-doze

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Segunda feira, dia da caça...

Eu não queria, eu não queria esse dia, eu queria recuar no tempo e ter aproveitado muito mais do que aproveitei, eu quero viver como todos eles.

Os tais que eu apelidei hoje de "caçadores" estavam a menos de cinco quarteirões e eu simplesmente não conseguia sair dos braços de MJ, eu não queria ir para lado nenhum fora daqui, eu queria uma oportunidade.

No último dia que vi Wooyoung ele nunca soube que Rocky estava lá, mas foi ele mesmo que aguentou minhas lágrimas, eu não dormi, eu apenas chorei como nunca, ao ponto de pensar que poderia morrer antes apenas por estar chorando.

Eu tinha a blusa de Wooyoung vestida, não queria a deixar aqui. Embora ninguém soubesse de quem ela é, eu sou a única que precisa saber. Ainda contém seu cheiro, é o que está me ligando a Wooyoung...

— Eu acho que vou chorar mais do que estou imaginando sair. — Rocky controlava sua vontade de chorar, já Eunwoo e JinJin choravam olhando pontos fixos, estava me doendo... Mas eu que sou a culpada.

— Parece que hoje é o fim... Vamos perder um membro da família... O que será de nós depois? — Sanha argumentou e eu respirei fundo libertando.

— Eu não sei quantas vezes já falei isso para cada um, mas vocês não têm culpa de eu ser o que sou... Eu realmente devia estar extinta e não aqui, eu estou fazendo vocês sofrer. — Eu me culpava, todas as horas, todos os minutos e todos os segundos. Surgia também o medo de quebrar a promessa que fiz somente a Wooyoung, eu acredito que MJ poderá se meter em problemas caso se eu deixar ele com esperanças, ele pode ser um anjo alado, mas tem probabilidades de dar em louco.

Se eu fugir eu quero deixar o ASTRO livre de sofrer, não quero mais ver eles chorando. Já era a segunda vez que todos estavam desse jeito, não consigo me perdoar pelo facto de agora ser por minha culpa.

— Eu só queria que eles todos dessem uma chance de te conhecer... — Comentou JinJin e no mesmo segundo ouvisse vozes perto, eram os jornalistas.

Me soltei de MJ durante breves segundos e liguei a televisão vendo que estavam filmando a zona onde moramos, eles estavam perto... Muito perto...

— Eu odeio eles! • MJ comentou rapidamente desligando a TV. — Eles vão me tirar a minha irmã, isso não mudará nunca meu ódio por cada um.

— MJ...Não tem nenhuma ideia para tentar "mudar" a espécie dela? — Questionou Moonbin e MJ riu debochado, claramente ele estava com raiva acumulada e sem intenção descarregaria em alguém, e agora irá calhar em Moonbin sem motivo iminente.

— Acha que somos aquele bandinho de vampiros?

— Não fale assim deles Myungjun! — Rocky se levantou me tirando do abraço de MJ. — Se você soubesse o que um garoto fez de bom na vida da sua irmã você não ficaria assim! O que ela chorou foi tanto quanto chorou o resto do dia por nós, respeite os vampiros uma única vez! • Quando raciocinei tudo o que Rocky havia proferido eu fiquei ligeiramente incomodada, mas não por estar escondendo algo, que na verdade escondi, mas sim de receio do que ele dissesse agora. Moonbin sempre me me falou que vampiros para eles eram os maus da história, quem quisesse conhecer ou ter algo com algum seria um erro cometido, um pecado que o grande Deus  dos Humanos iria nos castigar depois... Será que é o que está me acontecendo mesmo sendo meu destino absoluto? O grande Deus dos Humanos quer eu e Wooyoung separados? Mas porque eu terei de morrer para isso acontecer?

Porquê a mim?

Não, espera, aconteceu a ChungHa... Ela também tinha ficado com um vampiro... E ela foi levada ontem ao ponto de eu querer quebrar a TV de raiva e angústia. Se não fosse Sanha eu claramente iria atrás daqueles mau-feitores e iria fazer eles sentirem a dor que um Deus da Destruição pode dar. Agonia que jamais iriam sentir duas vezes, uma morte torturante e dolorosa, ao ponto de não aguentarem mais no chão se contorcendo e assim a morte os levar a eles e não a nós.

Se alguém fizer isso é porque realmente deixou um Deus da Destruição na pura raiva submetida.

E era como eu estava ficando.

— Porque Diabos do inferno você teve contacto com um vampiro? — MJ falou, mas logo levou sua mão à testa. — Agora não vale apena o sermão... Já está feito e eu não quero ficar chateado num dia como esse. Desculpa. — Suspirou. — Mas... Porque não contou?

— Pensamentos proibidos sempre são mal compreendidos. — Proferi a famosa frase de Moonbin e olhei o chão. — Mas quando eu conheci Wooyoung eu deixei essa coisa proibida de lado, eu não sou uma Zombie, mas mesmo assim o destino não nos quer juntos, mas eu posso ter certeza que tal como seus pais estavam apaixonados, eu estou por Wooyoung... — Acabei deixando uma pequena lágrima cair, iria falar mais, mas logo uma batida bruta na porta é ouvida e Sanha se levanto rapidamente me colocando por trás dele.

— Você pode ser esquecida, então não saia de trás de mim. — Falou baixo andando calmamente atrás dos outros meninos.

— Família ASTRO não é mesmo? — MJ assentiu positivamente com a cabeça. — Quantos membros são ao todo?

— Somos seis homens.

— Hm... Eu vou apontar como seis a lápis, se estiver mentindo será pior. Há indícios que existe uma Deusa da Destruição a viver aqui, o cheiro é presente. — Eu não conseguia ver a expressão de MJ, mas tinha clara certeza que ele estava revirando os olhos ou mesmo os arregalando.

— Somos sete, mas a garota não é dessa espécie, ela é minha irmã.

— Logo veremos. Vamos medir sua febre, é um dos indícios se você é ou não. Se medir entre 32 a 34 graus é vampiro, se medir de 35 a 37 é um Zombie, se medir a partir de 38 para cima é de espécie diferente ou rara, como Zombie alado ou vampiro alado.

— Estão extintos pelo que sabemos, meu pai era um por exemplo. — MJ se eu fosse você continuaria falando, e tente o fazer desistir por favor. Eu via jornalistas por fora, claramente estava passando tudo ao vivo e eu não queria que alguém do ATEEZ me visse a ser levada dessa maneira, eles vão descobrir logo pela minha febre que não é muito bruta, mas é entre os 38 e 38,5 graus, logo vão desconfiar.

— Muito bem, agora os outros que eu não tenho o tempo todo. — Fez em todos apontando de cada um e quando chegou em mim ele nem apontou a pistola de febre para mim, ele apenas cheirou o ar. — Nem preciso de medir sua febre. — Pegou minha mão me cortando o dedo logo saindo sangue preto devido ao ferimento ter sido de forma bruta. — Eu falei! Tem aqui mais uma.

— MYUNGJUN ME AJUDA! — Gritei assim que me seguraram, mas não consegui ver eles mais depois de me colocarem algo em meu nariz... Chegou a hora do meu fim...

GOD OF DESTRUCTION | jung wooyoung Onde histórias criam vida. Descubra agora