Deja vu

The night we meet

eu estava feliz, ter o cabelo da ruiva brilhando com o sol q iluminava o quarto e o cheiro de seu perfume sobre mim fazia serotonina escorrer por todo meu corpo. abri os olhos devagar e como sempre Carol ainda estava dormindo, era quase como um ritual a mais nova demorar pra acordar e eu a admirar um pouco

me levantei tirando meu peso de seu tronco e fui até seu espelho ajeitando meus cabelos jogando eles pra um lado, voltei até a beira da cama analisando a expressão bravinha da ruiva. ela geralmente dormia calma com a boca aberta mas hoje ela estava com a boca trincada e cenho franzido mas de qualquer maneira ela continuava linda porém havia algo em seu rosto limpo q mexia comigo. as pequenas marcas roxas q Dreicon deixou nela me davam calafrios e um pouco de ódio mas agora poderíamos ficar juntas e ele não encostaria nela

eu andava devagar pelo lugar pra não acorda-lá, abri a porta do quarto e fui andando pelo corredor até passar pela cozinha onde Rafael tomava seu café de maneira rápida, ele estava engravatado e se virou pra me olhar depois de jogar sua xícara na pia

-Bom dia Day

-Bom dia

me apoiei com uma mão na parede da cozinha e Rafael parecia meio apressado mas mesmo assim mantinha sua boa postura pra bater um papo comigo

-Carol está acordada?

-Não, sabe como a ruiva é

falei dando um leve sorriso dando de ombros e o garoto assentiu, Rafa estava parecendo mais um robô q qualquer coisa e seu jeito meio estranho estava engraçado porém um pouco bizarro

-Você não vai trabalhar?

perguntei arqueando a sobrancelha pra ele q fez um sinal de positivo com a mão pra depois espalmar na outra batendo palmas e falou se aproximando mais de mim

-É claro que vou cunhadinha

ele parecia tentar tocar no assunto de maneira leve mas estava fazendo errado já q estava bem assustador e ele firmou bem a frase na palavra "cunhadinha", abri a boca assentindo e falei rindo dele

-Então é por isso que você tá igual um boneco de posto? A Carol te contou pelo visto

-Contou o que? Que você tirou a inocência da minha irmãzinha? Sim, ela contou

Rafael não parecia bravo, na verdade parecia querer me intimidar com seus braços cruzados e nariz torto me olhando empinando. eu estava descontraída então me desapoiei da parede indo até a pia pegando uma xícara limpa e indo até a cafeteira

-Na verdade foi sua irmã que abusou de mim

o rapaz gargalhou alto e falou como se debochasse

-Tá tá, vamos ter essa conversa mais tarde. Tenho que trabalhar, tenha um bom dia e fique a vontade

-Já estou a vontade gordinho

-Mais um vacilo e mando Caroline terminar com você

-Vai sonhando

a voz do rapaz ia se afastando junto com o barulho de seu sapato caro batendo no piso, eu ri sozinha das falas do mais velho e continuei montando um café da manhã decente pra Carol com oq tinha ali. panqueca quentinha do jeito q ela ama com um pouco de caramelo em cima e um café bem preto, não era como o da minha mãe mas Rafa sabia fazer um café da manhã agradável

fui segurando o café com uma mão e o prato com a outra enquanto ia até o quarto da menina, abri a porta com a bunda mesmo e me virei vendo a menina ruiva bocejando sentada em perna de índio sobre a cama

-Olha quem acordou, que milagre. Considerei até um coma, acredita?

ela fechou a cara com os olhinhos fechados apertando eles forte com um biquinho fofo no rosto e se espreguiçou jogando os braços pra cima e falou com a voz manhosa e rouca