Colar

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Marco tinha a cabeça baixa, enquanto sua mente tentava digerir aos poucos as várias coisas que o Springer havia lhe contado

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Marco tinha a cabeça baixa, enquanto sua mente tentava digerir aos poucos as várias coisas que o Springer havia lhe contado.

Quando o garoto chegou e anunciou que precisavam conversar, imediatamente pensou que fosse sobre o acastanhado, e acertou, já que o assunto envolvia Jean, e o fato de Connie aceitar que ele estava gostando de outra pessoa.

— Não quero forçar ele a gostar de mim...— O menor suspirou, olhando para o moreno sentado na cama em sua frente. — Ele só sente amizade, já gostei de muita gente mesmo. E eu superei todas elas. — Aquilo era verdade, não era possível contar no dedos, as várias  pessoas que o Springer havia dito que estava apaixonado nos últimos dois anos.

Reiner continuava no seu beliche, fingindo estar dormindo, desde que o outro bateu na porta, sono que era apenas uma desculpa para que pudesse ouvir a conversa dos dois.

— Eu sei que você vai superar rápido. — O Bodt sorriu gentilmente, tentando passar confiança para o amigo. No entanto, o sorriso que foi totalmente destruído com a frase que vinha a seguir.

— Vou sim, é fácil, eu só espero que ele não goste de alguém que eu conheça, seria horrível se minha relação com algum colega acabasse por conta disso.

A frase triste saiu da voz do Springer, que continha aquele sentimento de perda e amor não correspondido. O coração do Bodt foi consumido pela culpa excessiva, o coroendo pouco a pouco. Seu corpo paralisado, sem se mover, ou conseguir dizer nenhuma palavra.

Nos poucos segundos que a fala do Springer durou, sentiu um emaranhado de sentimentos, uma sessão horrível de traição, perda e tristeza, não desejaria aquilo a ninguém.

Estava tão perplexo, que mal notou quando o amigo se aproximou, o abraçando. Os braços do Springer o apertaram.

Marco amava aquele tipo de contato, entretanto, só conseguia desfrutar do mesmo quando estava ciente que o merecia. Mesmo sem vontade, ele retribuiu o gesto carinhoso de Connie, o abraçando da mesma maneira.

Ficaram alguns segundos ali. Até o menor se soltar, sorrindo para o Bodt.

— Obrigado por me ouvir.

— De nada...— O maior disfarçou o tom triste em sua voz, tentado não lembrar do mau amigo que se demostrou ser na biblioteca, já que quando beijou o Kirstien, só se lembrou de Connie muito depois.

O moreno seguiu o Springer até a porta,  se despedindo do mesmo e a fechando em seguida. Conseguia ouvir os passos do garoto se afastando.

— Ei! — O loiro chamou baixinho, retirando sua cabeça dos lençóis que a cobriam junto com seu corpo. — Você se deu muito mal dessa vez.

— Eu sei Reiner...— O Bodt se jogou no colchão, respirando fundo. Colocando o lençol branco que havia ali, totalmente por cima de si.

"O que eu faço agora?"  Pensou, balançando a cabeça levemente.

Conselheiro amorosoOnde histórias criam vida. Descubra agora