoje está sendo um dia péssimo.

Um Romance A TrêsOnde histórias criam vida. Descubra agora