Deja vu

Ataque de pânico

faz uma semana e três dias q não vejo Day, meus pais ou qualquer ser humano além de meus irmãos. eles sabiam do caso de Arthur então deixaram eu faltar por uma semana e eu não fiz questão de sair do quarto preocupando eles. agora era um dia frio e nublado porém sem chuva em um domingo, normalmente eu iria pra Beachwood mas eu não estava no clima

eu estava com o moletom de Day q ela me emprestou em uma das noites q dormi com ela, com um short e um choque mal feito deitada em minha cama coberta até os ombros. eu olhava minha grande janela e ainda estava bem escuro indicando q era bem cedo

escutei a porta ser aberta e me mexi na cama pra poder encarar a silhueta do meu irmão mais velho Rafael com a expressão preocupada na porta

-Já está acordada?

-Acabei de acordar

-São sete horas da manhã

ele falava calmo e parecia apreensivo, mordi a bochecha por dentro e falei

-Você não vai trabalhar?

-Vou mas já já estou em casa de novo

-Ok

-Dreicon está na porta

arregalei os olhos em choque e perguntei um pouco preocupada

-O que ele tá fazendo aqui essa hora?

-Ele quer falar com você e queria vir comigo em casa pra não ser desrespeitoso

-Tudo bem

-Pode deixar ele entrar?

-Pode

Rafael saiu deixando a porta semi aberta e eu me ajeitei me sentando na cama ainda coberta e escutei passos até minha porta e a voz grossa de Dreicon se alastrou pelo quarto

-Oi, bom dia

-Bom dia

falei fraco ainda com a voz rouca um pouco, Dreicon se encontrava na frente da porta com meu irmão atrás dele. a voz de Rafael soou

-Podem ficar aí a vontade

Dreicon entrou e antes de Rafael fechar a porta ele deu um aviso

-Vou fechar a porta pq sei que Caroline não está com disposição pra transar mas não se aproveitem da minha boa vontade

Rafael fechou a porta e eu gritei mesmo sabendo q ele não ouviria

-BOM TRABALHO

comecei a mexer meus pés de um lado pro outro e Dreicon se sentou devagar na cama me olhando e eu não mantinha o contato visual talvez por vergonha ou não sei

-Você sumiu a semana inteira

-Não estou bem

analisei sua expressão e ele parecia cansado, o maior olhou todo meu quarto e falou colocando as mãos sobre o colo

-Eu sei que ficou abalada com a morte do Arthur mas creio que isso não tenha a ver com ele

-Você tá certo

me mexi na cama indo ao seu lado me sentando na beira da cama dessa vez mantendo um pouco do contato visual

-O que aconteceu aquele dia que me pediu pra te deixar na Day?

-Eu não posso falar

-Vocês terminaram?

-A gente não...A gent-eu não sei

o menino assentiu e eu me aproximei mais dele fazendo nossos joelhos encostarem e falei tentando manter a calma, na verdade eu estava calma diria até um pouco cansada