Jogo da garrafa

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eu e Day estávamos de mãos dadas encarando a enorme porta da casa de alguém q não conhecíamos, olhamos em volta e não tinha nenhum conhecido nosso. alguma coisa dentro de mim mandava eu dar meia volta mas eu continuei ali encarando aquela porta de alguém bastante rico

oq não é novidade pra mim já q meu pai adora esbanjar riqueza lá em sp, algo q eu já não gosto. imagina entrar na casa de quem não conheço

mexi meus dedos meio apreensiva e Day me olhou e aproximou sua cabeça do meu ouvido pra falar, pq a música lá de dentro estava alta o suficiente pra incomodar quem estava fora

-Quer que eu solte sua mão?

-Pq eu ia querer isso?

encarei ela agora com a sobrancelha franzida fazendo cara de confusa então ela deu de ombros e falou meio sem jeito

-Não sei, suas mãos estão suando. Está desconfortável?

-Não não, estou bem

relaxei a expressão até q me toquei e voltei a falar

-Droga, minhas mãos estão suando? Não está com nojo?

ela deu uma risada como se eu fosse a menina mais bobinha do mundo e falou descontraída

-Pq eu teria nojo disso?

-Dreicon odiava segurar minha mão quando eu ficava nervosa

ela ficou um pouco séria e fez um biquinho, aquele q eu tenho vontade de esmagar a cara dela e dar uns beijos

-Eu não sou o Alexandre, ele é um mané

-Você também é mané mas eu gosto de você

ela fez uma cara falsa de ofendida e sorriu comigo. então um garoto passou correndo entre a gente fazendo nós soltarmos nossas mãos e esbarrou em Day

mas ele entrou tão rápido na casa q nem pediu desculpa, Day bufou e foi na frente abrir a porta devagar

ela terminou de abrir e a casa era enorme, do lado de fora já dava pra ver o terraço. fiquei atrás dela com as mãos em seu ombro pra ela me guiar

ficamos andando bem lentamente indo pra sala que não tinha sofá, apenas adolescentes e adultos? peraí, tinham adultos? engravatados e barbudos, meio velhos e vários adolescentes em volta. assim como nas reuniões do meu pai só q com pessoas bêbadas e música

ainda atrás de Day eu me apoiei em seu ombro e fiquei na pontinha do pé pra sussurrar em seu ouvido

-Pq tem adultos aqui?

ela deu um giro fazendo eu ficar com minhas mãos em seu ombro de frente e na ponta dos pés, ela repousou sua mão na minha cintura de leve me encarando

-Eu não sei, eles parecem os homens de preto. Todo engomadinhos

-Isso não é estranho pra você?

ela deu de ombros e inclinou a cabeça como quem diz "blé, nem tanto" e falou meio despreocupada

-Eu já vivi coisas mais estranhas

dei um sorrisinho e levantei a sobrancelha e abaixei várias vezes rápido e falei com a voz maliciosa

-Depois me conta essas suas histórias estranhas

ela riu e abaixou a cabeça, então eu saí da ponta dos pés e fui pro lado dela. ela se virou e eu também e continuamos procurando qualquer sinal dos nossos amigos quando Day vê Dreicon em um canto servindo bebida pra Jão e ela arregala o olho

olhei pra ela e então ela coçou a garganta e apontou pra eles e falou meio sem graça

-Ah eu tenho que falar com eles. Quer que eu fique aqui até você achar companhia?

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