Coragem

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Jean andava calmo pelos corredores da escola, estava mais silencioso que de costume, era assim em semanas de jogos, os alunos sempre eram libertados, por isso o acastanhado estava indo até seu dormitório, pegaria algumas coisa e partiria até sua casa

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Jean andava calmo pelos corredores da escola, estava mais silencioso que de costume, era assim em semanas de jogos, os alunos sempre eram libertados, por isso o acastanhado estava indo até seu dormitório, pegaria algumas coisa e partiria até sua casa.

Ficou um pouco curioso quando avançou mais um pouco, vendo Colt conversar com Connie na escada que estava embaixo. Iria cumprimentar os amigos, no entanto a conversar dos dois acabou o impedindo.

— Eu falei aquilo para ele, eu menti para o Marco.

Parou onde estava, se escondendo um pouco mais para poder ouvir a conversa, não era do tipo fofoqueiro, mas aquilo despertou seu interesse.

— O que disse a ele? — O loiro falou baixinho

— Que não seria amigo de alguém que gostava da mesma pessoa que eu.—  O Springer simplificou. Colt ficou em choque, assim como o acastanhado ali escondido. — Sei que o Jean gosta dele.

O Kirstein ficou pensativo, não achou que Connie fosse capaz de fazer algo assim, seu amigo era a pessoa mais sincera que conhecia. No entanto, a mensagem que Marco recebeu na noite anterior dizia ao contrário, se o Springer havia feito aquilo, já havia se arrependido.

— Eu o mandei uma mensagem, acho que ele está magoado. Não me respondeu.

Jean congelou, culpa o preencheu, se sentiu um completo idiota, queria se desculpar, mas olhar nos olhos do amigo é dizer que aquilo estava acontecendo mesmo, era duro demais, não tinha coragem. Sem falar que o Bodt poderia facilmente se magoar também, não queria isso, muito menos deixar o Springer triste. Seria bem mais fácil se pudesse escolher quem gostaria de amar.

Saiu dali rápido, deixaria para trás suas coisas, não era impossível passar uma semana sem elas. Respirou fundo, tentando ignorar aquela situação, mesmo que ela percorresse sua cabeça a todo momento.

Depois de algum tempo sequer olhava para o  caminho corretamente, resultando em acabar esbarrando em alguém.

— Aí! — Ouviu em um resmungo, reconhecendo rapidamente o dono do timbre.

— Marco? — Sorriu, vendo o outro retribuir, o Bodt era muito gentil, sempre sorrindo e demostrando afeto. Era um exemplo de pessoa calma e centrada.

— Ah, eu vim pegar alguns materiais. Presciso estudar para as provas. — Provas? O Kirstein sequer se lembrava delas, se sentiu um pouco bobo, afinal, só falavam da mesma na semana anterior.

— Eu vim pegar alguns materiais também, mas não me lembrava delas.

— Onde estão eles? — O Bodt perguntou.

— Eles?

— Seus matériais Jean. — O moreno respondeu meio óbvio, o Kirstein era bem lerdo a maioria das vezes.

— Que materiais? — Marco chacoalhou um pouco os cadernos e livros sobre seus braços. — Ah...Acho que não vou precisar. — Sorriu, tentando disfarçar, não queria voltar e encontrar com os dois garotos na escada.

— Mas você precisa estudar, suas notas estão péssimas. — Deus, por alguns segundos lembrou de sua mãe, a mais velha falava do mesmo jeito.

— Você pode ir lá em casa me ajudar a estudar. — Eles começaram a andar em direção ao lado de fora.

— Tenho certeza de que você vai fazer tudo menos estudar. — O moreno falou um pouco irritado, sempre que o Kirstein se encontrava com ele por qualquer motivo que fosse acabava em algo pervertido.

Sentiu as mãos grandes sobre sua cintura, por trás de si, e um beijo rápido na nuca. Resultando num arrepio.

Marco logo afastou o garoto dele, surpreso com a ação repentina.

— Jean. Alguém pode nos ver. — O rubor atingiu o rosto do Bodt, fazendo o acastanhado dar outro, beijo, desse vez em sua bochecha repleta de sardas, desviando rapidamente do tapinha que o garoto tentou o dar em seguida. — Não quero que o Connie descubra.

Novamente aquilo estava na mente do acastanhado, o sentimento de culpa, devia contar. Seu semblante se tornou triste, atraindo a atenção do outro.

— Está chateado com isso? Me desculpe. — O Bodt sentiu diferença na forma que o tratava Kirstien desde a manhã, sequer respondeu as mensagens que havia mandando. — Vou contar a ele, só não estou pronto para fazer isso agora...

— Não é isso Marco. Não tem nada de errado acontecendo. — Jean sorriu forçado e agradeceu pelo moreno não ter notado. — Eu apenas estou com um pouco de dor de cabeça.

O Bodt achou estranho, porém acabou acreditando em suas desculpas, ficando preocupado sobre sua saúde e falando sobre remédios, e o que poderia ter causado sua dor de cabeça, até colocou a mão sobre sua testa para ter certeza de que não com febre.


(...)

Marco saiu do banho, com a toalha amarrada em seu quadril, secando seus fios e adentrando o quarto, Jean estava lá, "para estudar". Sinceramente o moreno esperava que fosse mesmo, tinha suas desconfianças, mas de qualquer forma ele precisava de ajuda, muita ajuda.

O Kirstein olhava para Marco totalmente encantado, sentia vontade de contar uma por uma as sardas que havia ali. Eram tão lindas. Não se conteve em ficar na cama, se levantando para ficar frente a frente com o garoto e abraça-ló.

O Bodt recebeu um abraço rapidamente, o acastanhado sentiu o cheiro adocicado do shampoo que o moreno usava, beijou suas bochechas gentilmente, tocando levemente nas sardas que haviam ali.

— Você é tão lindo. — Jean falou, olhando as orbes castanhas direcionadas a si, Marco o encarava, mesmo que ambos estivessem bastante envergonhados pela demonstração repentina de sentimentos, ficaram olhando um para o outro.

— Você também é lindo. — O sorriso dos dois estava diminuindo a medida que se aproximavam.

Fecharam os olhos, tocando os lábios um ao outro de maneira tímida e gentil, diferente de como geralmente faziam, a mão do acastanhado foi até a cintura do moreno apenas para acariciar ali levemente com os dedos, a outra mão foi até o rosto do garoto, acariciando ali.

O ósculo era calmo, e as línguas se tocavam de maneira macia e gostosa, fazendo o moreno soltar alguns suspiro e apoiar ambas as mãos no peito do outro. Passaram bastante tempo ali, se tocando gentilmente.

Ao se afastarem Marco manteve os olhos fechados por poucos segundos, o polegar do acastanhado passeava por ali, tocando o máximo de sardas que conseguia. O garoto apoiou o rosto na mão do mesmo, desfrutando do carinho que recebia.

— Posso te contar algo?

O acastanhado falou, vendo o outro o olhar confuso.






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Olá, um pouco atrasada mas aqui, tive escrever e revisar um pouco uma outra fic. Por isso a demora.

Desculpem por qualquer erro, bebam bastante água. Beijos ♡♡♡

Conselheiro amorosoOnde histórias criam vida. Descubra agora