Jonas

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Eu estava sentada no sofá de casa com a detetive Samantha à minha frente, ela era a responsável por investigar meu sequestro. Eu havia acabado de descrever o homem dos cabelos descoloridos e o local para onde fui levada, o barracão, a plantação em volta, a estrada e as luzes próximas, o bosque... todos os detalhes que eu me lembrava.

– Se lembra do carro? – Ela perguntou.

– Era um sedan preto, não sei dar mais detalhes. Marca, modelo, ano... eu não entendo nada de carros.

– Conseguiu ver a placa?

– Também não, na verdade nem me passou pela cabeça olhar a placa.

– Tudo bem, isso já é o bastante. Amanhã falaremos com o senhor Bernardo Costolli também e vemos se ele pode agregar mais informações – ela disse lendo em suas anotações – Tem algo mais que queira acrescentar?

– Tem – me lembrei das coisas que ouvi – o sequestro foi encomendado.

– O que? Por quem? – Meu pai que estava ao meu lado se surpreendeu.

– Não sei, mas eles mencionaram algumas vezes um "playboyzinho", dizendo que ele tinha me escolhido, que ele impedia que me matassem e após eu tentar fugir eles falaram com ele por telefone, os bandidos queriam um pagamento maior.

– E você tem alguma ideia de quem possa ser essa pessoa?

– Não, não consigo pensar em ninguém.

– Certo. Obrigada pela colaboração, senhorita – ela disse se levantando. – Se lembrar de algo mais que possa ser relevante, por favor me ligue. Teu pai tem o meu cartão.

– Obrigado, detetive – meu pai agradeceu.

– Vamos encontrar os responsáveis. Tem minha palavra – ela disse olhando para mim.

– Sim, – concordei confiante – obrigada.

Eu, meus pais e Jonas estávamos na mesa de jantar comendo o que minha mãe havia preparado, eu senti tanta falta do arroz dela que não tinha como descrever

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Eu, meus pais e Jonas estávamos na mesa de jantar comendo o que minha mãe havia preparado, eu senti tanta falta do arroz dela que não tinha como descrever. Mentalmente agradecia por estar de volta e ilesa. Apesar das cenas que rodavam minha mente, eu sabia que não passava de lembranças ruins que eu superaria em breve.

– Jonas, vai mesmo passar a noite aqui? – Minha mãe perguntou – Eu vou preparar o quarto de hóspedes.

– Na verdade, mãe, eu pedi para ele ficar no meu quarto – e expliquei – não quero ficar sozinha.

– Tudo bem, filha. Eu entendo – ela sorriu gentil como sempre.

– Bom, então já que você tem companhia, eu já vou dormir – meu pai disse me dando um beijo na testa.

Meus pais subiram as escadas enquanto eu e Jonas ficamos sozinhos na mesa de jantar.

– Obrigada por vir – falei com a voz embargada.

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