Patins de unicórnio

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-HUUMMM pq sua mãe nunca me vendeu esses bolinhos?

falei limpando minha boca com as costas da mão olhando pra Day q deu de ombros e falou terminando sua rosquinha

-Pelo que eu saiba pra ela te vender você tem que comprar

ela falou com a mão na frente da boca pq estava com a rosquinha na boca mastigando, eu ri e ela engoliu. Resolvi falar

-Obrigada pelo café, eu tava mesmo precisando disso

ela limpou a boca e amassou a embalagem da rosquinha colocando no porta luvas do carro

-Que nada, depois do ensaio de hoje a gente merecia

estávamos agora dentro do seu carro no farol, tínhamos acabado de sair da Blackwell quando ela resolveu comprar um lanche pra gente e viemos aq comer olhando o fim de tarde se terminando em um lindo por do sol

depois de dormir na casa dela fomos pra escola juntas e teve o ensaio q foi incrível mas ainda estamos decidindo as músicas

eu estava observando o por do sol bem no seu final quando o celular de Day vibrou e ela tirou do bolso da sua calça

-É minha mãe

-O que ela quer?

-Ah droga

me virei no banco ficando de frente pra ela q estava com a cabeça baixa digitando em seu celular, eu apoiei minha cabeça em meu joelho a olhando

-Ela quer que eu vá no culto hoje

-Mas nem é domingo

-Essa igreja tem culto de quase todos os dias da semana

ela jogou o celular em seu lado no banco e me encarou dando um leve sorriso e falou

-Quer ir comigo?

-Na igreja?

pensei um pouco, até q não era uma má ideia. falei dando de ombros

-Claro

-Sua família é religiosa?

-Mais ou menos, católicos não praticantes. Eu frequentava a igreja católica quando era menor, participei até do coral

-Quando conhecer sua mãe ela vai ter que mostrar fotos sua menor

-Ela com certeza vai adorar te mostrar isso

ela riu e ligou o carro apoiando as duas mãos no volante, ajeitando o retrovisor e falou

-Vamos buscar minha mãe e vamos para igreja, tem problema?

-Não

me apoiei no banco e ela nos levou para sua casa pra buscar sua mãe, ela já estava no lado de fora com uma bíblia embaixo do braço esperando. quando chegamos ela entrou no carro e eu cheguei pro lado pra ela sentar, ficando mais perto de Day

(gente é uma caminhonete velha, não tem banco de trás)

eu estava agora então no meio entre Day e Selma q ficou falando o caminho inteiro sobre como estava com saudades da igreja e coisas do gênero mas eu não estava prestando atenção, não pq sou mal educada ou não me interesso no q Selma fala

mas pq sua filha mesmo respondendo genericamente tudo q a mãe dizia estava com uma mão no volante e outra sobre minha coxa fazendo um leve carinho q estava me deixando totalmente desconcertada, meu deus eu realmente preciso de uma igreja

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