-dezanove

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— Quebra de tempo —

Ao ouvir Hongjoong me chamar eu tive que descer. Mesmo que fosse contra a minha vontade, achei melhor descer para não deixar suspeitas.

— Precisa de algo?

— Sim. Não deixe ninguém sair enquanto eu, San e Seonghwa já voltamos. E encarregue de avisar Yeosang para ele semear as moedas.

— Mas porque o Yunho não fica responsável? Ele é o mais velho entre eu eu, Mingi, Yeosang e Jongho.

— Você ainda não fez nada praticamente. E antes de dormir temos de ir buscar alimentos e ainda semear moedas. — Fiz uma careta quando ele se virou e caminhou em direção às porta. "Você ainda não fez nada praticamente", mal ele sabe o que eu já fiz hoje. Eu salvei ela, eu estou cuidando dela bem debaixo do seu nariz, Hongjoong.

Depois de me distrair diante meus pensamentos, me dirigi até o quarto de Yeosang, que pelo meu instinto, ele estava lá.

Abrindo a porta, vejo o mesmo limpando o pó da sua mesinha de cabeceira. Tossi forçado, o assustando de leve, rindo fraco ao ver sua reação.

— O que foi? — Perguntou, dirigindo seu olhar para mim.

— Estou encarregado de ser o responsável pois o Hongjoong diz que ainda não fiz nada hoje. — Me sentei na sua cama, que estava trocada de lençóis, bem cheirosinhos.

— E é verdade, você se encontra mais feliz, mas não sai do sótão. Está escondendo lá alguma coisa?

— Claro que não. — Menti. — Apenas me habituei a ir para lá. E isso não implica que eu não tenha feito nada hoje.

— Se é assim que diz. — Largou o utensílio e o colocou no em cima de uma pequena pá que estava limpa. — Tenho de fazer algo ou você vai ficar plantado no meu quarto?

— Você tem que ir semear as moedas. Eu já vou lá ter com você. Tenho de ir avisar os outros que eu sou responsável e pedir quase berrando para que me respeitem. — Me levantei e saí do seu quarto, indo em direção às sala pois ouvia a risada de Mingi de lá, então supus que estivesse lá todos os outros, mas somente estava ele e Yunho.

— Estou responsável, avisem o Jongho e no mínimo quero respeito ou começo aqui a berrar. • Falei num tom alto para chamar a atenção deles.

— Porque não fiquei eu? — Yunho questiona.

— Porque o Hongjoong diz que ainda não fiz nada hoje.

— O pior é que é verdade. - Mingi comentou. — Mas deixar essa confiança em você é bem bom para aprender e crescer.

— Você nunca foi responsável. — Yunho falou rindo.

— Pois eu já cresci o suficiente.

— Só se foi de altura. — Falei rindo fraco, praticamente acompanhando Yunho.

— Fala o menino que é dez centímetros menor que eu. — Meu riso sessou e eu saí dali, sempre tinha alguém para zoar minha altura. Sendo que eu sou maior que o Hongjoong e da mesma altura que o Yeosang.

Estes garotos.

Fui até o sótão em biquinhos dos pés para ninguém notar que estava ali. Ao subir vejo a garota sentada na cama, encostada na parede, enquanto olhava um ponto fixo qualquer.

— Está tudo bem?

— Sim. Só pensando em algumas coisas. E você?

— Fui deixado como responsável.

— Isso é bom. — Me olhou e deu um pequeno sorriso. — Não precisa se prender aqui, eu fico bem.

— Eu vim aqui te avisar sobre isso mesmo. — Me sentei do seu lado. — Queria te levar junto, mas não posso ainda. Prometo que um dia eles irão saber e irão ficar muito felizes. Mas está recente, não quero que pensem que fui te buscar. Só passar alguns dias e tudo se resolve.

— Faça como bem entender Woo. — Pegou na minha mão, fazendo um carinho na mesma. — Você não pode deixar de fazer as suas coisas só porque está cuidando de mim debaixo do nariz dos outros. Desde que conte um dia para eles, ficarei sempre do seu lado. Pois também não conseguiria ficar contra. Você me salvou mesmo da morte. Eu podia ainda estar lá, morrendo, sobretudo, ao frio.

— Ainda bem que te encontrei. — Sorri e aproximei meu rosto dela, mas não sabia se era o momento certo para fazer aquilo que pensei. — Vou indo, prometo não demorar. — Selei tua testa, tentando não me render à vontade de beijar seus lábios, sentia saudade da beijar, mas como eu tinha referido, estava bem recente. Não quero já alongar demais as coisas, tudo no seu tempo, e quando ela recuperar totalmente, aí sim, já é um momento indicado.

— Tudo bem. — Após sua fala me levantei me soltando do seu carinho em minha mão. Ainda sentia a sensação, mas não podia me render, eu tinha que continuar com meu segredo e sobretudo não me descair.

Desci do sótão encontrando Yeosang passando, mas o mesmo pareceu não me ver.

Suspiro de alívio e ando atrás dele devagar, que foi rumo até lá fora.

— Tem aí as moedas? — Yeosang me olhou, parecendo que não estava esperando minha presença, mas logo me mostrou o pequeno balde com moedas.

— Aqui. — Respondeu simples.

— Vou te ajudar. Assim não falam mais que não fiz nada hoje. — Yeosang riu e entregou uma mão cheia de moedas para mim. Nós separamos e começamos a semear as mesmas.

Enquanto eu semeava cada uma, acabava pensando como contaria para os membros um dia destes.

Sobretudo, qual seria a reação deles. Pois isto está mesmo debaixo do nariz deles.

GOD OF DESTRUCTION | jung wooyoung Onde histórias criam vida. Descubra agora