As cores em você

Cap. 2

Estava escuro demais, e por Tenebris não enxergar mais cores, tudo se tornou um breu para ela.
Ela toca o chão, e fecha os olhos.

- Mortos que por aqui estão. - Diz baixo. - Me ajudem a encontrar um caminho.

Quando ela abre os olhos, vê algo pequeno, parecendo uma salamandra, que tinha fogo em suas costas, a salamandra a olha, e corre por um caminho, parando e a olhando.
Tenebris a segue, sendo guiada pelo escuro, não enxergando nada em sua frente, apenas a pequena salamandra que brilhava.
A salamandra para em frente a algo que parecia uma cabana pequena, Tenebris para e observa o local.

- Obrigada. - Diz para a salamandra, que lhe olha e some, voltando para a Terra que cobria sua alma.

Tenebris deu alguns passos, e bateu na porta.

- Quem será uma hora dessas ? - Tenebris ouve uma voz, chegando perto da porta.

A porta se abre, surgindo um homem gigante, Tenebris teve que levantar sua cabeça, para ver o rosto do homem, que a olhava surpreso.

- Posso ajuda-la ? - Ele pergunta preocupado. - É uma aluna ?

Ela não entende o que a palavra "aluna" queria dizer, apenas respondeu de uma maneira serena.

- Eu estou perdida. - Ela diz. - Me abandonaram na floresta.

O homem a olha preocupado.

- Está machucada ? - Ele pergunta. - Uma hora dessas, perdida na floresta proibida, que perigo, entre por favor.

O homem dá um passo para o lado, a dando espaço para entrar, ela entra, meio desconfiada, o homem então fecha a porta.

- Meu nome é Hagrid. - Ele diz tentando não ser assustador. - Esse é o canino.

Tenebris olha em direção a onde Hagrid apontava, e ela vê uma grande criatura ali, ela fica maravilhada e se aproxima, querendo tocar nele.

- O que ele é ? - Ela pergunta.

Hagrid não entendeu de imediato o que ela queria dizer, ele nunca tinha visto alguém perguntar sobre o canino era.

- Ele é um cachorro. - Hagrid diz parecendo confuso. - Você não conhece ?

Ela o olha, enquanto faz carinho no canino.

- Eu não sou daqui, desse mundo. - Ela responde.

Hagrid ficou ainda mais confuso, ele não entendeu o que ela queria dizer com aquilo.

- Bom, então vou lhe ensinar sobre algumas criaturas que vivem aqui. - Ele diz pegando um enorme livro da estante, do grande magizoologista Newt Scamander.

Tenebris ficou encantada, os olhos brilhando, vendo a ilustração de cada criatura ali, mas com um tom triste, por não saber, que cores incríveis eles tinham.
Assim os dois conversaram durante a madrugada toda, Hagrid ficou encantado pela garota, a achando doce e gentil.
Quando chegou de manhã, Hagrid se levantou e olhou para ela.

- Bom, acho que teremos que conversar com Minerva, - Ele diz a olhando. - O diretor Dumbledore está viajando, acho que ela pode ajudar por enquanto.

Tenebris não entendeu nada do que Hagrid disse, mas concordou com a cabeça.

- Espere aqui, - Hagrid diz. - Eu ja volto.

Tenebris esperou, pacientemente por Hagrid, fazendo carinho no canino.

- Você deve ser mais bonito com cores. - Ela diz olhando para ele, e ele late, gostando do carinho.

Hagrid aparece, seguido por quem Tenebris deduziu ser Minerva.

- Ela apareceu, perdida aqui ontem. - Hagrid diz. - não é uma trouxa, mas também não conhece nada desse mundo.

Minerva a olhou, a garota era linda, loira, os olhos vermelhos, seu rosto fosse angelical e de uma pessoa muito jovem, não aparentava ter mais que 15 anos.

- Você sabe onde está? - Minerva pergunta.

- Não. - Tenebris responde. - Me mandaram para cá, somente.

- E de onde você veio ? - Minerva pergunta.

- De outro mundo.

Minerva não sabia se podia acreditar na garota, e olha para Hagrid, sem saber o que fazer.
Tenebris olhou ao lado de Minerva, um homem muito velho ali, olha para Tenebris e sorri, "Diga a ela que seu pai a ama muito."

- Seu pai disse que lhe ama muito. - Tenebris diz, se levantando e olhando para Minerva.

- O que ? - Minerva pergunta sem acreditar.

O homem se aproxima de Tenebris, e diz coisas à ela, então Tenebris olha para Minerva, num ar de desafio, como se não temesse nada.

- Seu pai se chama, Robert McGonagall, ele se casou com Isobel Ross, você é a irmã mais velha de dois irmãos, sendo eles Malcolm e Robert Jr. - Tenebris diz.

- Como ? - Minerva pergunta.

"Pode confiar nela.", O homem diz e Tenebris assim o faz, os mortos nunca mentiram para ela, sendo Deusa deles, eles só queriam ajuda-la.

- Posso falar com os mortos. - Tenebris diz.

Minerva queria não acreditar naquilo, mas não conseguiu, não sabia o por que, mas a garota exalava verdade de si mesma.
Minerva se senta, tentando pensar no que poderia fazer dali em diante, ela não poderia ficar ali com Hagrid, mas também, não poderia ficar em nenhum outro lugar.

- Você ficara comigo na escola. - Minerva diz. - Podemos falar que é minha sobrinha e ficará comigo um tempo, quem sabe você não aprende magia e poderá estudar com os outros.

Tenebris concordou.
Logo as duas estavam no Beco Diagonal, Minerva comprou algumas coisas para ela, sendo por último, visitando o Olivaras.

- O que devo sua visita senhora Mcgonagall?

- Preciso de ajuda lara saber, - Minerva diz. - Se essa moça tem algum tipo de magia nela.

Olivaras olha para a garota, e intuitivo do jeito que é, sentiu uma grande pressão, era isso que Tenebris exalava, poder.
Olivaras andou até sua ala que ele nunca entra, pega uma caixa e olha confuso.

- Não é possível. - Ele diz.

Ele volta e entrega à ela, Tenebris tira a varinha da caixa, era preta, com alguns desenhos de caveira nele.
Uma luz rodeou Tenebris, balançando seus cabelos.

- Isso é incrível. - Olivaras diz. - Nunca pensei que essa varinha escolheria alguém.

- Do que está falando ? - Minerva pergunta.

- Essa varinha é feita de uma árvore, onde criaturas mágicas eram enterradas sob suas raizes, essa varinha nunca quis ser de alguém.

Minerva olha para Tenebris, que olhava sua varinha.
Tinha magia dentro da garota, isso significava que ela poderia ir à escola, mas, o que aquela garota era realmente ?
Tenebris olha sorrindo para Minerva, que sorri de volta para a garota, para Minerva, não importava, ela tinha se encantado pela garota.