-quinze

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Bia P.O.V

— Calados! Em plena manhã já estão gritando seus inúteis! —Realmente os gritos estavam  sendo insuportáveis sendo que tinham acordado todos à pouco tempo.

Eu estava com as mãos em minhas orelhas tentando abafar o som enquanto a gritaria continuava.

Estava sendo ensurdecedor.

— Você ainda não se habituou, está na cara. — Comentou Wonho e eu inspirei logo expirando pela boca, não estava aguentando mais.

— Mais uma razão para eu me pisgar daqui.

— Já tem alguma ideia?

— Não, mas logo terei.

— Realize seu plano apenas quando eles tiverem dormindo. — Assenti com a cabeça e logo vi os guardas passando com uma tacinha mísera com algo lá dentro pelas grades.

— Tenha sorte de ainda ter sobrado para você, quer tudo comido. — Só fui até aquela tacinha depois dos guardas se afastaram da minha cela e como sempre, a chutaram.

— Isso é papa, tem vezes que é bom, tem vezes que é ruim. — Wonho comentou bem do nada me fazendo assustar levemente.

— Certeza que não tem veneno?

— Eu como isso todos os dias e também é a única refeição da manhã, ontem não te deram a de tarde pois já tinha passado a hora.

— Entendi. — Peguei a colher meio destroçada e levei o primeiro pedaço até minha boca.

— Papa para bebés, não é mau. — Comentei continuando a comer.

— Pelo menos nos dão esse nininho de comida, pois só nos deixam morrer no campo.

— Eu não vou chegar ao campo. Prometi não morrer.

—  Espero que arranje um plano de quer escapar o quanto antes. Sei que não faz um dia que 'tá aqui, mas pronto.

— E nem quero passar mais tempo, mas vou esperar até todos dormirem.

— É melhor. Ninguém desconfia. Além de mais, você tem de ter um plano muito bom.

— Até lá vou pensar. E acredito que precise da sua ajuda.

— Tudo bem, eu já vou morrer de qualquer forma, não é mesmo? — Eu gostava do poder levar comigo, mas ele mesmo disse que não queria fugir.

Eu não posso o obrigar a uma coisa que ele não quer.

Depois de comer toda a papa deixei a tacinha onde foi me entregue e me sentei na cama pensando como iria ser meu plano. Eu teria que ser perfeccionista se queria que tudo corresse bem.

Quebra de tempo

Passaram horas e eu continuava igual sentada na cama. Olhando o chão atentamente eu desenhava meu plano mentalmente até que finalmente tive uma ideia que esperava resultar para então colocar o plano ressurgido em ação.

— Hora de dormir seus imbecis, não quero gritos! — Quando ouvi isso eu até me surpreendi pela quantidade de horas que demorei para formar um plano que se a ideia não resultar o plano vai por água abaixo.

Eu tenho de ser perfeccionista, mas só irá resultar tudo bem se eu conseguir sair do jeito que pensei.

— Wonho! — Sussurrei. — Não dorme por favor.

— Eu estou acordado. — Sorri fraco e andei até perto das grades.

— Eu consegui formular um plano, mas se a ideia que tenho não resultar o plano vai por água abaixo.

— Você devia ter sido perfeccionista.

— Eu sei que você vai conseguir com que dê tudo certo! — Falei, sempre sussurrando, animada.

— Tudo bem. Fale.

— Use suas bolinhas de fogo para derreter aquela janela de grades, pois assim não faremos barulho.

— Interessante. — Revirei meus olhos pensando que ele já não colaboraria. — Saia da frente. — Sai da frente dele num flash e vi duas bolinhas de fogo andando rapidamente para dentro de minha cela, mas logo andando bem devagar até à janela e só parando quando encosta.

Quando a mesma estava derretida eu sorri para Wonho, pois realmente resultou.

— Obrigada por isso, te devo uma.

— Vai lá e cumpra sua tão esperada promessa. — Sorriu também e eu consegui ver graças às suas bolas recente de fogo que começaram a fazer um mini espetáculo. — Seja feliz, você merece. — Admito que me senti emocionada, mas não poderia baixar minha guarda.

— Um dia eu te salvo, promete não morrer. — Ele riu fraco.

— Vamos ver o que dá. — Comprimi meus lábios e então coloquei meu plano em ação.

Com minhas procurei água por fora das instalações que por sorte eu conseguia até uma certa distância.

Claramente não poderia não pensar que não iria conseguir a água, mas também tinha um plano B. Só que o plano A faria mais sucesso na minha cabeça.

— À direita. — Quase desfiz minha posição quando ouvi Wonho, mas coloquei minhas mãos para o lado direito logo vendo água numa bolinha entrando pela janelinha.

Parti a bolinha em dois e coloquei no perto de meus pés, logo subindo nelas com um pouco de dificuldade pois eu nunca tinha testado isso.

— Agora concentre-se mentalmente e vai conseguir.

— Você sabia?

— Eu só estou vendo e então eu percebi. Pensei que você fosse mais burra, mas afinal é bem inteligente.

— Às vezes dou uma de inteligente. Vou indo. — Levitei-me com as bolinhas nos pés praticamente "me deitei" para conseguir passar pela janela.

Quando eu vi o céu escuro eu quis gritar de alegria, porém não podia tocar no chão, tinha armadilhas e eu assim morreria de certeza.

Liveitei-me, agora já de pé mesmo, até o mas alto que consegui e comecei a me mover para a frente, parando só quando já estava um pouco longe do campo. Caí ao chão por causa de não ter calculado bem a distância que estava do chão, mas mesmo assim não me machuquei, apenas uns arranhões teriam presentes por causa dos galhos.

— Só falta esta coisa ou vão descobrir. — Tentei puxar, nada. Tentei com minhas garras tirar uma delas, mas deu um choque que eu até tremi de potência do mesmo, até que lembrei que minhas presas quando se afiavam era mais fortes que tudo o que se poderia imaginar.

Sabia que ia doer, pois quando se usava a dor era horrível, mas eu teria que os usar, para meu bem.

Assim que eles apareceram eu respirei fundo logo colocando meus dentes naquilo e aguentando a dor choque que estava sentindo, mas só larguei quando arranquei aquele negócio.

Subitamente comecei a correr quando me vi fora das algemas e parei quando senti algo em mim, minhas presas estava se partindo e minhas garras não apareciam mais.

O que está acontecendo?

GOD OF DESTRUCTION | jung wooyoung Onde histórias criam vida. Descubra agora