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Bianca🐅

Soube que Marcelo havia pedido um tempo do trafico para Cobra, eles eram colegas desde a adolescência, e Cobra acabou concedendo uma semana, soube disso por ai, e aproveitei para chegar bem cedo na casa do Marcelo.

Ri baixinho quando subi para seu quarto e notei ele dormindo toda largado, a cama de casal já não tinha mais que ser dividida com Roberta e ele parecia estar relaxado, com a boca aberta e tudo.

Desde que Roberta foi embora, ninguém arrumava a casa, estava tudo uma bagunça e com cheiros nada agradáveis, então aproveitei para tentar arrumar as coisas, lavar os montes de louça, varrer, passar um pano, bater o sofá, tirar o pó, e claro antes de começar, deixei o motivo deu estar em sua casa em cima do seu criado mudo, para que notasse assim que acordasse, o teste de paternidade já tinha saído e queria que ele abrisse, eu já tinha minhas certezas.

Cantarolava um musica que tocava na TV enquanto mexia o feijão do almoço que estava no fogo.

Passos rápidos surgiram como se alguém estivesse correndo, e rapidamente depois disso Marcelo apareceu na cozinha com  a cara amassada de quem tinha acabado de acordar mais os olhos vermelhos de quem estava chorando faz tempo. Seu cabelo estava bagunçado, descalço e com um roupa fora de combinação, folgada e confortável, já que estava dormindo, seria muito engraçado se não fosse por seu olhar de tristeza. 

- O que aconteceu? - Segurei a risada quando ele fez uma careta e ameaçou a voltar chorar -

- Seu filho é meu filho. - Pareceu lamentar o que me fez ficar seria -

- Não é nenhuma surpresa pra mim. - Sorri de canto sem mostrar os dentes - Eu só espero que você... Sabe... Assuma o filho. 

- É claro que eu vou assumir, só não vou assumir você - Disse rude enquanto me olha feio -

- É tudo bem, eu já esperava mesmo. 

- Você faz ideia do quanto isso complica as coisas? 

- Hurrum... Me desculpa.

- Acho que sou eu que tenho que pedir desculpas. Você tá realizando meu sonho, mais só por que não exatamente como eu esperava tô descontando em você. - Seu semblante era sério e eu sentia que ele se preocupava em passar verdade, olhando fixamente nos meus olhos -

- Você chamou nosso filho de praga. - Relembrei -

- Eu não sabia que ele era meu filho! - Rebateu -

-Mais tinha suspeita, e mesmo assim falou. 

- Certo, estou errado. Me desculpa, de verdade.

- Que fofo. - Eu ri -

- Tá chapando piranha. Aonde já se viu chamar vagabundo de fofo. - pareceu indignado me fazendo gargalhar alto -

- Vagaundo não escova os dentes não? Tá podre. - Eu ri -

- Olha aqui o boca podre. - Se aproximou com a boca aberta me fazendo rir -

Nossos nem cinco minutos de descontração acabaram e se inundaram em uma tensão enorme quando percebemos Roberta com os braços cruzados apoiada na entrada da cozinha. Estava com um semblante serio, mantinha a ppstura perfeita mais ainda sim seus olhos encheram d'água em um olhar reprovação, talvez nojo e uma pitada de ciúmes.

Me senti envergonhada, apesar de sempre querer o Marcelo, agora era diferente, eu tinha um filho dele e sabia que isso destruiria talvez definitivamente o relacionamento deles.


- Demais pelo menos ter esperado eu terminar de tirar minhas coisas do quarto pra trazer puta pra cá Marcelo. - Saiu sem esperar uma resposta, subindo para o quarto -

- Que se foda, você e essa vagabunda. Vou pegar o resto das minhas coisas e não quero você atrás de mim enchendo minha cabeça! - Gritou já no andar de cima -


𝐄𝐔 𝐄 𝐄𝐋𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora