Alterações

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- Como assim Jean? - Marco perguntou, os olhos escuros nos castanhos, aguardando a resposta, torcendo para que fosse apenas uma brincadeira sem graça da parte do outro

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- Como assim Jean? - Marco perguntou, os olhos escuros nos castanhos, aguardando a resposta, torcendo para que fosse apenas uma brincadeira sem graça da parte do outro.

- Você lembra quando eu estava na sua casa? E você dormiu? - O Bodt concordou com a cabeça, de maneira fraca, pegando sua blusa e shorts espalhados pela cama. - Ele te mandou uma mensagem, dizendo que havia nos vistos juntos, na biblioteca.

O garoto passou a mão pelos fios escuros enquanto ouvia o acastanhado relatar, se sentiu traído, não só por Jean, mas por Connie também, o colega poderia ter sido sincero aquele dia, mas a palavras proferidas foram que não conseguiria ser amigo de alguém que estivesse com o Kirstein, mesmo sabendo que esse alguém era o Bodt.

Os olhos do de sardas ficaram marejados, era como se não acreditasse, estava sem reação, e sentia que no fundo fosse culpa sua, afinal, se ele tivesse dito não e se afastado, não estaria naquela situação.

Se afastou quando Jean tentou uma aproximação, ele ouviu as desculpas saírem dos lábios do garoto, contudo tudo saia baixo na sua mente, não estava conseguindo focar, era irreal demais, toda aquela situação era.

O Kirstein sentia o coração bater tão rapido, suas mãos estavam suando frio, enquanto esperava Marco proferir qualquer palavra, que o xingasse ou o batesse, ele não ligaria, no entanto, o silêncio continuou, e aquele silêncio doía mais do que qualquer outra frase, os olhos escuros do outro não encontravam os seus mesmo que tentasse encará-lo.

Marco Bodt estava o ignorando. E machucava muito.

O de sardas vestiu as roupas, um suspiro longo foi solto do seu peito, e ele tentava esconder ao máximo os sentimentos, não queria chorar na frente do outro.

- Marco, eu sinto muito, eu realmente me arrependo...- O Bodt finalmente encarou as orbes castanhas, medo, era o que elas demostravam, o medo da perca parecia maior que qualquer outro.

- Não estou com raiva de você...-O moreno ditou, a voz quase sumindo, no tom triste e quase choroso. - Mas, não podemos ter mais nenhuma relação.

Terminou de se vestir, não se importando de sair com os fios desgrenhados, se ficasse mais tempo ali, ou deixasse Jean dizer algo, ficaria ainda pior.

A porta foi fechada logo após o moreno se afastar, deixando o outro sem reação, e com aquela dor horrível em seu interior. Ainda era possível sentir o perfume fraco nos lençóis da cama, o acastanhado afundou o rosto nos tecidos, não havia nada que pudesse fazer, a não ser esperar que o Bodt resolvesse ouvi-ló, e Jean não o julgaria caso ele não aceitasse suas desculpas.

(...)

- Nossa, você realmente me fez faltar a escola só pra te ajudar a limpar a casa.

Reiner reclamou exausto, cruzando os braços fortes em meio ao avental rosa que o outro havia lhe dado, combinava com o roxo que o moreno vestia.

Conselheiro amorosoOnde histórias criam vida. Descubra agora