Trato feito

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o sangue q corria em minhas veias queimava de tanta raiva, eu estava com tanto ódio q torcia pro meu pai a essa altura estar morto no meio do tiroteio ou preso, qualquer opção tá valendo. mesmo eu não tendo provas contra ele eu sabia q alguém armou pra Day e eu sentia q era o homem mais velho. pedi carona pra Bruno me deixar no hotel em q ele se hospedava pra ver se ele tinha se safado dessa

eu agora espancava a porta do hotel sem me importar com o horário, minha mãe abriu a porta preocupada e quando me viu ali pareceu totalmente assustada

-Querida, já passou da meia noite. O que tá fazendo aqui?

-Cadê meu pai?

-Nossa, nem um boa noite?

-Não estou com tempo, cadê meu pai?

perguntei firme, eu nunca havia falado raivosa com minha mãe antes e na verdade eu sempre fiz questão de respeitar a mulher já q meu pai nunca fez isso. mas agora eu estava tão brava e nervosa q não tinha tempo pra qualquer papo mãe e filha

ela pareceu chateada com minha atitude mas como eu nunca agi assim antes deve ter pensado q era algo sério, e era. então ela falou agarrando seu grande casaco no corpo e falou calma como sempre

-Está no escritório dele em reunião, é no último andar. Use isto

ela tirou do casaco um cartão de acesso e é a primeira vez q minha mãe me dá tal liberdade pra interromper uma "reunião" do meu pai, dei um beijo na testa da mais velha desejando boa noite e pedi pra ela não se preocupar, caminhei pelos corredores do chique hotel. vez ou outra pessoas acenavam pra mim falando um "Biazin" como se eu fosse conhecida na área mas eu não fazia ideia de quem eram

apertei o botão do elevador esperando ele chegar no meu andar quando a porta abriu e eu entrei, apertei rápido e nervosa o botão do último andar mordendo a bochecha por dentro raivosa. a porta se abriu e tinha um segurança na porta do elevador de óculos escuros

-Não tem autorização pra entrar nesse andar senhorita

eu nunca fui mesquinha, vocês me conhecem de verdade mas eu não estava com tempo. peguei o cartão q minha mãe me entregou e falei apontando ele pro homem falando confiante

-Caroline dos Reis Biazin, é melhor você deixar eu passar ou eu te arremesso desse andar com um dedo

o rapaz abaixou seu óculos escuros pra me olhar mais atentamente e me deu passagem, eu caminhei em passos duros até o meio do corredor aonde tinha uma porta com a placa "Biazin", eu nunca senti tanta raiva de um sobrenome em uma noite

sem bater abri a porta e a secretária levou um susto colocando a mão no peito, era uma menina nova e bem bonita. parecia ter saído de um pornô mas eu não estava com tempo pra flertar, na verdade isso nem passou na minha cabeça. só caminhei e a mulher se levantou na mesa e colocou uma mão no meu caminho

-Isaías está em reunião senhorita, terá que aguardar

-Sou filha dele, da licença

empurrei a mão da mulher q abriu a boca um pouco chocada pela minha atitude grosseira e passei entrando em uma sala coberta por um vidro transparente, conseguia ver meu pai sentado em uma cadeira bebendo uísque com mais dois rapazes q não consegui identificar pois estavam de costas

oq me chocava era como meu pai marcou essa "reunião" tão rápido pra disfarçar seu encontro de hoje, o homem era esperto. já tinha um hobby pronto pra caso precisasse responder algo. abri a porta e os dois rapazes se viraram me olhando, era Nicolas e um homem mais gordinho q creio q seja seu pai

-Carol minha querida sente-se, acabamos a reunião agora e resolvemos beber um pouco

-Não começa com esse papo furado

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