Revelações

249 47 222
                                    

Sua língua explorava minha boca com paciência, eu sentia seu hálito fresco de quem havia acabado de escovar os dentes e me senti mal por provavelmente estar exalando álcool, afastei esse pensamento conforme Bernardo me deitava devagar sobre o colchão e se colocava sobre mim. O beijo se demorava deliciosamente conforme nossas mãos passeavam um pelo outro, ele mantinha uma mão firme nos meus cabelos enquanto a outra percorria o meu corpo, eu tinha as duas em suas costas apertando o contra mim já o abraçando com as pernas.

O clima era romântico, alguma música tocava baixo no rádio da camionete, creio que era Somewhere Only We Know – Keane. As luzes, as estrelas, o lugar afastado, como ele se demorava no beijo... tudo isso construía o cenário perfeito para o que ele chamou de encontro de verdade, eu daria outro nome encontro perfeito.

Não quis apressar nada, me mantive no beijo explorando sua boca com a mesma calma que ele explorava a minha. Quando finalmente se afastou da minha boca parou com as duas mãos na lateral do meu rosto, os olhos negros fixos nos meus, a pupila dilatada e a respiração forte confirmavam o tesão. Com uma voz rouca quase inaudível sussurrou:

- Eu poderia te beijar pelo resto da noite.

Não respondi, apenas me ergui para alcançar novamente sua boca com a minha. Finalmente senti sua mão sob minha blusa que foi arrancada rapidamente seguida do meu sutiã, aproveitei para desabotoar sua camisa de flanela botão por botão conforme ele desabotoava minha calça. Não demorou até que eu estivesse completamente nua e Bernardo estivesse com a cabeça entre minhas pernas, eu não sei dizer se o arrepio que se espalhou pelo meu corpo era da brisa gelada da madrugada ou da língua habilidosa que ele tinha.

Quando achei que não aguentaria mais me segurar, puxei seu cabelo levemente para que ele voltasse a me beijar, em questão de segundos ele desabotoou sua calça, vestiu o preservativo e já estava dentro de mim me fazendo gemer baixo. Eu arfava enquanto nos movimentávamos em sincronia, era quase impossível conter os sons até que ele lembrou no meu ouvido:

- Ninguém vai te ouvir além de mim.

Eu vesti sua camisa, ele deitado com o torso nu me encarava paciente, deitei em seu peito e olhei novamente o céu em silêncio

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Eu vesti sua camisa, ele deitado com o torso nu me encarava paciente, deitei em seu peito e olhei novamente o céu em silêncio. Enquanto encarava a lua cheia percebi pelo canto do olho ele abrindo e fechando a boca algumas vezes, me virei de bruços para poder encará-lo.

- To com fome. – comentei.

- Eu também – ele sentou e puxou a cesta para perto de nós. - Dá uma olhada no que tem aqui.

- Morangos, creme de avelã, snacks, um vinho... - contei conforme eu via.

- Torta de palmito - ele apontou um pote fechado

- Jura? Eu amo torta de palmito!

- Eu sei... por isso eu trouxe.

- Você fez tudo isso sozinho? – perguntei mordendo um pedaço da torta.

Um Lugar para Nós DoisOnde histórias criam vida. Descubra agora